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Campanha de vacinação contra a gripe já atinge 92% de cobertura

Balanço do Ministério da Saúde mostra que mais de 45,7 milhões de pessoas foram imunizadas até agora. O DF e mais 21 estados superaram a meta de vacinar 80% do público-alvo

Balanço do Ministério da Saúde mostra que mais de 45,7 milhões de pessoas já se vacinaram contra a gripe neste ano. O quantitativo representa 91,7% do público-alvo, que é formado por 49,8 milhões de pessoas consideradas de maior risco para desenvolver complicações causadas pela doença. Apesar de a campanha ter encerrado no último dia 20 (sexta-feira) a vacinação prossegue em alguns estados e municípios, já que o Ministério da Saúde disponibilizou 54 milhões de doses da vacina – uma reserva técnica de 4,2 milhões de doses acima do quantitativo de pessoas que integram o público prioritário.

De acordo com o balanço, o Distrito Federal se destacou vacinando quase 100% de seu público-alvo (98,8%), seguido pelos estados de São Paulo e Espírito Santo (94%), Paraná e Santa Catarina (91,6%), e Rondônia (91,3%). Outros estados seguem com cobertura acima da meta de 80%: no Amazonas foram 84,2%; Pará (83,3%); Amapá (88,8%); Tocantins (85,3%); Maranhão (82,3%); Ceará (83,6%); Paraíba (87,2%); Pernambuco (85,8%); Alagoas (88,7%); Sergipe (85,9%); Bahia (83,5%); Minas Gerais (89,4%); Rio de Janeiro (85,6%); Rio Grande do Sul (89,3%); Mato Grosso do Sul (85%) e Goiás (88,5%).

Para a coordenadora do Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Ministério da Saúde, Carla Domingues, o cumprimento da meta ratifica o sucesso da estratégia utilizada na campanha. “O Brasil é um dos países que mais ofertam vacinas gratuitamente no mundo. Somente neste ano enviamos 54 milhões de doses para vacinar 49,8 milhões de pessoas. O quantitativo é suficiente para vacinar 100% do público-alvo, e ainda sobra reserva técnica”, destacou a coordenadora.

Até o momento, a região Sudeste apresentou o melhor desempenho em relação à cobertura vacinal contra a influenza, com 91,2%, seguida pelas regiões Sul (90,6%); Centro-Oeste (87,1%); Norte (83,9%) e Nordeste (83,6%). Dentre os grupos prioritários para a vacinação, os Trabalhadores da saúde apresentam, até o momento, a maior cobertura, com 4,3 milhões de doses aplicadas, o que representa 106,7% dos profissionais a serem vacinados. Em seguida estão as puérperas, com 361,9 mil vacinadas (98,6%); 19,1 milhões de idosos (91,7%); crianças de seis meses a menores de cinco anos (quatro anos, 11 meses e 29 dias), com 10,4 milhões de vacinados (81,4%); 1,5 milhão de gestantes (71,2%).

Com 480,1 mil doses aplicadas, 77% dos indígenas já foram vacinados. Como a vacinação deste grupo é realizada em áreas remotas, a atualização dos dados segue outra dinâmica.

Também foram aplicadas 366,6 mil na população privada de liberdade e trabalhadores do sistema prisional, e 8,7 milhões de doses nos grupos de pessoas com comorbidade. Os portadores de doenças crônicas não transmissíveis, o que inclui pessoas com deficiências específicas, também devem se vacinar. Para esses grupos não há meta específica de vacinação.

Após o encerramento da campanha nacional, no dia 20 de maio, o Ministério da Saúde recomendou a continuidade da vacinação aos estados que não atingiram a meta. Ficou a cargo dos estados e municípios, no entanto, avaliar se já tinham sido esgotadas todas as possibilidades de vacinação dos grupos-alvo. A partir desta análise, os estados foram orientados a definir o novo público a ser incluído na campanha, de acordo com as necessidades locais. Vale ressaltar que a vacina da gripe tem duração de um ano, e não deve ser devolvida.

A definição dos grupos prioritários segue a recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS), além de ser respaldada por estudos epidemiológicos e pela observação do comportamento das infecções respiratórias. São priorizados os grupos mais suscetíveis ao agravamento de doenças respiratórias.

MEDICAMENTO – Todos os estados estão abastecidos com o Fosfato de Oseltamivir, medicamento para tratar a doença, que devem disponibilizá-lo em suas unidades de saúde. É importante que o medicamento seja administrado nas 48 horas do início dos sintomas.

Em 2016, o Ministério da Saúde enviou às secretarias de saúde dos estados, até a metade do mês de maio, 2.231.000 unidades Oseltamivir (30 mg), 1.884.300 de 45 mg e 6.981.000 de 75 mg.

O Oseltamivir faz parte do Componente Estratégico da Assistência Farmacêutica (CESAF), cuja compra é centralizada, ou seja, o Ministério da Saúde é responsável pela aquisição. Cabe aos Estados, Distrito Federal e os municípios a responsabilidade pelo armazenamento, controle de estoque e prazos de validade, distribuição e dispensação.

PREVENÇÃO – A transmissão dos vírus influenza ocorre pelo contato com secreções das vias respiratórias que são eliminadas pela pessoa contaminada ao falar, tossir ou espirrar. Também ocorre por meio das mãos e objetos contaminados, quando entram em contato com mucosas (boca, olhos, nariz). À população em geral, o Ministério da Saúde orienta a adoção de cuidados simples como medida de prevenção, tais como: lavar as mãos várias vezes ao dia; cobrir o nariz e a boca ao tossir e espirrar; evitar tocar o rosto e não compartilhar objetos de uso pessoal.

