UPAs superam marca de 29 milhões de atendimentos
As Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) 24h bateram novo recorde: mais de 29 milhões de atendimentos foram realizados em 58 unidades, distribuídas nos municípios do estado, até o último dia 2 de julho. Desde que foram implementadas, as UPAs já realizaram 24 milhões de exames, 1,2 milhão de atendimentos odontológicos e mais de 191 milhões de medicamentos foram distribuídos. Cerca de 99,5% dos casos foram resolvidos nas próprias unidades, desafogando assim os hospitais de urgência e emergência.
Os dados reforçam a política implantada pela Secretaria de Estado de Saúde, que orienta o direcionamento de casos de baixa e média complexidades para as UPAs. Este modelo de atendimento do RJ foi exportado para outros estados e até para outros países, como a Argentina, que adotou o sistema de atendimento médico criado pela SES. Além disso, em março deste ano, a SES recebeu no Rio uma comitiva de representantes de Gauteng, província da África do Sul, que veio conhecer o formato de atendimento de unidades da rede estadual.
– Nas UPAs, um diferencial importante é o atendimento inicial feito por profissionais de saúde, o que faz com casos de maior gravidade sejam atendidos com prioridade. Temos hoje um modelo consolidado, que serve de referência para o país – destaca o secretário de Estado de Saúde, Felipe Peixoto.
As UPAs oferecem as especialidades de clínica médica e pediatria, além de serem realizados exames laboratoriais, sutura, medicação e nebulização. Todas dispõem de salas de cuidados intensivos e semi-intensivos, voltadas para o atendimento de casos mais graves. Algumas unidades contam ainda com atendimento odontológico. Nenhuma delas, no entanto, conta com ortopedistas. Se este for o caso, o paciente deve procurar um hospital-geral.
Desde 2009, as UPAs seguem um protocolo de atendimento à dor torácica, que vem ajudando a minimizar sequelas e salvar vidas: o paciente que der entrada na unidade com quadro suspeito de infarto faz eletrocardiograma e exames laboratoriais específicos para confirmar a suspeita da doença. Sendo positivo, logo são medicados e encaminhados para a realização de exames e procedimentos complementares em unidades com profissionais especializados. Sendo negativo, o paciente, depois de medicado, permanece em observação sendo acompanhado pela equipe médica na unidade.
Outro procedimento que vem ajudando pacientes atendidos nas UPAs é a aplicação de trombolítico, procedimento não invasivo indicado para casos de Acidente Vascular Cerebral Isquêmico. Os pacientes que dão entrada nas Unidades de Pronto Atendimento com sintomas de AVC são avaliados remotamente pela Central de Neurologia da Secretaria de Estado de Saúde, que funciona 24 horas e, caso tenham o perfil de tratamento com trombolítico, são transferidos para o Hospital Estadual Getúlio Vargas. Na maioria dos casos, as sequelas são revertidas ou diminuídas significativamente em função da rapidez do diagnóstico e do início do tratamento. Atualmente, o HEGV ocupa o segundo lugar do país entre as unidades que mais realizam trombólise e já aplicou o procedimento em mais de 120 pacientes com taxa de sucesso de cerca de 95%, percentual acima da média mundial.
FONTE: Governo do Estado do Rio de Janeiro
http://www.saude.rj.gov.br