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Hospitais do Ministério da Saúde ampliam atendimento no Rio de Janeiro

Somente na emergência do Hospital Federal de Bonsucesso, 60% dos pacientes é proveniente de outros municípios, em especial da Baixada Fluminense

Os seis hospitais do Ministério da Saúde realizaram 88.477 atendimentos de emergência de janeiro a outubro deste ano, um aumento de 14% em relação ao mesmo período do ano passado. A ampliação desse tipo de atendimento nos hospitais federais de Bonsucesso, dos Servidores, Andaraí, Ipanema, Lagoa e Cardoso Fontes,  cresceu em especial neste segundo semestre. Somente de julho a outubro, houve 35.409 atendimentos de emergência nas unidades hospitalares.

“A população da capital e dos demais municípios, também, nos procura muito para o atendimento de média e alta complexidade. Há muitos pacientes com câncer, especialmente, que chegam hoje via emergência e estamos absorvendo esses tratamentos nas unidades federais”, observa o diretor do Departamento de Gestão Hospitalar do Ministério, Jair Veiga.

Pela localização, com acesso pela Avenida Brasil, a população da Baixada Fluminense tem recorrido de forma mais intensa nos últimos meses ao Hospital Federal de Bonsucesso (HFB). Hoje, 60% dos pacientes da emergência do HFB são provenientes de outras cidades, mas principalmente da região da Baixada – somente do município de Duque de Caxias são 20%. Dos 286 pacientes neste momento internados, 12% são da Baixada.

Os atendimentos de emergência do HFB tiveram aumento de 13% de janeiro a outubro deste ano, em comparação ao mesmo período do ano passado – foram 14.892, ao todo. Entre os atendimentos específicos de câncer (que englobam consultas oncológicas e quimioterapias), 40% estão ocorrendo ali com pacientes de outros municípios. A cada dia, em média, são recebidos três novos pacientes com câncer.

Morador de Duque de Caxias, Alfredo Neves de Souza, 81 anos, ingressou na emergência do HFB no último dia 9 com câncer de reto e está internado agora na Unidade de Pacientes Graves. Até chegar ao hospital, sequer sabia que doença tinha. “Há um mês, ele vem emagrecendo e tem outras complicações, mas tive dificuldade de agendar consulta para o diagnóstico. Fui na emergência de um hospital na nossa cidade, atenderam mas não descobriram o que ele tinha. O atendimento aqui tem estrutura, desde material e exames até profissionais especializados”, ressalta o enteado do paciente, Genésio da Silva Dias, que está acompanhando todo o tratamento.

A rede de hospitais do Ministério da Saúde ampliou em 8,4% as cirurgias – realizou, ao todo, 38.043 nos 10 primeiros meses do ano –, em comparação ao mesmo período de 2015. Houve ainda 633.732 consultas médicas em ambulatório e 40.860 internações.

Mais um hospital com forte impacto de pacientes de municípios do entorno do Rio de Janeiro é o dos Servidores do Estado (HFSE), localizado próximo ao terminal rodoviário intermunicipal da capital. Segundo registros no Sistema de Regulação de Vagas (Sisreg), o HFSE disponibilizou neste ano 6.339 vagas para atendimento a pacientes de outros municípios.

É importante destacar que esses pacientes chegam ao HFSE em busca dos serviços mais complexos, geralmente nas áreas de oncologia, urologia, oftalmologia, hemodinâmica e hemodiálise, além da área de apoio e diagnóstico oferecidos aos pacientes, como exames de tomografia computadorizada, ultrassonografia, mamografia.

É o caso da servidora pública aposentada Marinete Espírito Santo de Freitas, 61 anos. Moradora de São João do Meriti, ela começou a hemodiálise em 23 de setembro no HFSE. “Passei por muitos lugares e encontrei aqui enfim uma acolhida”, conta a paciente, que chegou ali para cuidar de uma cardiopatia e uma pneumonia, e agora está tratando também a insuficiência renal.

FONTE: Ministério da Saúde
http://www.saude.gov.br