Casos de Esporotricose avançam em animais e em humanos
Este ano, 580 pessoas tiveram a doença. Em gatos, são mais de 6 mil casos desde 2015
Doença que pode ser fatal para felinos e que pode ser transmitida também para cachorros e para humanos, a esporotricose é um problema de saúde pública que preocupa no município do Rio. Desde o lançamento da campanha de orientação “Esporotricose – um risco para seu gato e para você”, em agosto de 2015, a Vigilância Sanitária municipal atendeu 6.223 novos casos de animais contaminados, sendo 6.050 gatos e 173 cães. Em pessoas, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) já registrou este ano 580 casos. Em humanos a infecção tem cura, mas pode provocar lesões gravíssimas na pele e há risco de uma epidemia no verão.
A esporotricose é um tipo grave de fungo que ataca principalmente gatos. A contaminação dos felinos ocorre pelo contato das garras do animal com material orgânico em decomposição contaminado, como cascas de árvores, palhas, farpas, espinhos e o solo. Para humanos a doença é transmitida por arranhões, mordidas e contato direto com a pele lesionada. No gato, a doença pode ser mortal, mas o risco de óbito diminui se o diagnóstico for no início da infecção e o tratamento começar logo.
Nos animais devem ser observados alguns sinais, como feridas no focinho e nos membros. As feridas são profundas, geralmente com pus, não cicatrizam e costumam progredir para o resto do corpo. Perda de apetite, apatia, emagrecimento, espirros e secreção nasal também são manifestações da doença. O atendimento de cães e gatos é feito gratuitamente no Instituto de Medicina Veterinária Jorge Vaitsman e no Instituto Paulo Dacorso Filho, que também fornecem a medicação para o tratamento em casa, sem custos para os donos.
Nos seres humanos, a manifestação começa com um pequeno caroço vermelho, que pode virar uma úlcera (ferida). Geralmente aparecem nas mãos, nos braços, nas pernas ou no rosto, às vezes formando uma fileira de pequenos nódulos ou feridas. Podem ocorrer ainda dores nas articulações e febre. Os números de casos notificados estão aumentando a cada ano. Em 2015, a SMS registrou 516 pacientes com a infecção na pele e, em 2014, 327. O atendimento pode realizado na unidade de Atenção Primária (clínicas da família e centros municipais de saúde) mais próxima da casa do paciente, que deve ser consultada pelo link: http://www.rio.rj.gov.br/
O Instituto de Medicina Veterinária Jorge Vaitsman fica na Avenida Bartolomeu de Gusmão, 1.120, em São Cristóvão. O endereço do Instituto Paulo Dacorso Filho é Largo do Bodegão, 150, Santa Cruz. Unidades da Secretaria Especial de Promoção e Defesa dos Animais também oferecem atendimento.
FONTE: Prefeitura Municipal do Rio de Janeiro
http://www.rio.rj.gov.br/web/smsdc