Saúde aumenta em cinco vezes investimentos em laboratórios públicos
“Desde 1985, quando foi lançado o programa de autossuficiência em imunobiológicos, não havia um programa de estímulo e investimento na produção pública. Desta vez, o foco é o desenvolvimento tecnológico e a parceria com o setor privado”, lembra o secretário de Ciência Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, Carlos Gadelha. “O fortalecimento dos laboratórios públicos é essencial para a capacitação tecnológica e competitividade do país. Daí a importância de se investir em infraestrutura, capacitação da gestão e especialização da mão de obra dos laboratórios oficiais para que eles adotem as melhores práticas do mercado e ganhem um nível de qualidade internacional”, explica Gadelha. Com estas medidas, a expectativa do governo é reduzir as desigualdades regionais à medida a partir do estímulo ao fortalecimento dos laboratórios em diversas regiões do país.
PARCERIAS – O secretário O programa também prevê ampliação nas Parcerias para o Desenvolvimento Produtivo (PDPs), com transferência de tecnologia entre laboratórios privados e públicos.
Ainda este ano, deverão ser consolidadas nove novas PDPs. E, no mínimo, 20 novas parcerias serão travadas nos próximos quatro anos. Essas parcerias abrangem a fabricação de produtos biológicos (para artrite reumatoide, doenças genéticas e oncológicos), medicamentos para as chamadas “doenças negligenciadas” (que geralmente atingem populações de países menos desenvolvidos e despertam menos interesse da indústria farmacêutica) e equipamentos, principalmente na área de órteses e próteses.
ECONOMIA – Atualmente, há 29 PSPs formalizadas para a produção de 30 produtos finais – sendo 28 medicamentos mais o DIU e um equipamento (kit de diagnóstico utilizado no pré-natal para identificar múltiplas doenças).
As parcerias envolvem 32 laboratórios (10 públicos e 22 privados nacionais e estrangeiros), 13 estrangeiros e 11 nacionais. Os medicamentos desenvolvidos são direcionados a nove doenças. A produção de cinco produtos já começou: antirretroviral Tenofovir, antipsicóticos Clozapina e Quetiapina, relaxante muscular Toxina Botulínica e imunossupressor Tacrolimo.
A economia gerada por essas parcerias é de R$ 400 milhões por ano em compras públicas. Este valor – somado à redução de custos gerada por inovação tecnológica e melhor gestão de recursos em vacinas, negociações e centralização de compras – leva a uma economia geral de R$ 1,7 bilhão por ano no orçamento do Ministério da Saúde (uma economia de divisa esperada de 700 milhões de dólares ao ano).
LABORATÓRIOS PÚBLICOS NACIONAIS
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1- LIFAL/AL – Medicamentos
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2- IQUEGO/GO – Medicamentos
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3- FUNED/MG – Medicamentos e Vacinas
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4- LAFEPE/PE – Medicamentos
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5- LFM/RJ – Medicamentos
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6- LQFA/RJ – Medicamentos
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7- LQFEX/RJ – Medicamentos
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8- FARMANGUINHOS/RJ – Medicamentos
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9- BIO-MANGUINHOS/RJ – Vacinas e Biofármacos
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10- IVB/RJ – Medicamentos e Soros
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11- NUPLAN/RN – Medicamentos
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12- FURP/SP – Medicamentos
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13- BAHIAFARMA/BA – Medicamentos
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14- BUTANTAN/SP – Vacinas e Soros
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15- FAP/RJ – Vacinas
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16- TECPAR/PR – Vacinas
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17 – LAFERGS/RS
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18 – HEMOBRÁS / PE – Hemoderivados
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