Voluntários desenvolvem atividades humanizadas nas unidades da rede estadual de saúde
Amor com amor se paga. Enquanto se recuperam e recebem cuidados nas unidades de saúde estaduais, os pacientes contam com mais um elemento importante para o seu bem-estar: o amor dos voluntários. De portas abertas para receber estas pessoas que se dedicam gratuitamente ao próximo, várias unidades da Secretaria de Estado de Saúde do Rio compartilham os benefícios do voluntariado para seus pacientes, em complemento ao tratamento clínico oferecido.
– Contar com a contribuição destas pessoas de bom coração engrandece a qualidade do serviço de saúde oferecido nas unidades estaduais. Quando se associa a assistência ao amor, o resultado só pode ser positivo. Observamos a alegria dos pacientes ao receberem visitas e/ou participarem de atividades desenvolvidas por voluntários. É o tratamento do amor – ressalta o secretário de Estado de Saúde, Felipe Peixoto.
Atuando como voluntários desde 2012 em unidades da rede estadual, a Trupe da Alegria estampa o sorriso no rosto dos pacientes e faz com que o período de tratamento e internação ganhe um diferencial, já que acreditam que “rir também é um bom remédio”. O grupo, formado por sete mulheres, se apresenta mensalmente nos hospitais João Batista Cáffaro e Anchieta, além do Instituto Estadual do Cérebro.
– Levamos ao ambiente hospitalar um pouco de descontração, respeitando a seriedade do tratamento. Percebemos que a alegria e a autoestima são fundamentais para a recuperação dos pacientes e, com isso, procuramos contribuir na aproximação entre eles e a equipe de assistência, minimizando aquele clima de tensão típico de hospitais. A sensação é que recebemos muito mais alegria do que levamos – declara uma das fundadoras do grupo, Ana Cláudia Sant’Anna.
Como forma de reconhecimento da atuação destes voluntários, a Secretaria de Estado de Saúde concede, através da assessoria de humanização, uma certificação de agradecimento em homenagem ao Dia Nacional do Voluntário, comemorado nesta sexta-feira, dia 28.08.
– Sabemos que o que os voluntários esperam como retribuição é a satisfação do paciente, no entanto, buscamos uma forma simbólica de agradecer pelas atividades desempenhadas. Assim, aqueles que têm uma atuação frequente serão formalmente reconhecidos com o Diploma do Voluntário – explica a coordenadora de humanização, Gisele Macedo.
No caso do PAM Cavalcanti, o voluntariado é praticado diretamente pelos próprios funcionários da unidade. Há mais de um ano, os profissionais “adotaram” uma creche próxima e disponibilizam serviços de saúde, periodicamente. Ainda por iniciativa dos colaboradores, há a arrecadação de itens alimentícios para doação mensal à creche.
– É uma experiência gratificante e tem sido engrandecedor para a equipe. Identificamos que poderíamos contribuir além da unidade e idealizamos a proposta de voluntariado que tem dado certo – comenta a diretora da unidade, Cíntia Guerra Valente de Luna.
Oferecendo o seu melhor – Não importa a habilidade do voluntário, pode ser artística, terapêutica ou até um bom papo. É grande a variedade de ações deste tipo desenvolvidas nas unidades estaduais.
No Instituto Estadual do Cérebro e no Hospital Estadual Anchieta, o repertório musical também faz parte da atuação dos voluntários, com apresentações de um saxofonista. Proporcionando a interação dos pacientes com animais de estimação, o projeto “Pêlo Próximo” acontece nos hospitais Eduardo Rabelo e Anchieta.
O Hospital Estadual Adão Pereira Nunes conta com a contribuição de voluntários que levam atividades lúdicas para a pediatria, e oficina de artesanato para pacientes da maternidade. No Hospital Estadual da Criança, as ações são propostas pela Trupe do Miolo Mole e pelo grupo Sorrisoterapia. Os pacientes ainda recebem os contadores de histórias do Rio de Histórias e um grupo de voluntários com atividades recreativas.
Também a ONG Doutores da Alegria é voluntária em sete hospitais estaduais, com apresentação itinerante de música e poesia direcionada aos pacientes, acompanhantes e funcionários. A performance acontece nos hospitais estaduais Azevedo Lima, Tavares Macedo, Adão Pereira Nunes, Rocha Faria, Alberto Torres, Santa Maria e Eduardo Rabelo.
O Hemorio é uma das unidades que mais conta com atuação de voluntários. São mais de dez projetos, entre eles: cursos de artesanato e culinária para acompanhantes e funcionários; visita de contadores de histórias e atuação de voluntários com atividades de recreação; e apresentação de artistas e músicos que, quinzenalmente, levam canções e esquetes teatrais em forma de cortejo para os pacientes internados.
O acolhimento espiritual também é um componente da atuação dos voluntários, pois a saúde e a fé seguem juntas para muitos pacientes. Assim, voluntários de diferentes religiões se dispõem a realizarem visitas aos enfermos, levando palavras de conforto e orações. O serviço de capelania é encontrado nos hospitais de Traumatologia e Ortopedia Dona Lindu, Azevedo Lima, Albert Schweitzer, Adão Pereira Nunes, Eduardo Rabelo e Rocha Faria, além do Hemorio.
FONTE: Governo do Estado do Rio de Janeiro
http://www.saude.rj.gov.br