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Pacientes do SUS terão atendimento diferenciado em neurocirurgia no Rio

Mais do que atendimento de ponta em neurocirurgia, o Hospital Estadual do Cérebro Paulo Niemeyer terá tratamento e reabilitação diferenciados para os usuários da rede pública de saúde do Rio de Janeiro. O projeto do Governo do Estado, com previsão de inauguração à população o início do segundo semestre, inclui modernos equipamentos de neuronavegação, sala híbrida que permite o uso da ressonância magnética dentro do centro cirúrgico, e espaço de fisioterapia que reproduz uma residência para a readaptação dos pacientes após Acidentes Vasculares Cerebrais.

O Servico de Neurocirurgia da unidade, que ficará a cargo da equipe do renomado neurocirurgião Paulo Niemeyer Filho, será centro de referência em neurocirurgia e tratamento do AVC.O hospital, localizado na Rua do Resende, no Centro da capital, vai oferecer serviços de neurocirurgia avançada, tratamento da epilepsia e UTI exclusiva do protocolo do AVC.Serão mais de 200 leitos, entre internação, UTI e estabilização.A previsão é realizar de 8 a 10 cirurgias por dia.O projeto integral deve receber cerca de R$ 80 milhões de investimentos.

– Esse projeto é a esperança de podermos atender à população carente em melhores condições, preocupados somente em resolver o problema do doente. Os serviços de emergência acabam fazendo essas cirurgias eletivas, operando tumores, pois existe a dificuldade de para onde mandar esse paciente. Mas os tumores mais graves, os aneurismas, exigem profissionais mais experientes e há dificuldade de encontrá-los na rede pública. Acho que o hospital fará uma diferença enorme na medicina carioca -, diz Paulo Niemeyer.

Pós-AVC –  o terraço do prédio de 11 andares, que será construido no estacionamento onde funcionava o antigo Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (INTO), terá piscina e aparelhos de exercícios. Mas, em vez de lazer, a área será usada para a reabilitação de pacientes. No local, haverá ainda uma apartamento modelo, que vai reproduzir os cômodos de uma casa para que pacientes e suas famílias treinem como será o dia a dia de recuperação após a alta médica.

Atendimento especializado a vítimas de AVC – Com base no sucesso da experiência do Protocolo de Atendimento à Dor Torácica, implementado nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) em agosto de 2008 – e que reduziu em 50% o número de óbitos por infarto no estado -,  o modelo será reproduzido para o tratamento do AVC isquêmico.
A primeira providência a ser tomada quando surgem os sintomas iniciais do AVC é encaminhar o paciente para exame de tomografia e identificar se o derrame é isquêmico ou hemorrágico. Na imensa maioria dos casos o AVC é do tipo isquêmico e a administração de trombolíticos no período de até 6 horas reduz drasticamente a chance de o paciente ter sequelas ou até mesmo morrer.
–  O que vamos implementar é um atendimento diferenciado que começa no SAMU. Se há suspeita de AVC, será enviada uma ambulância com equipe treinada para as primeiras abordagens. O paciente será levado diretamente para hospitais da rede ou UPAs distribuídas regionalmente, com tomógrafos portáteis, que possibilitam a realização do exame direto na maca e envio do resultado para o especialista por telemedicina. Detectado o AVC isquêmico, o trombolítico será administrado pela equipe da UPA ou SAMU que o encaminhará para o leito especializado  no Hospital do Cérebro. Isso é totalmente inédito no Brasil e vai garantir que muitas vidas sejam salvas – destacou o secretário de Estado de Saúde, Sérgio Côrtes.

Hospital da Visão – Ao lado do edifício já em obras será erguido um anexo em que irá funcionar o Hospital Estadual da Visão, para tratamento de doenças como a catarata e a realização de transplantes de córnea.A doação do prédio do antigo INTO pelo Governo Federal para o Estado do Rio foi formalizada pela presidente da República, Dilma Rousseff, e pelo governador Sérgio Cabral em novembro de 2011.A administração da unidade seguirá o modelo de gestão compartilhada por Organizações Sociais (OSs) e os leitos serão referenciados pela Central de Regulação do protocolo de perfil neurocirúrgico.

FONTE: Governo do Estado do Rio de Janeiro

http://www.saude.rj.gov.br/