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Ministério participa de simulação de acidente nuclear

Pela primeira vez, o Ministério da Saúde participa de atividade estratégica, com fornecimento de medicamento. Ação ocorre no Rio de Janeiro e faz parte do Plano de Emergência da Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto (CNAAA).

O Ministério da Saúde encerra, nesta quinta-feira (1), a participação em atividade de simulação em casos de acidentes nucleares realizada em Angra dos Reis (RJ) e que reúne cerca de duas mil pessoas. A ação – que tem a participação de organizações civis, militares, governamentais e não-governamentais – integra o plano de emergência da Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto (CNAAA), composta pelas usinas Angra I e II, e obras da terceira. O pasta participa do evento por meio da distribuição do medicamento iodeto de potássio.

Este medicamento, no caso de situações reais, é fornecido aos moradores da região afetada pela radiação para saturar a tireóide e impedir a absorção do iodo radioativo, explica o enfermeiro Mauro Xavier, coordenador do Distrito Sanitário da Atenção Básica da FuSAR (Fundação Municipal de Saúde de Angra dos Reis-RJ).

De acordo com a coordenadora de Vigilância em Saúde Ambiental do Ministério da Saúde, Daniela Buosi, a realização de exercícios e simulados é estratégica para que o país esteja preparado para as emergências em saúde pública. “A aplicação de qualquer simulação dá respaldo e garante maior eficácia a uma resposta rápida em casos como este, ou quaisquer outros que possam vir acontecer”, esclarece.

INEDITISMO – Esta é a primeira vez que a simulação tem a participação do Ministério da Saúde e atua, de forma estratégica, com a população, envolvendo a saúde da família, além de outras esferas do Sistema Único de Saúde (SUS).

“Outros exercícios como este, abrangendo situações de emergência em saúde pública, ocorrerão em todo o país, como preparação para grandes eventos de massa como a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016 ”, adiantou à coordenadora.

HISTÓRICO – Desde a década de 90, são realizados simulados de acidentes nucleares como forma de orientar a população sobre quais procedimentos a serem realizados. Este exercício permite avaliar a eficácia do plano, identificar possíveis pontos vulneráveis e aperfeiçoar procedimentos. Cerca de 2.000 pessoas, representantes de entidades civis, organizações governamentais e não governomentais, além da população da região, participam da simulação.

A participação do Ministério da Saúde, por meio da Secretaria de Vigilância em Saúde, consolida o trabalho que vem sendo realizado junto ao Plano Nacional de Emergência em Saúde Pública, do qual faz parte o Protocolo de Assistência Farmacêutica em Acidentes Radiológico-Nucleares, construído com a participação dos três níveis de gestão do SUS (municípios, estados e união) e com a colaboração de diferentes instituições, como a Fundação Eletronuclear de Assistência Médica (FEAM).

De acordo com o engenheiro eletricista Paulo Werneck, coordenador do Plano de Emergência Local (PEL) da Eletrobrás /Eletronuclear, a possibilidade de um acidente nuclear no Complexo de Angra é remota, mas é preciso que a comunidade, os trabalhadores e todos os agentes e setores envolvidos estejam preparados.
 
FONTE: Ministério da Saúde
http://www.saude.gov.br/