Ministério da Saúde integra mais 10 hospitais ao S.O.S Emergências
Programa visa qualificar o acolhimento de urgência, reduzir filas e o tempo de espera por atendimento. Serão destinados R$ 30 milhões para os novos hospitais. Outras 12 unidades do país já aderiram à estratégia
A ação estratégica S.O.S Emergências será ampliada em mais dez estados brasileiros. O anúncio será feito hoje (7), às 14 horas, pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, durante o I Encontro dos Hospitais do programa S.O.S Emergências, em Brasília. O ministro ainda fará o balanço dos 12 hospitais que já integram a estratégia, desde 2011, com objetivo de qualificar a gestão e o acolhimento em grandes hospitais que atendem pelo SUS, reduzindo filas, o tempo de espera por atendimento e a taxa de ocupação em cada um dos hospitais que aderiram ao programa. O encontro acontece nesta quinta-feira no salão vermelho do Hotel Nacional, em Brasília (DF).
Nesta etapa passam a integrar o programa as seguintes unidades hospitalares: Hospital de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena (PB), Hospital e Pronto Socorro João Paulo II (RO), Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel (RN), Hospital Getúlio Vargas (PE), Hospital e PS Dr. João Lúcio Machado (AM), Hospital de Urgência de Teresina Professor Zenon Rocha (PI), Hospital do Trabalhador (PR), Hospital e Pronto Socorro Municipal de Cuiabá (MT), Hospital Geral do Estado Dr. Osvaldo Brandão Vilela (AL), Hospital Governador João Alves Filho (SE).
RECURSOS – Para garantir a execução desta etapa do programa, o Ministério da Saúde destinará este ano, R$ 30 milhões para os 10 novos hospitais – sendo R$ 3 milhões para cada um. O recurso servirá para a aquisição de novos equipamentos e reformas. Além desse investimento também serão liberados recursos para a implantação de videomonitoramento e habilitação de novos leitos de retaguarda e de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), a serem definidos mediante apresentação de projetos.
BALANÇO – Em pouco mais de um ano do programa – de novembro 2011 a janeiro deste ano – foram disponibilizados 1.189 novos leitos que contribuiram para retirada de pacientes nas macas dos corredores, além de garantir a continuidade do tratamento dos que necessitam permanecer internados por mais tempo.
Ainda estão previstos a abertura de 125 leitos de retaguarda para o Hospital Miguel Couto e 157 leitos para o Albert Schweitzer, ambos no Rio de Janeiro.
Desde a instalação do S.O.S. Emergências, cada um dos hospitais recebe R$ 3,6 milhões/ano para investir na assistência e R$ 3 milhões para reforma eou compra de equipamentos, além do pagamento diferenciado dos leitos de retaguarda.
Para o secretário de Atenção à Saúde, do Ministério da Saúde, Helvécio Magalhães, o “programa S.O.S Emergências tem sido um catalizador de experiências bem sucedidas. Essas experiências e a tecnologia que resultam desta iniciativa devem ser disseminadas nos municípios e estados”, afirma . Ele disse ainda que este programa “gera modelos, organização da urgência e emergência, e replica para outros hospitais”, conclui.
ESTRATÉGIA – A ação já está presente em 12 hospitais, localizados em nove estados (GO, PA, PE, CE, BA, SP, BH, RJ e RS) e no Distrito Federal. Todos os hospitais selecionados são referências regionais, possuem pronto-socorro e realizam grande número de internações e atendimentos ambulatoriais. A iniciativa que integra a Rede Saúde Toda Hora vai alcançar, até 2014, os 40 maiores prontos-socorros brasileiros, abrangendo os 26 estados e o Distrito Federal. A estratégia tem como objetivo atuar de forma mais organizada e efetiva sobre a oferta da assistência nas grandes emergências do País
AÇÕES – O S.O.S. Emergências também prevê a capacitação de profissionais da saúde para melhorar e agilizar os serviços prestados à população, aumentar o número de novos leitos de retaguarda nessas unidades ou em hospitais parceiros, visando diminuir a superlotação da emergência. Só no ano passado, 2.160 profissionais foram treinados distribuídos nos 12 hospitais participantes do programa.
O Ministério da Saúde também desenvolve outras ações nesses hospitais como: implantação do sistema de informatização da emergência e de vídeomonitoramento para acompanhar o desempenho da unidade e o fluxo de pacientes na entrada da emergência de cada hospital. Logo ao entrar no hospital, o paciente é acolhido por uma equipe que definirá o seu nível de gravidade e o encaminhará ao atendimento específico de que necessita.
Outras medidas adotadas como a gestão de leitos, monitoramento contínuo dos resultados possibilitam avançar no alcance dos objetivos do programa. A gestão interna de leitos avalia os motivos da permanência prolongada no pronto socorro e encaminha as providências necessárias, reordenando os fluxos de internação e alta.
A implantação de protocolos clínico-assistenciais e administrativos possibilitam a oferta adequada do tratamento ao paciente. Estão sendo tomadas, ainda, medidas para proporcionar a adequação da estrutura e do ambiente hospitalar.