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Ministério da Saúde incorpora novo medicamento para pacientes com fibrose cística

Novo medicamento reduz em até 26% o número de internações, além de melhorar a qualidade de vida desta população

Os pacientes que vivem com fibrose cística vão ser beneficiados com mais um medicamento para auxiliar no tratamento da doença. O Ministério da Saúde incorporou, na última semana, a Tobramicina inalatória que será usada em aparelhos nebulizadores, no combate às infecções respiratórias que acometem esses doentes. A nova aquisição será uma importante ferramenta na melhora da qualidade de vida dessa população, já que as infecções geram piora na função pulmonar.

A decisão de incorporar esse medicamento ao Sistema Único de Saúde (SUS), veio após discussão de especialistas que compõem a Comissão Nacional de Incorporação de Novas Tecnologias ao SUS (Conitec), sobre a evidência dos benefícios clínicos da Tobramicina inalatória, que são relevantes aos pacientes. Além disso, também foi levado em conta as observações e sugestões do público, sendo a grande maioria vinda de pacientes e familiares dos portadores da doença.

De acordo com estudos realizados pela Conitec, a nova tecnologia traz vários benefícios em relação aos dados de funcionamento do pulmão, como o ganho de 12% na função pulmonar aferida pelo volume expiratório forçado (VEF) e redução nas colônias de bactérias que causam essas infecções. Outro dado importante apresentando pelo estudo, foi a redução de 26% nas internações desses pacientes.

Atualmente, o SUS oferece tratamento integral e gratuito para pacientes com Fibrose Cística nas unidades de saúde da rede pública. São disponibilizados aos pacientes acompanhamento médico regular, suporte dietético, utilização de enzimas pancreáticas, suplementação vitamínica (vitaminas A, D, E, K) e fisioterapia respiratória. O objetivo do tratamento medicamentoso é propiciar a estabilização do comprometimento cognitivo, do comportamento e da realização das atividades da vida diária (ou modificar as manifestações da doença), com um mínimo de efeitos adversos.

ASSISTÊNCIA – Em 2010, o Ministério da Saúde publicou o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) para fibrose cística. O objetivo desse documento foi estabelecer critérios para tratamento da doença respiratória, especificamente com a alfadornase, um medicamento que reduz a viscosidade do muco, não tendo sido avaliados outros medicamentos para essa condição, como, por exemplo, antibióticos.

A fibrose cística, também chamada de mucoviscidose, é uma doença genética que atinge todos os sistemas do corpo, porém, as complicações pulmonares são responsáveis pelo maior risco de morte dos pacientes. O acúmulo de secreção (muco) nas vias respiratórias é uma das características da doença pulmonar.

Além disso, os pacientes com fibrose cística apresentam infecções respiratórias frequentes, também chamadas de exacerbações respiratórias, causadas por bactérias como a pseudomonas aeruginosa. As infecções geram piora do funcionamento do pulmão e reduzem a qualidade de vida dessas pessoas.

FONTE: Ministério da Saúde
http://www.saude.gov.br