Estatais fazem ações de combate ao Aedes aegypti
Capacitação de funcionários, informes públicos, rotinas de vistoria e mutirões de limpeza são algumas das práticas realizadas pelas empresas
O Governo Federal tem apoiado as empresas estatais a reforçarem e ampliarem atividades de prevenção e combate ao Aedes aegypti, transmissor da dengue, da febre chikungunya e do vírus Zika. Entre as ações realizadas estão as capacitações dos funcionários, especialmente os que trabalham diretamente com o público, como agentes bancários, aeroportuários, carteiros e leituristas das companhias elétricas. As atividades estão sendo intensificadas desde o início do mês, quando iniciou o segundo ciclo de visitas a imóveis.
Além de realizar vistorias semanais e material informativo nas agências, os Bancos Públicos desenvolveram ações de envolvimento com a população local. O Banco do Brasil tem orientado os clientes durante o atendimento pessoal, principalmente nos municípios com maior índice de infestação do mosquito. Para isso, mais de 100 mil funcionários foram treinados pelo banco e atuam em cerca de seis mil pontos do território nacional. O Banco também pretende lançar dois projetos pilotos mais complexos nas áreas de educação e de saúde, que contam com a parceria do Ministério da Saúde, Fundação Banco do Brasil e empresa anglo-holandesa.
Já a Caixa Econômica Federal formulou um plano de ação baseado em três eixos: limpeza, treinamento e comunicação. Desde o início do ano, foram realizadas vistorias em todas as 4.611 edificações do banco e treinados funcionários tanto da área de limpeza, como de manutenção, climatização e transporte vertical. Os bancários também foram treinados e receberam informações pelos canais internos de comunicação. Com relação ao relacionamento com clientes, a Caixa inseriu informações sobre a campanha no aplicativo do Bolsa Família, extratos bancários e de FGTS, além de mensagens em eventos esportivos patrocinados pelo Banco.
O Banco do Nordeste também vem realizando atividades de capacitação e parcerias com associações para executar ações de combate ao mosquito.
ENVOLVENDO A COMUNIDADE – A Eletrobrás elaborou um plano de ação para aplicação ao longo do ano e que envolve ações internas, como mutirões de limpeza, vistorias, comunicação nas redes; atividades que envolvem a população residente em torno das unidades da Eletrobrás, incluindo as comunidades indígenas, como é o caso das aldeias Kayapó da bacia do Xingu e distribuidoras de energia para impressão da campanha nas contas de luz. Os leituristas também foram capacitados para apoiar na identificação dos focos do mosquito. Por meio de um aparelho eletrônico utilizado nas medições de consumo de energia, eles repassam as informações diretamente aos órgãos de saúde dos respectivos estados.
Outra estatal que vem realizando ações diretamente nas residências é os Correios, que incorporou na rotina de distribuição de correspondências de 60 mil carteiros, o envio de material informativo sobre o Aedes aegypti, além de identificação de focos do mosquito. O secretário executivo substituto do Ministério da Saúde, Neilton Oliveira, enfatiza a importância do envolvimento desses servidores, pos estarem próximos à população. “A ideia é que eles sejam multiplicadores das nossas ações e que no contato cotidiano direto com a população possam informar e conscientizar ainda melhor as pessoas sobre a importância de se identificar e eliminar o mosquito e focos”, ressaltou.
Todas as ações que envolvem a comunicada local estão sendo articuladas e apoiadas pelas Salas Estaduais de Coordenação e Controle para o Enfrentamento à Dengue, à Chikungunya e ao Vírus Zika (SNCC); onde já tiver instalada, as municipais e a vigilância em saúde.
Também tem sido realizadas ações nos aeroportos da Infraero, levando em conta a potencialidade de transporte de quem viaja de uma região a outra do país. A empresa veicula mensagens de alerta à população e de como combater o mosquito, além das campanhas educativas envolvendo o público infantil.
Há ainda envolvimento da Embrapa, que tem monitorado via satélite potenciais focos de contaminação; a Biomanguinhos, que atua fortemente nas pesquisas para produção de vacina e desenvolvimento de kits de diagnóstico e a imprensa, com a Empresa Brasil de Comunicação (EBC), que somente em fevereiro divulgou 126 horas de conteúdos (TV Brasil, Rádios EBC e NBR/Voz do Brasil) e publicou 298 notícias (Agência Brasil e Portal EBC) sobre o combate ao Aedes aegypti.
VISITAS – O primeiro ciclo da mobilização, entre janeiro e fevereiro, alcançou 88% dos domicílios e prédios públicos, comerciais e industriais, com a soma de 59 milhões visitados, sendo 47,8 milhões trabalhados e 11,2 milhões que estavam fechados ou houve recusa para o acesso.
No segundo ciclo da campanha contra o vetor, iniciado neste mês, conforme o novo balanço da Sala Nacional, concluído às 18h30 da última quarta-feira (30), as equipes de combate ao mosquito Aedes aegypti já alcançaram 27,7 milhões de imóveis brasileiros. Foram 22,9 milhões de domicílios, prédios públicos, comerciais e industriais efetivamente vistoriados, além de 4,7 milhões de estabelecimentos que estavam fechados ou houve a recusa para acesso. Dos 5.570 municípios brasileiros, 4.679 já registraram as visitas no Sistema Informatizado de Monitoramento da Presidência da República (SIM-PR).
As visitas aos imóveis contam atualmente com a participação permanente de 266,2 mil agentes comunitários de saúde. 49,2 mil agentes de controle de endemias e com apoio de aproximadamente cinco mil militares das Forças Armadas. Juntam-se, ainda, profissionais de equipes destacados pelos estados e municípios, como membros da Defesa Civil e do Corpo de Bombeiros. “O trabalho dos agentes em manter a sociedade mobilizada, mesmo no período de menor infestação vetorial, é fundamental para evitar que o esforço atual seja perdido”, afirma Marta Damasco, coordenadora da Sala Nacional de Coordenação e Controle para o Enfrentamento à Dengue, à Chikungunya e ao Vírus Zika (SNCC).
FONTE: Ministério da Saúde
http://www.saude.gov.br