Dia Mundial de Combate à Aids: SES promove testagem rápida de HIV na data
Cerca de120 pessoas fizerem o teste, que foi disponibilizado em ação no IASERJ-Maracanã
Quem passou pelo IASERJ-Maracanã nestas quinta e sexta-feiras (30/11 e 01/12) pôde fazer a testagem rápida de HIV. O resultado sai em apenas 15 minutos e, em casos positivos, o paciente recebe aconselhamento e já é encaminhado para consulta no ambulatório HIV/Aids da Secretaria de Estado de Saúde, que funciona no próprio IASERJ. A ação, organizada por conta do Dia Mundial de Combate à Aids, realizou cerca de 120 testes rápidos nos dois dias e contou também com a distribuição de preservativos masculinos e femininos e folhetos educativos sobre prevenção e tratamento da doença.
– Há pouco mais de um ano transferimos o ambulatório HIV/Aids para o IASERJ com o objetivo de oferecer atendimento adequado a esses pacientes. Desde o início da nossa gestão estamos reorganizando o fluxo de atendimento, visando melhorar a assistência para a população. Além disso, ações como esta são fundamentais para garantir o acesso ao diagnóstico e busca rápida pelo tratamento – ressalta o secretário de Estado de Saúde, Luiz Antonio Teixeira Junior.
Moradora da Tijuca, Sonia Gomes, de 53 anos, aproveitou a ida à academia para dar uma paradinha no trailer de testagem rápida e fazer o exame.
– A última vez que fiz teste de HIV foi há 10 anos, por conta de uma cirurgia. Tenho lido que o número de casos da doença na terceira idade tem aumentado, então achei bom refazer. É muito válida essa ação e o resultado é bem rápido. Tenho filhos jovens, então aproveitei e peguei camisinhas pra levar pra eles – conta.
De acordo com o subsecretário de Vigilância em Saúde da SES, Alexandre Chieppe, ações como essa são fundamentais para ajudar a conscientizar a população sobre a importância do diagnóstico precoce.
– A epidemia de HIV nos traz grandes desafios e um deles é diagnosticar precocemente a contaminação pelo vírus para inserir o paciente no tratamento e, com isso, controlar a infecção. O objetivo é detectar o vírus antes do aparecimento das doenças oportunistas para que o paciente possa desfrutar de uma boa qualidade de vida. Ainda temos um número grande de diagnósticos tardios e muitas pessoas ainda têm medo de fazer o teste. Daí a importância de disponibilizar este procedimento de forma a torná-lo mais acessível à população em geral – explica.
Atualmente, cerca de 72,5 mil pessoas estão em tratamento de HIV/Aids no Rio de Janeiro e a estimativa é que entre 0.4 e 0.7% da população total do estado viva com HIV.
O massoterapeuta José Luiz Silva, de 68 anos, realiza o teste de HIV anualmente e foi à ação no IASERJ-Maracanã para fazer o exame.
– Acho que muitas pessoas não fazem o teste por receio, com medo do resultado. Mas acredito que tem que ser justamente o contrário, é muito importante descobrir logo. Sou profissional da área de saúde e entendo que tenho que estar saudável. Senão, como vou cuidar dos outros? – ressalta.
Saiba mais sobre o HIV
HIV é a sigla em inglês do vírus da imunodeficiência humana. Causador da Aids (síndrome da imunodeficiência adquirida), ele ataca o sistema imunológico, responsável por defender o organismo de doenças. Mas ter HIV é o mesmo que ter Aids? Esta é uma das dúvidas recorrentes sobre o assunto. Confira abaixo a resposta para esta e outras questões básicas e importantes sobre HIV e Aids.
Ter o HIV não é a mesma coisa que ter a Aids?
Há muitos soropositivos que vivem anos sem apresentar sintomas e sem desenvolver a doença. Mas eles podem transmitir o vírus a outros pelas relações sexuais desprotegidas, pelo compartilhamento seringas contaminadas ou de mãe para filho durante a gravidez e a amamentação. Por isso, é sempre importante fazer o teste regularmente e se proteger em todas as situações.
Como se pega o HIV?
O vírus HIV é transmitido por meio da relação sexual (vaginal, anal ou oral) desprotegida (sem camisinha) com pessoa soropositiva (que tem o vírus HIV), pelo compartilhamento de objetos perfurocortantes contaminados e de mãe soropositiva (sem tratamento) para filho durante a gestação, parto ou amamentação.
Qual é a forma mais eficaz de prevenção contra o vírus HIV?
O meio mais simples e acessível de prevenção ao HIV é o uso de preservativos masculino e feminino no ato sexual seja ele anal, vaginal ou oral.
Onde posso encontrar camisinha masculina e feminina?
Os preservativos masculinos e femininos são distribuídos gratuitamente em unidades de saúde e também estão disponíveis para compra em estabelecimentos da iniciativa privada, como farmácias e drogarias.
Quais são os sintomas do HIV?
Quando ocorre a infecção pelo vírus causador da Aids, o sistema imunológico começa a ser atacado. E é na primeira fase, chamada de infecção aguda, que ocorre a incubação do HIV – tempo da exposição ao vírus até o surgimento dos primeiros sinais da doença. Esse período varia de 3 a 6 semanas. O organismo leva de 8 a 12 semanas após a infecção para produzir anticorpos anti-HIV. Os primeiros sintomas são muito parecidos com os de uma gripe, como febre e mal-estar. Por isso, a maioria dos casos passa despercebido. Caso haja suspeitas de infecção pelo HIV, procure uma Unidade de Saúde mais próxima e realize o teste.
Onde fazer o exame para saber se tenho HIV/Aids?
Os Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA) são serviços de saúde que realizam ações de diagnóstico e prevenção de outras infecções sexualmente transmissíveis e, nesses serviços, é possível realizar testes para HIV, sífilis e hepatites B e C gratuitamente, assim como nas Unidades Básicas de Saúde. O estímulo ao diagnóstico precoce da infecção pelo HIV é uma prioridade para o Ministério da Saúde. Desta forma, o acesso ao exame é um direito de todas as pessoas independentemente de sua idade.
Em relação aos menores de idade, o Ministério da Saúde recomenda que:
– quando se tratar de criança (0 a 12 anos incompletos), a testagem e entrega dos exames anti-HIV só deve ser realizada com a presença dos pais ou responsáveis;
– quando for adolescente (12 a 18 anos), após uma avaliação de suas condições de discernimento, fica restrito à sua vontade a realização do exame, assim como a participação do resultado a outras pessoas.
Mesmo não havendo ejaculação na relação sexual, é possível transmitir ou contrair o vírus?
O líquido que é expelido antes da ejaculação pode ter um pouco de sêmen, por isso, o contato com o pênis, mesmo sem penetração, pode apresentar risco de transmissão do vírus, caso um dos dois seja portador do HIV.
É possível contrair o vírus com beijos?
Não se contrai HIV pelo beijo. Porém, podem ser transmitidas doenças como gengivite, a herpes, a mononucleose e até o condiloma acuminado (HPV), caso a pessoa infectada apresente lesões na garganta ou na boca.
Tem como pegar HIV pela picada de um mosquito?
A transmissão do vírus HIV não é possível por mosquitos. Não há relato de que alguém foi contaminado e tenha desenvolvido Aids em função de picadas de mosquitos.
O HIV tem cura?
Ainda não há cura para o HIV, mas há muitos avanços científicos nessa área que possibilitam que a pessoa portadora do vírus tenha uma boa qualidade de vida.
FONTE: Governo do Estado do Rio de Janeiro
http://www.saude.rj.gov.br