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Verão é período mais crítico de afogamentos

Risco é maior entre os mais jovens e entre crianças do sexo masculino: o afogamento é a segunda causa de morte acidental entre meninos de 5 a 14 anos

Dezembro, janeiro e fevereiro são os meses em que mais pessoas morrem por causa de afogamentos. Levantamento do Ministério da Saúde indica que, em 2010, mais de 5,4 mil pessoas morreram afogadas ao longo do ano, sendo que 2 mil óbitos no período em que a maioria dos brasileiros tira férias. “É preciso identificar pontos e situações de risco para que seja feita a devida sinalização e, além disso, é preciso que as pessoas fiquem atentas para evitar tragédias”, recomenda o diretor adjunto do Departamento de Análise de Situação de Saúde, Juan Escalante.

Estudo do Ministério da Saúde indica que Afogamentos estão entre as dez principais causas de morte por violência ou acidentes, em todas as capitais da região Norte e em seis capitais do Nordeste, além de Campo Grande, Cuiabá e Goiânia. Cerca de 51% das vítimas têm menos de 30 anos de idade e 8% estão abaixo dos cinco anos (dados preliminares de 2010 para o Brasil). O afogamento é a segunda causa de morte acidental entre meninos de 5 a 14 anos. “O risco é maior em áreas onde se pratica atividades recreativas na água, mas até a piscina doméstica e a banheira podem trazer risco”, alerta Juan Escalante.

Mesmo que a morte não seja imediata, o acidente pode tornar-se fatal ao resultar em problemas respiratórios devidos à aspiração de líquido ou a infecções adquiridas. Quem aspira líquido pode apresentar queda da temperatura do corpo, distensão do abdome, tremores, dores musculares, náuseas e vômitos. Casos mais graves podem acarretar em parada cardíaca e morte.

Para prevenir esse tipo de acidente, os adultos devem estar sempre próximos  das crianças enquanto elas estiverem na água, mesmo que elas saibam nadar. “Nem mesmo por poucos segundos os bebês devem ser deixados sozinhos no banho”, recomenda Juan Escalante. Ele lembra que para os adultos o alerta é para o consumo de álcool e de certos medicamentos, pois provocam adiminuição da concentração, piora dos reflexos e perda de equilíbrio, aumentando assim as possibilidades de afogamento.

SAMU 192– O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU 192) presta serviço também em caso de afogamento. O serviço faz parte da estratégia Saúde Toda Hora e ajuda a organizar o atendimento na rede pública prestando socorro à população em casos de emergência. O SAMU realiza o atendimento de urgência e emergência em qualquer lugar: residências, locais de trabalho e vias públicas, contando com as Centrais de Regulação, profissionais e veículos de salvamento.

A ligação feita para o número 192 é atendida por técnicos que identificam a emergência e, imediatamente, transferem o telefonema para o médico regulador. Esse profissional faz o diagnóstico da situação e inicia o atendimento no mesmo instante, orientando o paciente, ou a pessoa que fez a chamada, sobre as primeiras ações.


FONTE: Ministério da Saúde