Na Região Sudeste, 81% do público prioritário já se vacinou contra gripe
No Sudeste, a meta foi superada com a vacinação de 14,2 milhões de pessoas. A vacina é segura e considerada uma medida eficaz na prevenção de casos graves por gripe.
Balanço do Ministério da Saúde mostra que a região Sudeste ultrapassou a meta e já vacinou contra gripe 80% do público prioritário, formado por 11,1 milhões de pessoas. No total, foram aplicadas 8,9 milhões de doses na região.
Até esta quarta-feira (1), São Paulo é o único estado da Região Sudeste que não atingiu a meta de proteger 80% da população-alvo – sem considerar as doses administradas na população com comorbidade e pessoas privadas de liberdade. No estado, sete milhões de pessoas foram vacinadas, o que representa 78,5% do público. Espírito Santo é o estado com a maior cobertura, alcançando 90,3%, com 647,3 mil doses aplicadas, seguido de Minas Gerais (87,3%) e Rio de Janeiro (81,8%).
Em todo o Brasil, 41,9 milhões de pessoas já se vacinaram. O quantitativo representa 84,3% do público-alvo, formado por 49,7 milhões de pessoas consideradas com mais riscos de desenvolver complicações causadas pela doença. Ao todo, 19 estados e o Distrito Federal já vacinaram mais de 80% do público-alvo.
Para a coordenadora do Programa Nacional de Imunizações (PNI), do Ministério da Saúde, Carla Domingues, o cumprimento da meta ratifica o sucesso da estratégia utilizada na campanha. “O Brasil está entre os países que mais ofertam vacinas gratuitamente. Nesta campanha, mais uma vez, cumprimos o papel de proteger a população”, avalia a coordenadora.
A campanha começou no dia 04 de maio em todo o país e foi prorrogada pelo Ministério da Saúde até o dia 05 de junho. Após o encerramento, o Ministério da Saúde recomendou aos estados e municípios que não atingiram a meta a continuidade da vacinação. Ficou a cargo dos gestores locais, no entanto, avaliar se já tinham sido esgotadas todas as possibilidades de vacinação dos grupos-alvo e definir o novo público a ser incluído na campanha, de acordo com as necessidades locais.
O Ministério da Saúde adquiriu 54 milhões de doses para a campanha. Vale ressaltar que a vacina da gripe tem duração de um ano, não devendo ser devolvida. A definição dos grupos prioritários segue a recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS), além de ser respaldada por estudos epidemiológicos e pela observação do comportamento das infecções respiratórias. São priorizados os grupos mais suscetíveis ao agravamento de doenças respiratórias.
A vacina disponibilizada pelo Ministério da Saúde em 2015 protege contra os três subtipos do vírus da gripe determinados pela OMS para este ano (A/H1N1; A/H3N2 e influenza B). Estudos demonstram que a vacinação pode reduzir entre 32% e 45% o número de hospitalizações por pneumonias e de 39% a 75% a mortalidade por complicações da influenza. Após a vacinação, o organismo leva, em média, de duas a três semanas para criar os anticorpos que geram proteção contra a gripe. O período de maior circulação da doença segue até agosto. Para receber a dose, é importante levar o cartão de vacinação e o documento de identificação.
PREVENÇÃO – A transmissão dos vírus influenza ocorre pelo contato com secreções das vias respiratórias eliminadas pela pessoa gripada ao falar, tossir ou espirrar. Também por meio das mãos e objetos contaminados, quando entram em contato com mucosas (boca, olhos, nariz). À população em geral, o Ministério da Saúde orienta a adoção de cuidados simples de prevenção, tais como: lavar as mãos várias vezes ao dia; cobrir o nariz e a boca ao tossir e espirrar; evitar tocar o rosto e não compartilhar objetos de uso pessoal.
Em caso de síndrome gripal, a recomendação é procurar um serviço de saúde o mais rápido possível. A vacina contra a gripe não é capaz de eliminar a doença ou impedir a circulação do vírus. Por isso, as medidas de prevenção são tão importantes, particularmente durante o período de maior circulação viral, entre os meses de junho e agosto.
Também é importante lembrar que, mesmo pessoas vacinadas, ao apresentarem os sintomas da gripe – especialmente se são integrantes de grupos mais vulneráveis às complicações – devem procurar, imediatamente, o serviço médico. Os sintomas da gripe são: febre, tosse ou dor na garganta, além de outros, como dor de cabeça, dor muscular e nas articulações. Já o agravamento pode ser identificado por falta de ar, febre por mais de três dias, piora de sintomas gastrointestinais, dor muscular intensa e prostração.
REAÇÕES ADVERSAS – Após a aplicação da vacina pode ocorrer, de forma rara, dor no local da injeção, eritema e enrijecimento. São manifestações consideradas comuns, cujos efeitos costumam passar em 48 horas. A vacina é contraindicada para pessoas com história de reação anafilática prévia em doses anteriores ou para pessoas que tenham alergia grave relacionada a ovo de galinha e seus derivados. É importante procurar o médico para mais orientações.
Abaixo tabela com doses aplicadas por UF
Total de doses aplicadas (exceto em pessoas com comorbidades, população privada de liberdade e trabalhadores do sistema prisional)
Estado |
Total – 1º DE JULHO |
||
População prioritária |
Doses aplicadas |
Cobertura vacinal (%) |
|
SAO PAULO |
8.964.555 |
7.039.253 |
78,52 |
RIO DE JANEIRO |
3.619.929 |
2.962.303 |
81,83 |
MINAS GERAIS |
4.099.373 |
3.578.327 |
87,29 |
ESPIRITO SANTO |
716.729 |
647.388 |
90,33 |
SUDESTE – TOTAL |
17.400.586 |
14.227.271 |
81,76 |
BRASIL |
40.820.352 |
33.756.840 |
82,7 |
FONTE: Ministério da Saúde
http://www.saude.gov.br