Sábado tem castração de gatos e Campanha Sobre Esporotricose
Cirurgias serão realizadas no Instituto Jorge Vaitsman. Atendimento será a público já agendado
A Subsecretaria de Vigilância Sanitária e Controle de Zoonoses vai realizar 130 cirurgias de castração de gatos, neste sábado (15), no Instituto Jorge Vaitsman, a partir das 9h. No local também serão realizadas palestras sobre a esporotricose, uma doença que está epidêmica no município do Rio, acometendo gatos, cães e humanos. Haverá distribuição de material gráfico sobre a nova campanha “Esporotricose – o cuidado é a principal cura”, para que o público presente compartilhe as informações com amigos e vizinhos.
Esse é o segundo mutirão do ano, atender aos animais agendados no dia 4 de setembro. Até dezembro, haverá mais três. O objetivo é chegar a 650 cirurgias. O próximo mutirão será no dia 6 de outubro e o agendamento já pode ser feito a partir do dia 25 de setembro. Mas a castração faz parte da rotina do instituto, que também beneficia cães. Somente neste ano, fora o mutirão, foram realizadas 2.018 cirurgias, sendo 955 em cães e 1.063 em gatos.
No ano passado, houve 3.315 cirurgias, sendo 1.540 em cães e 1.775 em gatos. Durante o procedimento cirúrgico, o animal terá um chip implantado no corpo, para monitoramentoAlém de alertar sobre a epidemia da doença, a nova campanha incentiva o dono do animal a tomar alguns cuidados para prevenir a doença e orienta sobre os sintomas, para que o tratamento seja iniciado o mais cedo possível, caso o animal esteja contaminado.
A esporotricose é um tipo grave de fungo que atinge principalmente gatos. A contaminação dos felinos ocorre pelo contato das garras do animal com material orgânico em decomposição contaminado, como cascas de árvores, palhas, farpas, espinhos e o solo. Para humanos a doença é transmitida por arranhões e contato direto com a pele lesionada. No gato, a doença pode ser mortal, mas o risco de óbito diminui se o diagnóstico for feito no início da infecção e o tratamento começar logo.
Nos animais devem ser observados alguns sinais, como feridas no focinho e nos membros. As feridas são profundas, geralmente com pus, não cicatrizam e costumam progredir para o resto do corpo. Perda de apetite, apatia, emagrecimento, espirros e secreção nasal também são manifestações da doença. O atendimento de cães e gatos é feito gratuitamente no IJV e no Centro de Controle de Zoonoses, que fica no Largo do Bodegão, 150, em Santa Cruz.
No ano passado, o total de atendimentos foi de 12.407, sendo 3.635 casos novos. Neste ano, até junho, foram 6.147, sendo 1.396 novos animais. No ano de 2016 foram 13.536 atendimentos. O atendimento consiste no exame do animal, encaminhamento de material para análise em laboratório, fornecimento do medicamento, orientação para o tratamento em casa, castração e monitoramento para o dono do animal não esquecer as datas de retorno às unidades. Além dos animais levados pelos donos, as unidades também tratam daqueles abandonados nas ruas. Nesse caso, é preciso acionar os técnicos pela central de atendimento 1746, para que possam ir ao local ver se há contaminação do animal.
Nos seres humanos, a manifestação começa com um pequeno caroço vermelho, que pode virar uma úlcera (ferida). Geralmente aparecem nas mãos, nos braços, nas pernas ou no rosto, às vezes formando uma fileira de pequenos nódulos ou feridas. Podem ocorrer ainda dores nas articulações e febre. Os números de casos notificados estão aumentando a cada ano.
Em 2017, a SMS registrou 892 pacientes com a infecção na pele e, em 2016, 817. Números bem maiores que 2015 e 2014, que registraram 495 e 327, respectivamernte. O atendimento pode ser realizado na unidade de Atenção Primária (clínicas da família e centros municipais de saúde) mais próxima da casa do paciente.
O material da campanha também será distribuído em outras unidades da subsecretaria e em eventos de rotina que o órgão promove em todas as regiões do município.
FONTE: Prefeitura Municipal do Rio de Janeiro
http://www.rio.rj.gov.br/web/smsdc