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IEC alcança resultados de excelência em cirurgias de tumores da hipófise

O instituto superou quase três vezes a marca estabelecida por organizações internacionais

Com quatro anos de funcionamento, o Instituto Estadual do Cérebro Paulo Niemeyer (IEC) mais que dobrou a meta e foi classificado como centro de excelência em cirurgias de tumores da hipófise ao alcançar a média de 137 procedimentos por ano. Para ser considerado como tal, é necessário atingir a marca de 50 cirurgias anuais, conforme estipulado pelas organizações internacionais Pituitary Society e European Neuroendocrine Association. O resultado foi apresentado pela coordenadora do Serviço de Neuroendocrinologia e do Laboratório de Genética Molecular da unidade, a médica Mônica Gadelha, no 15º Congresso Americano de Hipófise, que aconteceu em março nos Estados Unidos.

– É com muito orgulho que falamos dos resultados que são alcançados pelas nossas unidades. O IEC é uma unidade de excelência e que vem realizando um trabalho fantástico para a população do Rio de Janeiro, com equipes competentes atuando nas mais diversas especialidades – destaca o secretário de Estado de Saúde, Luiz Antônio Teixeira Jr.

A hipófise é uma glândula endócrina localizada no cérebro e um dos tumores que podem atingi-la é conhecido como acromegalia, que causa o gigantismo na infância e o aumento das extremidades no paciente adulto pelo excesso na produção do hormônio do crescimento. Para estes casos, o IEC apresenta taxa de cura de aproximadamente 50%, semelhante aos grandes centros internacionais.

Outro caso é a Doença de Cushing, causada, geralmente, por tumores de cerca de um centímetro que ocasiona o excesso de cortisol, resultando em problemas como obesidade, diabetes, tromboses, infecções e até alterações psíquicas como a depressão. Se não for curado pode levar à morte em até cinco anos.

– É uma doença que precisa ser diagnosticada rápido, e por causa dos sintomas, que são comuns também em outras enfermidades, muitas vezes demora-se para descobrir. Nossa taxa de cura dos adenomas (tumores) menores de um centímetro é de 100%. A Doença de Cushing não possui tratamento definitivo com drogas, e a cirurgia precisa ser feita num centro de excelência – afirmou Mônica, que trabalha com alterações da hipófise desde 1993.

Durante o congresso, a médica apresentou também o laudo desenvolvido em parceria com o Laboratório de Neuropatologia do IEC, com informações tão completas dos marcadores de agressividade tumoral que é capaz de apontar especificamente o tratamento necessário ao paciente. Este laudo é o único existente no país com tamanha precisão.

– O desenvolvimento deste laudo exigiu os esforços de vários profissionais e o uso de tecnologias e equipamentos de última geração, com meses de muito trabalho. Ao final, temos um resultado muito bem detalhado num período de três a cinco dias. Foi um grande investimento necessário para desenvolvermos algo que, agora, é muito acessível – afirmou a coordenadora do laboratório, a neuropatologista Leila Chimelli. Participaram também do estudo a patologista Aline Helen da Silva Camacho e a bióloga Débora Silva.

FONTE: Governo do Estado do Rio de Janeiro
http://www.saude.rj.gov.br