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Projeto ROP realiza primeiro tratamento em bebê prematuro para evitar cegueira

Foi operado esta semana o primeiro bebê prematuro beneficiado pelo Programa de Prevenção à Cegueira por retinopatia na prematuridade (ROP). O atendimento da criança do sexo masculino, com 68 dias de vida, tem sido motivo de orgulho para a equipe do Projeto ROP, que visa atender pacientes com retinopatia prematuridade, doença que afeta bebês e, se não tratada a tempo, pode levar à cegueira. O trabalho é resultado de uma parceria entre a Secretaria de Estado de Saúde (SES-RJ) e o Instituto Fernandes Figueira e é desenvolvido com base no diagnóstico e tratamento precoce dos pacientes. O pequeno foi atendido no Hospital Estadual Melquiades Calazans e ele continuará recebendo avaliações periódicas.
Criado em 2011, o Projeto ROP tem capacitado profissionais envolvidos no cuidado neonatal e fará a doação de equipamentos às unidades de saúde selecionadas para o diagnóstico e tratamento da doença, por meio de parceria com a Christoffel Blindenmission (Alemanha) e o Standard Chartered Bank (Inglaterra).
A doença e os prematuros – A ROP atinge especialmente os prematuros pois seu olho ainda não está completamente formado. Por estar intimamente ligada aos prematuros, a retinopatia está relacionada às práticas de cuidados neonatais. A administração e o monitoramento inadequados de oxigênio, infecção, controle de temperatura inadequado podem propiciar o desenvolvimento da ROP dos bebês nas UTIs neonatais, infecções, quando há problemas de nutrição e de controle de temperatura e de dor.
Programa na América Latina – O Programa de Prevenção à Cegueira por ROP também está sendo desenvolvido em Lima, no Peru. Lá, desde o início do treinamento, foram tratadas cerca de 20% dos recém-nascidos examinados, um número altíssimo. O ideal é que o tratamento fique em torno de 2% a 4%.
“A porcentagem de crianças que chegam à fase de tratamento é um reflexo dos cuidados dispensados nas UTIs neonatais. Quanto mais cuidados, menos bebês desenvolvem a doença e necessitam ser tratados. Esse é o nosso objetivo com o programa”, analisa a oftalmologista Andréa Zin, coordenadora do Programa de Prevenção à Cegueira por Retinopatia na Prematuridade.
FONTE: Governo do Estado do Rio de Janeiro