Em caso de síndrome gripal, a recomendação é procurar um serviço de saúde o mais rápido possível. A vacina contra a gripe não é capaz de eliminar a doença ou impedir a circulação do vírus. Por isso, as medidas de prevenção são tão importantes, particularmente durante o período de maior circulação viral, entre os meses de junho e agosto.

Também é importante lembrar que, mesmo pessoas vacinadas, ao apresentarem os sintomas da gripe – especialmente se são integrantes de grupos mais vulneráveis às complicações – devem procurar, imediatamente, o serviço médico. Os sintomas da gripe são: febre, tosse ou dor na garganta, além de outros, como dor de cabeça, dor muscular e nas articulações. Já o agravamento pode ser identificado por falta de ar, febre por mais de três dias, piora de sintomas gastrointestinais, dor muscular intensa e prostração.

CASOS DA DOENÇA – Neste ano, até 14 de maio, foram registrados 3.501 casos de influenza de todos os tipos no Brasil. Deste total, 2.988 foram por influenza A (H1N1), sendo 588 óbitos, com registro de um caso importado (o vírus foi contraído em outro país). Os dados constam no Boletim Epidemiológico de Influenza do Ministério da Saúde.

O Brasil possui uma rede de unidades sentinelas para vigilância da influenza distribuídas em serviços de saúde de todas as unidades federadas do país, que monitoram a circulação do vírus influenza por meio de casos de síndrome gripal (SG) e síndrome respiratória aguda grave (SRAG).

A Região Sudeste concentra o maior número de casos (1.604) de influenza A H1N1, sendo 1.394 no estado de São Paulo. Outros estados que registraram casos neste ano foram Rio Grande do Sul (297); Paraná (289); Goiás (192); Pará (129); Santa Catarina (111); Rio de Janeiro (89); Distrito Federal (89); Mato Grosso do Sul (78); Bahia (77); Espírito Santo (66); Minas Gerais (55); Pernambuco (39); Ceará (19); Rio Grande do Norte (13); Paraíba (13); Alagoas (12); Mato Grosso (7); Amapá (6); Rondônia (4); Acre (2); Sergipe (2); Amazonas (1); Roraima (1); Maranhão (1), e Piauí (1).

Com relação ao número de óbitos, São Paulo registrou 271, seguido por Rio Grande do Sul (56); Goiás (34); Paraná (31); Rio de Janeiro (30); Santa Catarina (29); Bahia (17); Espírito Santo (17); Minas Gerais (16); Pará (16); Mato Grosso do Sul (15); Pernambuco (12); Distrito Federal (10); Paraíba (8); Ceará (7); Rio Grande do Norte (6); Mato Grosso (4); Amapá (4); Alagoas (3); e Maranhão (1).

Total de doses aplicadas (exceto em pessoas com comorbidades, população privada de liberdade e trabalhadores do sistema prisional) por UF

Estado

Vacinação contra a gripe – até 27 de maio

População prioritária

Doses aplicadas

Cobertura vacinal (%)

RO

302.412

276.159

91,3%

AC

170.024

125.698

73,9%

AM

869.062

732.469

84,2%

RR

150.116

113.229

75,4%

PA

1.491.529

1.244.072

83,4%

AP

139.546

124.042

88,9%

TO

292.131

249.414

85,3%

NORTE

3.414.820

2.865.083

83,9%

MA

1.390.900

1.145.126

82,3%

PI

645.402

478.364

74,1%

CE

1.776.416

1.486.351

83,7%

RN

669.091

524.342

78,3%

PB

853.196

744.284

87,2%

PE

1.887.670

1.619.988

85,8%

AL

636.571

564.819

88,7%

SE

408.849

351.455

85,9%

BA

2.900.022

2.422.895

83,5%

NORDESTE

11.168.117

9.337.634

83,6%

MG

4.118.983

3.686.043

89,4%

ES

722.718

679.624

94%

RJ

3.643.069

3.121.895

85,6%

SP

8.999.512

8.460.397

94%

SUDESTE

17.484.282

15.947.959

91,2%

PR

2.242.191

2.054.399

91,6%

SC

1.267.596

1.161.506

91,6%

RS

2.517.391

2.250.401

89,3%

SUL

6.027.178

5.466.306

90,6%

MS

582.399

495.273

85%

MT

623.834

479.529

76,8%

GO

1.219.467

1.080.321

88,5%

DF

498.646

492.661

98,8%

CENTRO-OESTE

2.924.346

2.547.784

87,1%

TOTAL

41.018.743

36.164.766

88,1%

 

Total de público-alvo e doses da vacina entregues por UF

UF

Total Público-alvo

Total de doses entregues para a Campanha 2016

RO

350.256

376.700

AC

195.184

210.600

AM

942.947

1.037.900

RR

164.345

175.600

PA

1.704.531

1.846.400

AP

165.484

177.100

TO

326.013

349.700

NORTE

3.848760

4.174.000

MA

1.529.100

1.635.900

PI

732.193

783.500

CE

2.017.553

2.158.800

RN

776.019

830.400

PB

946.103

1.012.400

PE

2.095.962

2.242.300

AL

699.104

748.100

SE

454.675

486.600

BA

3.268.957

3.499.700

NORDESTE

12.519.666

13.397.700

MG

4.932.010

5.278.400

ES

849.659

909.200

RJ

4.165.042

4.456.600

SP

11.900.190

12.733.200

SUDESTE

21.846.902

23.377.400

PR

2.922.568

3.128.400

SC

1.759.539

1.885.300

RS

3.574.750

3.824.500

SUL

8.256.857

8.838.200

MS

667.922

722.200

MT

698.212

750.000

GO

1.433.414

1.533.800

DF

609.105

651.800

C.OESTE

3.408.653

3.657.800

BRASIL

49.880.838

53.445.100

FONTE: Ministério da Saúde
http://www.saude.gov.br