Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite começa neste sábado (15/08)
Meta do Ministério da Saúde é imunizar 95% das crianças entre seis meses e cinco anos incompletos
O dia D de combate à poliomielite acontece neste sábado (15/08), com o início da Campanha Nacional de Vacinação contra a doença. A meta do Ministério da Saúde é imunizar, até o dia 31 de agosto, 12,7 milhões de crianças entre seis meses e cinco anos incompletos, número que representa 95% do público-alvo. No estado do Rio de Janeiro, a meta é vacinar 928.833 crianças. Em 2014, o estado atingiu 98,99% de cobertura vacinal, superando o estabelecido pelo Ministério.
Para a campanha, que tem como slogan “Você é o protetor do seu filho” e o famoso Zé Gotinha como mascote, o Ministério da Saúde distribuiu 16 milhões de doses da vacina para todo o país. O estado do Rio recebeu cerca de 1 milhão de doses, que estarão disponíveis nos mais de 2 mil postos de vacinação espalhados pelos 92 municípios fluminenses.
O secretário de Estado de Saúde, Felipe Peixoto, destaca a importância da vacinação contra a doença, também conhecida como paralisia infantil.
– Essa é a 36ª campanha de vacinação contra a poliomielite. É um exemplo de sucesso porque desde 1990 a doença é considerada erradicada no Brasil. Por isso, é muito importante que os pais levem seus filhos aos postos de saúde – afirma Peixoto.
O subsecretário de Vigilância em Saúde, Alexandre Chieppe, explica que a vacina é a forma mais eficaz de prevenção, uma vez que a pólio não tem tratamento.
– Manter coberturas vacinais elevadas é essencial para que não voltemos a ter casos de poliomielite no Brasil. A doença é causada pelo poliovírus e a infecção acontece, principalmente, por via oral. Na maioria dos casos, não há evolução a óbito, mas a criança pode adquirir sérias lesões que afetam o sistema nervoso, provocando paralisia irreversível, principalmente nos membros inferiores.
A campanha de vacinação também será uma oportunidade para que os pais coloquem em dia a caderneta de vacinação dos pequenos. Os profissionais de saúde vão avaliar o documento, chamando a atenção dos responsáveis para vacinas que estão vencendo ou em atraso. As vacinas oferecidas protegem contra tuberculose, rotavírus, sarampo, rubéola, coqueluche, caxumba, varicela, meningites, febre amarela, hepatites, difteria e tétano, entre outras.
Contraindicações – Recomendada pela OMS, a vacina é extremamente segura e protege contra os três sorotipos do poliovírus 1, 2 e 3. A eficácia da imunização é em torno de 90% a 95%. A vacina não tem contraindicações e é recomendada, até mesmo, para as crianças que estejam com tosse, gripe, coriza, rinite ou diarreia. Já, para crianças com infecções agudas, com febre acima de 38ºC ou com hipersensibilidade a algum componente da vacina, o Ministério da Saúde recomenda aos pais que consultem um médico para avaliar se a imunização é indicada. Crianças com problemas imunológicos e submetidas a transplante de medula óssea devem ser orientadas para a vacinação nos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (Crie). Crianças que estão iniciando o esquema vacinal devem ser imunizadas com vacina inativada poliomielite (VIP injetável), aplicada aos dois e quatro meses de idade.
Poliomielite no mundo – Livre da doença há 26 anos, o Brasil recebeu em 1994, da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), a Certificação de Área Livre de Circulação do Poliovírus Selvagem em seu território. Entretanto, nove países registraram casos em 2014 e 2015 (Nigéria, Paquistão, Afeganistão, Somália, Guiné Equatorial, Iraque, Camarões, Síria e Etiópia).
FONTE: Governo do Estado do Rio de Janeiro
http://www.saude.rj.gov.br