Blog

Boletim Epidemiológico

Casos de microcefalia e gestantes com síndrome exantemática

b_800_600_0_00_images_stories_ASCOM_10mincontradengue_Dengue_-_LACEN_06A Superintendência de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Estado de Saúde informa que de 1º de janeiro a 1º de dezembro de 2015 foram registrados 23 casos de microcefalia no estado do Rio de Janeiro. Os números foram consolidados após cruzamento de dados de informações extraídas de janeiro a novembro do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC), Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) e do Relatório de Emergência em Saúde Pública (Resp), todos do Ministério da Saúde. Em 2014, foram registrados 10 casos da malformação no RJ, segundo o  Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC).

Dos 23 casos registrados, 19 são de bebês já nascidos e 4 são referentes ao período intra-uterino. Desse total, 8 mulheres relataram histórico de manchas vermelhas pelo corpo ao longo da gravidez.

Deste 18 de novembro de 2015, quando se  tornou obrigatório no estado a notificação de gestantes com manchas vermelhas na pele (exantema), já foram notificados 150 casos de grávidas com esses sinais. Até o momento, apenas uma teve a confirmação de Zika Vírus, mas ainda não há confirmação se o feto apresenta microcefalia.

Como notificar – A notificação deve ser feita por profissionais de saúde em até 24 horas após identificação de gestantes que tenham apresentado relato de manchas vermelhas pelo corpo, independente da idade gestacional. Para notificar basta enviar um e-mail para o endereço notifica@saude.rj.gov.br , ligar para os telefones  (21) 2333-3993(21) 2333-3993, (21) 2333-3996(21) 2333-3996(21) 98596-6553(21) 98596-6553 ou preencher o formulário online disponível no sites www.riocomsaude.com.br/exantema,  http://formsus.datasus.gov.br/site/formulario.php?id_aplicacao=23642.

O que é o zika vírus – O Zika vírus foi descoberto na década de 1940 e Uganda e identificado nas Américas apenas no ano passado. A doença é transmitida pelo Aedes aegypti, mesmo transmissor da dengue, e causa febre, manchas pelo corpo, coceira, além de dor de cabeça, muscular e nas articulações. O tratamento é hidratação, medicamentos para os sintomas e geralmente o paciente fica curado entre quatro e cinco dias. No entanto, por ser uma doença nova, sem muitos registros na literatura médica, não há até o momento evidências científicas que comprovem a relação entre o vírus em gestantes e o nascimento de crianças com microcefalia. Por isso, fundamental, por precaução, que mulheres grávidas reforcem medidas de proteção individual, como o uso de repelentes e evitar exposição em locais e períodos de maior atividade do mosquito.

O que é microcefalia – A microcefalia é uma condição rara em que o bebê nasce com o crânio menor que o tamanho normal. Na maioria dos casos, é resultado de alguma infecção adquirida pela mãe durante a gravidez, como toxoplasmose, rubéola e citomegalovírus, além de abuso de álcool, drogas e em síndromes genéticas como a síndrome de down. Em 90% dos casos, a microcefalia está associada a um atraso no desenvolvimento neurológico, psíquico e/ou motor. Não há como reverter a microcefalia, mas é possível melhorar o desenvolvimento e a qualidade de vida da criança.

Formas de prevenção – O Zika virus é transmitido pelo mesmo mosquito que transmite a dengue e a Chikungunya. Portanto, a forma mais eficaz de se prevenir é combatendo o Aedes aegypti, diminuindo ao máximo o número de focos. Medidas como armazenar lixo em sacos plásticos fechados; manter a caixa d’água completamente vedada; não deixar água acumulada em calhas e coletores de águas pluviais; recolher recipientes que possam ser reservatórios de água parada, como garrafas, galões, baldes e pneus, conservando-os guardados e ou tampados; encher com areia os pratinhos dos vasos de plantas e tratar água de piscinas e espelhos d’água com cloro são ações importantes que ajudam a evitar a disseminação do vírus transmissor da doença. Outro cuidado fundamental é a proteção individual de gestantes, com o uso de repelentes, de roupas que previnam o contato com o mosquito e de evitar exposição durante a manhã e final da tarde, períodos em que o Aedes aegypti costuma atacar as vítimas.

FONTE: Governo do Estado do Rio de Janeiro
http://www.saude.rj.gov.br