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Prevenção passa por todas as fases da vida

Medidas que vão deste do aleitamento materno até atenção ao envelhecimento ativo ajudam a evitar o aparecimento precoce das doenças crônicas não transmissíveis

Confira o Plano

Quem pensa que deve se preocupar em prevenir o aparecimento de Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) somente na fase adulta está enganado. Para evitar o surgimento precoce dessas doenças, as medidas de prevenção começam desde o início da vida e deve ser mantida em cada fase.

O Ministério da Saúde, através do Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento de DCNT, tem ações que já cuidam da saúde do indivíduo quando ele ainda está na barriga da mãe. As ações de promoção da saúde e prevenção de DCNT iniciam-se durante a gravidez, promovendo os cuidados pré-natais e a nutrição adequada. Para garantir a saúde do novo cidadão, o plano estimula, por exemplo, o aleitamento materno que oferece proteção à infância. Na adolescência, o Plano conta com programas como Saúde na Escola, para conscientização da população nesta faixa etária, promove ações que evitam a exposição aos fatores de risco (álcool, tabaco) e estimula fatores protetores (alimentação saudável, atividade física).

“A primeira medida de prevenção começa durante o pré-natal, cuidando da saúde do feto ainda no útero, seguindo com o aleitamento materno do bebê. O Ministério tem incentivado as mulheres sobre a importância de amamentar. Além disso, uma alimentação saudável, a prática de atividade física na infância são ações que contribuem para uma vida saudável”, ressalta a coordenadora de Doenças e Agravos não Transmissíveis, do Ministério da Saúde, Deborah Malta.

Segundo ela, incentivar as pessoas a buscarem uma vida mais saudável é fundamental para o processo de desenvolvimento da população, além de garantir um envelhecimento ativo e retardar o aparecimento precoce das doenças crônicas.

Na idade adulta, a pessoa precisa continuar alerta com relação à alimentação, à prática de exercícios físicos, monitorando constantemente fatores de risco como o acompanhamento do colesterol, taxa de glicose e pressão arterial, assim como garantir a realização de exames preventivos de câncer. A preocupação da saúde leva em consideração o gênero, com atenção específica à saúde da mulher e quanto do homem.

Para a terceira idade, o Plano prevê orientações para um envelhecimento ativo e, ao mesmo tempo, investe na política de Atenção Domiciliar. Neste sentido, serão criadas equipes de profissionais de saúde ou “cuidadores”, organizados em Equipes Multiprofissionais de Atenção Domiciliar (EMAD) e Equipes Multiprofissionais de Apoio (EMAP), que darão suporte às EMADs, quando necessário. Cada EMAD deverá atender, em média, a uma população de 60 habitantes e também poderá contar com o auxílio de profissionais que atuam no Saúde da Família. As Equipes Multiprofissionais de Atenção Domiciliar farão visitas regulares às residências dos pacientes.

O envelhecimento ativo e saudável consiste na busca pela qualidade de vida por meio da alimentação adequada e balanceada, prática regular de exercícios físicos, convivência social estimulante, busca de atividades prazerosas e/ou que atenuem o estresse, redução dos danos decorrentes do consumo de álcool e tabaco e diminuição significativa da auto-medicação. É importante qualificar os serviços de Saúde para trabalhar com aspectos específicos da saúde da pessoa idosa (como a identificação de situações de vulnerabilidade social, a realização de diagnóstico precoce de processos demenciais, a avaliação da capacidade funcional, entre outros).

Prevenção – O Plano de Ações de Enfrentamento às Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNTs) propõe trabalhar junto às equipes de Promoção a Saúde medidas que orientem a população de como fazer a prevenção destas doenças e dos fatores de riscos como obesidade, hipertensão e colesterol.

As doenças crônicas não transmissíveis são as principais causas de óbitos no mundo, sendo responsáveis por elevado número de mortes prematuras e incapacidades. No Brasil, as DCNT se constituem no problema de saúde de maior magnitude, correspondendo a 72% das causas de mortes.

Deborah Malta destaca que é importante investir em ações de vigilância, o quepossibilita conhecer a distribuição, magnitude e tendência das doenças crônicas e agravos e seus fatores de risco.

Ações propostas pelo Plano:

– Rede Cegonha: Acompanhamento da gestação em relação à nutrição, ao controle de hipertensão e ao açúcar no sangue.

– Alimentação saudável na infância, estímulo ao aleitamento materno.

– Alimentação saudável e educação alimentar na escola, com a promoção da aquisição de alimentos frescos.

– Atividade física na escola e no contraturno.

– Ações de promoção da saúde no Programa Saúde na Escola (PSE): alimentação saudável, atividade física, prevenção ao uso de álcool e drogas.

– Regulação de propaganda de alimentos para o público infantil.

– Incentivo aos hábitos saudáveis de vida, como alimentação, prática de atividade física regular, cessação de tabagismo, prevenção ao uso nocivo do álcool.

– Incentivo à criação de espaços saudáveis para prática de atividade física e alimentação saudável nos locais de trabalho.

– Promoção de atividade física para os idosos.

– Capacitação de cuidadores na comunidade.

– Campanha de estímulo ao envelhecimento ativo.

FONTE: Ministério da Saúde