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Treinamento com equipe de Obama inspira curso para funcionários de novos Centros de Trauma

Sala inteligente com tomografia em tempo real e iluminação sem sombras  estão entre as novidades
Aquelas cenas clássicas de médicos orquestrados salvando vidas comuns em seriados de TV estão prestes a começar a ser realidade na rede estadual de saúde pública do Rio de Janeiro. Depois de seis semanas fazendo treinamento com a equipe do Centro de Trauma da Universidade de Maryland, em Baltimore, nos Estados Unidos, 11 médicos e 6 enfermeiros da Secretaria de Estado de Saúde preparam agora um curso para multiplicar os conhecimentos aprendidos com a equipe que é referência para o atendimento de Barack Obama em casos de emergências. Os alunos serão funcionários de saúde estaduais interessados em integrar o time que vai atuar nos futuros centros de trauma do Hospital Alberto Torres, do Hospital Albert Schweitzer, do novo Hospital Rocha Faria e do Hospital Estadual de Trauma, na Baixada Fluminense.
Desde que voltou da temporada americana o grupo se reúne semanalmente para definir como adaptar os processos e protocolos usados nos EUA para a realidade e legislação brasileira. O primeiro mandamento é simples: a melhor maneira de salvar vidas é trabalhar em equipe. O convênio faz parte dos preparativos do governo do estado para preparar a saúde para a chegada de grandes eventos como a Copa do Mundo de 2014 e para as Olimpíadas de 2016. 
– A ideia é rever desde a recepção do paciente e o atendimento à família até o diagnóstico e o centro cirúrgico. Pensar não só em como isso pode ser feito para otimizar o tempo e a qualidade do atendimento e tratamento, como em como esses centros têm que ser construídos também. Mas o principal é que o trabalho seja orquestrado, sem vaidades. O bom trabalho do médico é tão importante quanto o do enfermeiro, o do técnico e até o do funcionário da limpeza do hospital. Todos são responsáveis pelo paciente – enfatiza Rogério Casemiro, que chefiou o grupo de médicos nesta empreitada. 
Heliponto e sala inteligente – A primeira turma, dos 120 profissionais necessários para atuar em todos os projetos da rede, será formada ainda no primeiro semestre deste ano. As aulas práticas serão feitas em simulação com bonecos no Centro de Trauma do Hospital Estadual Alberto Torres, que terá um heliponto para agilizar sua integração com toda a rede do estado, além de sala inteligente com tomografia em tempo real e iluminação especial para não fazer sombra no centro cirúrgico.
Entre os procedimentos estão previstos ainda a comunicação integrada com o Samu, que é para que a equipe do hospital possa se preparar para a chegada de casos mais graves, e a divisão dos profissionais em equipes que trabalhem sempre juntas no mesmo plantão.
– Esse conceito de time tem que existir. Não adianta ter os melhores equipamentos em termos de tecnologia, se não tiver pessoas bem treinadas. No curso, a equipe do hospital filma alguns atendimentos e, quando alguma coisa dá errado, em vez de apontar um culpado, a unidade assume a responsabilidade e lhe oferece um novo treinamento para não errar mais. Eles chegam a gravar vídeos para dar exemplo do que precisa melhorar – lembra Casemiro.

FONTE: Governo do Estado do Rio de Janeiro