Secretaria de Saúde faz entrada compulsória em imóvel no Grajaú
Ação faz parte dos trabalhos de combate ao Aedes aegypti no município do Rio
A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) realizou na manhã desta quinta-feira, 10 de dezembro, entrada compulsória em imóvel abandonado no bairro do Grajaú. A atividade integra as ações da Prefeitura de combate ao Aedes aegypti em toda a cidade. No imóvel em questão, uma obra abandonada, os agentes de vigilância ambiental em saúde vedaram uma caixa d’água mal fechada e soltaram no porão da construção mais barrigudinhos, peixes que se alimentam de larvas e evitam a proliferação do mosquito. Embora com muita água acumulada, com a presença dos peixes não foram encontrados focos do vetor. Os peixinhos são usados normalmente em depósitos que não são passíveis de eliminação ou que não têm como ser tampados, como piscinas abandonadas.
“Muitos focos ainda são encontrados dentro dos domicílios, portanto, todos devem prevenir a proliferação do mosquito dentro de suas próprias casas. Quando o imóvel está sempre fechado e os proprietários não respondem às notificações, os agentes de vigilância em saúde realizam as visita por entrada compulsória”, disse o coordenador de Vigilância Ambiental em Saúde, Marcus Vinicius Ferreira, reforçando a importância da participação da população na prevenção e combate ao Aedes aegypti.
Este ano, a SMS já realizou 51 entradas compulsórias na cidade. Em 2015, 1.068 imóveis foram notificados por estarem fechados na primeira visita, com 74 publicações no Diário Oficial para entrada compulsória. A maioria dos proprietários entrou em contato após a notificação ou dentro do prazo estipulado no DO, permitindo a vistoria. A Prefeitura do Rio realiza entrada compulsória em imóveis abandonados baseada no decreto nº 34.377, de 2011, que autoriza o ingresso de agentes de saúde em locais fechados. Além da equipe de agentes de vigilância ambiental que atuam na região, a Guarda Municipal participou da ação, para assegurar a integridade do local.
A SMS conta com mais de 3 mil agentes de vigilância ambiental em saúde. As equipes estão diariamente em campo em toda a cidade, durante todo o ano, mesmo nos meses de menor incidência de dengue. Em 2015, até o momento, foram feitas 9,136 milhões de visitas a imóveis em toda a cidade em busca de focos do mosquito da dengue, eliminando 956 mil depósitos e tratando outros 3,008 milhões. O trabalho dos agentes consiste em orientar os moradores; eliminar os criadouros passíveis de eliminação; tratar aqueles que não podem ser eliminados para evitar a proliferação dos focos.
A maioria dos focos do mosquito (cerca de 80%) está no ambiente domiciliar (dentro ou ao redor dos imóveis), o que mostra que o combate ao Aedes aegypti é um dever de todos. A participação da sociedade é fundamental, principalmente verificando e eliminando os possíveis criadouros dentro de suas casas, evitando jogar lixo em locais inadequados, onde os detritos possam acumular água e propiciar o surgimento de criadouros do mosquito. Esses cuidados independem da presença do agente de vigilância em saúde e podem ser adotados por todas as pessoas em suas próprias casas, diariamente.
Denúncias de possíveis criadouros e pedidos de fiscalização podem ser feitos por meio da Central de Atendimento da Prefeitura, no telefone 1746. De todas as solicitações feitas este ano sobre dengue ao serviço, 95,15% foram atendidas pelas equipes de vigilância ambiental em saúde.
FONTE: Prefeitura Municipal do Rio de Janeiro
http://www.rio.rj.gov.br/web/smsdc