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Férias: atenção para a alimentação das crianças

Ministério da Saúde recomenda que pais incentivem filhos a consumirem frutas frescas, água, suco natural e comidas saudáveis e variadas como forma de se evitar guloseimas. Maus hábitos alimentares podem levar à obesidade infantil
No período das férias escolares é necessário estar atento à alimentação das crianças. “Este é o momento ideal para a família e amigos reforçarem a prática da alimentação saudável ou aproveitar o tempo livre para rever hábitos alimentares”, destaca a coordenadora-geral de Alimentação e Nutrição do Ministério da Saúde, Patrícia Jaime.

Os alimentos semi-prontos ou considerados “ultra-processados” – como biscoitos, salgadinhos e refrigerantes, muito apreciados pelo público infantil – geralmente são bastante consumidos nesta época do ano. Mas, o excesso destes alimentos ricos em açúcares, sal e gorduras trans e saturadas podem levar à obesidade e ao Diabetes Tipo 2 ainda na infância, como alerta Patrícia Jaime. “É sempre importante que os pais estimulem a prática de exercícios físicos e uma alimentação saudável entre os filhos. Nas férias, a dica é ter sempre em casa frutas frescas, água e suco natural em locais de fácil acesso às crianças como forma de se evitar ou substituir as guloseimas”, aconselha.

A fim de tornar os momentos de refeição mais atrativos, prazerosos e pedagógicos, a sugestão da coordenadora do Ministério da Saúde é oferecer, às crianças, comidas variadas e coloridas, contemplando todos os grupos de alimentos, como cereais, legumes, frutas, laticínios, carnes. “Que devem ser bem distribuídos ao longo do dia”, acrescenta Patrícia Jaime.


OBESIDADE – A obesidade entre crianças e adolescentes apresenta índices crescentes a cada ano, segundo apontou a Pesquisa de Orçamento Familiar (POF) de 2008/2009 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De acordo com o estudo, uma em cada três crianças com idade entre 5 e 9 anos estão com peso acima do recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pelo Ministério da Saúde. Nesta faixa etária, o Índice de Massa Corporal (IMC) – que é a razão entre o peso e o quadrado da altura da pessoa – deve ficar entre 13 e 17. Ainda segundo a POF, os jovens de 10 a 19 anos com excesso de peso passaram de 3,7%, em 1970, para 21,7%, em 2009. A manutenção do peso adequado desde a infância é um dos principais fatores para a prevenção de doenças na fase adulta.


SÓDIO – No último ano, o Ministério da Saúde assinou termo de compromisso, em parceria com indústrias alimentícias, que estabelece a redução gradual de sódio entre dez tipos de alimentos, incluindo os mais consumidos pelo público infanto-juvenil, como pão de sal, biscoitos e salgadinhos.


FONTE: Ministério da Saúde