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Ministério alerta para prevenção do câncer entre as mulheres

Dois tipos da doença que mais atingem as mulheres de mama e colo de útero são menos letais e podem ser tratados, desde que descobertos precocemente. Na semana em que se comemora o Dia Internacional da Mulher (8 de março), saiba o que deve ser feito em cada faixa etaria para afastar os riscos de morte da vida das mulheres.
Depois do câncer de pele, tipo da doença que mais atinge os brasileiros, o câncer de mama e de colo de útero são os de maior incidência entre as mulheres. O de mama é o que mais mata as mulheres: foram mais de 12 mil mortes em 2009. Para 2012, estima-se o surgimento de mais de 52 mil novos casos da doença. Na semana que marca o Dia Internacional da Mulher, comemorado em 8 de março, o Ministério da Saúde alerta para a necessidade de cuidados e hábitos saudáveis, além do diagnóstico precoce que aumenta as chances de cura.
  
A assessora do Departamento de Atenção Especializada do Ministério da Saúde, Maria Inez Gadelha, explica que, apesar de adoecerem mais do que os homens em decorrência do câncer, as mulheres tem mais chances de sobreviver à doença.  Isso porque os dois tipos de câncer que mais atingem as mulheres – de mama e de colo de útero – são menos letais do que os outros. “Além disso, a mulher se cuida mais, leva a sua saúde mais a sério e isso facilita a descoberta dos casos quando eles ainda podem ser combatidos”, afirma.

Apesar de não ser possível se prevenir o câncer de mama – a não ser com a única forma de evitar qualquer doença que é adotando um estilo de vida saudável – ele pode ser detectado através da mamografia.

PREVENÇÃO – Os programas de rastreamento para detecção precoce do câncer de mama que seguem os parâmetros da Organização Mundial de Saúde (OMS) indicam que o exame seja feito, a partir dos 50 até os 69 anos de idade, uma vez a cada dois anos. “Nessa faixa etária, com a chegada da menopausa, ocorre uma mudança no tecido da mama e os casos costumam surgir com mais freqüência”, explica Inez Gadelha.
  
Para mulheres mais jovens, a melhor forma de prevenção é o exame de toque, com investigação profunda de qualquer sintoma suspeito. Se a mulher apresentar histórico de câncer de mama na família, como mãe ou irmã que já sofreram da doença, atenção deve ser ainda maior. “Nesses casos, a avaliação é individual e deve ser feita pelo ginecologista ou mastologista. É ele que vai indicar, dependendo da gravidade do caso, a peridiodicidade de consultas e de exames”, afirma.

Em relação ao câncer de colo de útero, a estimativa é de 17 mil novos casos somente para este ano. A assessora do Departamento de Atenção Especializada do Ministério da Saúde ressalta, no entanto que, esse tipo da doença é ainda mais fácil de ser evitado com a realização do preventivo o chamado exame de Papanicolau. O exame deve ser feito aos 25 anos e repetido no ano seguinte. Caso os dois exames apresentem resultado satisfatório, a mulher pode passar a realizá-lo uma vez a cada 3 anos.

Nos casos em que o útero apresentar algum tipo de lesão, ela pode ser removida facilmente antes de se tornar um câncer. “Nós não precisamos morrer de câncer de colo de útero, não precisamos nem adoecer. Quero conclamar as mulheres no nosso dia para que não percamos as oportunidades que temos de preservar a nossa saúde, de prevenir aquilo que pode ser prevenido e de detectar precocemente aquilo que se pode ser detectado.”

Inez Gadelha lembra que, além dos exames periódicos, adotar um estilo de vida saudável, com boa alimentação e sem sedentarismo, longe do cigarro e das bebidas alcoólicas é muito mais do que um ato de prevenção, é uma opção de vida que se faz para tentar escapar do câncer e de outras doenças.

AÇÕES– Em março de 2011, o governo federal lançou o Plano Nacional de Prevenção, Diagnóstico e Tratamento do Câncer de Colo de Útero e de Mama. O programa prevêações de fortalecimento da rede de prevenção, diagnóstico e tratamento do câncer de mama e do câncer de colo de útero, que receberão investimentos de R$ 4,5 bilhões até 2014.

No ano passado, o Sistema Único de Saúde (SUS) ampliou em 22% os recursos para assistência oncológica no país. O Ministério da Saúde fechou o ano com investimento de R$ 2,2 bilhões no setor – em 2010, o valor foi de R$ 1,8 bilhão. Esse aumento de investimento serviu para ampliar e qualificar a assistência aos pacientes em hospitais públicos e privados que compõem o SUS, especialmente para os tipos de câncer mais freqüentes, como fígado, mama, linfoma e leucemia aguda.

Para 2014, o Programa Nacional de Controle do Câncer de Colo do Útero: prevêmais de 75% das mulheres de 25 a 59 anos realizando exames de rastreamento,  além de iniciar o tratamento de mulheres com diagnóstico de lesões em até 90 dias.

O Programa Nacional de Controle do Câncer de Mama prevê ampliar a cobertura de mamografia em mulheres de 50 a 69 anos, aumentar o percentual de mamografia de qualidade e aumentar a proporção de mulheres com diagnóstico de câncer que iniciam tratamento em até 60 dias – reduzindo a mortalidade.

FONTE: Ministério da Saúde