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Porto Velho (RO) ganha centro de referência oncológica

Hospital de Amor Amazônia, vinculado ao Hospital do Câncer de Barretos, vai ampliar e qualificar os atendimentos. Ministério da Saúde libera R$ 5,3 milhões/ano para custeio dos procedimentos

A população rondoniense ganhou nesta quinta-feira (23) um reforço importante no tratamento oncológico por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), com a inauguração da nova estrutura física do Hospital de Amor da Amazônia, em Porto Velho (RO). A instituição é vinculada ao Hospital do Câncer de Barretos (SP) e funcionará como uma Unidade de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia (UNACON), oferecendo atendimento completo para tratamento de câncer, incluindo cirurgias, quimioterapia e radioterapia.

Inicialmente, serão repassados pelo Ministério da Saúde R$ 5,3 milhões por ano para custeio dos procedimentos oferecidos pela nova unidade. A portaria que autoriza o envio do recurso foi publicada no Diário Oficial da União desta quinta-feira (23). Quando o hospital começar a oferecer os serviços de radioterapia, com previsão já no primeiro semestre de 2018, o valor de custeio anual chegará a R$ 8 milhões. Com a medida, será possível ampliar e qualificar a assistência e atenção oncológica que já eram oferecidas dentro das estruturas físicas do Hospital de Base de Rondônia.

“É dessa forma que nosso governo trabalha: construindo parcerias. Confesso estar bastante feliz em conhecer o Hospital de Amor Amazônia, que tem realizado um trabalho excepcional no atendimento à população de Rondônia. Agora, os pacientes não vão mais precisar se deslocar para regiões distantes em busca de atenção especializada. Sabemos o quanto é importante estar perto da família quando precisamos de tratamento e esse hospital é símbolo do profissionalismo e, repito, da parceria, uma convergência de esforços entre o Governo Federal e o setor privado em favor da saúde, em favor da população”, destacou o Presidente da República, Michel Temer, durante a cerimônia de inauguração do hospital.

A previsão é que cerca de 900 novos casos de câncer passem a ser atendidos todos os anos na nova unidade hospitalar. Atualmente, parte da população da região Norte ainda viaja até Barretos, em São Paulo, para receber tratamento oncológico. Com o novo hospital, esses pacientes vão poder ficar em Porto Velho. Neste primeiro momento, os atendimentos que já eram realizados no Hospital de Base de Rondônia serão totalmente transferidos para o novo hospital e, gradativamente, os demais serviços entrarão em funcionamento.

Para apoiar a construção do Hospital de Amor Amazônia, o Ministério da Saúde investiu, entre 2015 e 2017, o valor de R$ 13,1 milhões, por meio da liberação de emendas parlamentares. Ao todo, foram aprovadas 12 propostas para aquisição de equipamentos e materiais permanentes e aquisição de produtos médicos de uso único, o que ajudou a estrutura a unidade, que passa a funcionar um terreno de 70 mil metros quadrados. O projeto prevê 140 leitos, sendo 75 cirúrgicos, 45 clínicos e 20 UTIs.

“Essa nova estrutura é, sem dúvida, um reforço de extrema importância para o povo de Rondônia. Estamos reforçando o compromisso do nosso governo com a população, por meio de parcerias sólidas entre a União, o setor privado e, principalmente, dos gestores de cada região. O nosso intuito é oferecer o que há de melhor para a população que depende da rede pública de saúde”, ressaltou o ministro da Saúde, Ricardo Barros.

Ao todo, serão 83 médicos especialistas e 600 outros profissionais, que têm capacidade para realizar, por mês, mais de 30 mil exames laboratoriais, 1,8 mil exames de prevenção do câncer de mama (mamografia, ultrassonografia de mama, colposcopia, biópsia, conização), 1,6 mil exames de prevenção do câncer de mama em unidade móvel (mamografia e Papanicolau), entre outros procedimentos e consultas.

ONCOLOGIA NO SUS – A estimativa do INCA é de cerca de 600 mil novos casos de câncer para o biênio 2016-2017. Em 2016, foram realizados 26,5 milhões de procedimentos oncológicos no País (sessões de radioterapia, quimioterapia e cirurgias oncológicas, além de exames preventivos de mamografias e Papanicolau).

O Ministério da Saúde tem atuado no sentido de fortalecer os serviços e as ações que visam qualificar a atenção à saúde das pessoas com câncer. Além do esforço para organização dos serviços assistenciais, a pasta tem apoiado os estados na ampliação do número de hospitais capacitados para tratamento do câncer.

Para isso, a pasta ampliou em 46% os recursos para tratamentos oncológicos (cirurgias, radioterapias e quimioterapias), passando de R$ 2,2 bilhões, em 2010, para R$ 3,3 bilhões, em 2016. Somados a esses valores, há ainda os recursos relacionados as ações de média complexidade, como consulta com especialista e realização de exames, além dos medicamentos oncológicos.

Além disso, estão sendo ampliados os serviços habilitados em oncologia no SUS. Atualmente, existem 308 serviços, entre hospitais, Centros de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia e Unidades de Assistência de Alta Complexidade. Também está em implementação o Plano de Expansão da Radioterapia que prevê a instalação de 100 aceleradores lineares em todas as regiões do país. Até o momento, já foram entregues cinco aparelhos, que tem como objetivo ampliar o acesso da população a procedimentos oncológicos SUS e estão programadas as entregas de outros equipamentos, ainda neste ano.

FONTE: Ministério da Saúde
http://www.saude.gov.br