“Tá Pirando, Pirado, Pirou!”, do Instituto Philippe Pinel, vai homenagear Lima Barreto em 2019
Evento, amanhã, em Botafogo, lembrará a vida e a obra do escritor
Antes do Carnaval chegar, outra homenagem será feita ao jornalista e escritor Lima Barreto, que teve duas passagens pelo Hospital Pedro II, o antigo manicômio da Praia Vermelha. O evento acontecerá nesta quarta-feira, dia 26, quando organizadores do bloco e profissionais que estudam a obra do homenageado promovem atividades como exposição, música, teatro e mesa redonda sobre o tema. O encontro será no Fórum de Ciência e Cultura da UFRJ, na Avenida Pasteur 250, em Botafogo, das 9h às 16h.
O local do evento foi escolhido por guardar relação com a história do escritor, uma vez que ali funcionou o Hospício Nacional de Alienados. Durante suas passagens pelo manicômio, Lima Barreto deu origem ao “Os Bruzundangas”, obra que inspirou o ‘Tá Pirando, Pirado, Pirou!’ para o próximo Carnaval. O trabalho foi publicado em 1922 e descreve um país fictício
Programação do evento:
– 9h: Boas vindas ao público e inauguração da Exposição Lima Barreto (organizada pelo Centro de Atenção Diária do Instituto de Psiquiatria da UFRJ), com Samy das Chagas – artista plástico e coordenador da oficina de artes do Ponto de Cultura Tá Pirando, Pirou! Folia, Arte e Cidadania.
– 9h15: Abertura do evento Na terra dos bruzundangas: Lima Barreto visionário, com Alexandre Ribeiro Wanderley – psicanalista, doutor em Saúde Coletiva (IMS/UERJ) e coordenador do Ponto de Cultura Tá Pirando, Pirado, Pirou! Folia, Arte e Cidadania.
– 9h30: Conferência Lima Barreto, termômetro nervoso da Primeira República, com Lilia Moritz Scwarcz – historiadora, antropóloga, professora titular da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (USP). Autora do livro “Lima Barreto, triste visionário” entre outros.
– 10h30: Apresentação teatral de fragmento do solo Lima entre nós, com: Leandro Santanna – ator e produtor, indicado ao prêmio Prêmio Shell pelo espetáculo Lima entre nós, estudo compartilhado – a atualidade de Lima Barreto.
– 10h45: Mesa redonda Lima Barreto cem anos depois: de volta ao país dos bruzundangas, com:
Marcia do Valle – atriz, produtora e diretora. Co-roteirista e diretora do espetáculo Lima entre nós;
Rodrigo de Souza Dantas – professor de Filosofia Social e Política (UNIRIO), doutor em filosofia (UFRJ), membro do Núcleo de Estudos do Brasil Contemporâneo (UnB).
Coordenação: Bruna Brito – psicóloga, professora adjunta do Departamento de Psicologia (UFF-Campos) e coordenadora do projeto de extensão FORA DA CASINHA. Ativação de redes, intervenção e formação em arte e cultura.
– 12h: Pausa para o almoço.
– 14h: Apresentação dos sambas antimanicomiais do Coletivo Carnavalesco Tá Pirando, Pirado, Pirou! com João Batista (Palhaço Pirulito), André Poesia (intérprete do Tá Pirando!) e músicos do bloco.
-14h15: Mesa redonda Crítica social do racismo e da psiquiatria: a literatura militante de lima Barreto, com:
Helena Theodoro Lopes – pós-doutora em História Comparada (IFCS), doutora em Filosofia (Gama Filho), mestre em Educação (UFRJ), autora dos livros “Negro e Cultura no Brasil”, “Mito e espiritualidade: mulheres negras”, “Iansã, rainha dos ventos e tempestades” e “Martinho da Vila – Reflexos no Espelho”.
Leandra Brasil da Cruz – psicóloga, coordenadora adjunta do Curso de Especialização em Saúde Mental e Atenção Psicossocial (ENSP/ Fiocruz), autora da dissertação e “Literatura,loucura e imaginário social no Brasil: final do século XIX e início do século XX”.
Paulo Amarante – psiquiatra, professor e pesquisador titular do Laboratório de Estudos e Pesquisas em Saúde Mental e Atenção Psicossocial (LAPS/ Fiocruz), autor dos livros “O homem e a serpente: outras histórias para a loucura e a psiquiatria”, “Teoria e crítica em saúde mental – Textos selecionados”, entre outros.
Rachel Gouveia Passos – professora adjunta da Escola de Serviço Social (Unifesp), doutora em Serviço Social (PUC-SP). Autora do livro “Trabalho, gênero e saúde mental: contribuições para a profissionalização do cuidado feminino”.
Coordenação: Enéas Elpídio – violinista (Escola de Música Villa-Lobos) e coordenador da Oficina de Composição e Registro Fonográfico do Ponto de Cultura Tá Pirando, Pirado, Pirou! Folia, Arte e Cidadania.
FONTE: Prefeitura Municipal do Rio de Janeiro
http://www.rio.rj.gov.br/web/smsdc