Secretaria de Estado de Saúde lança campanha nesta sexta-feira e faz alerta contra o Aedes aegypti
Objetivo é mobilizar população fluminense para atuar contra o mosquito
A Secretaria de Estado de Saúde (SES), em parceria com a Secretaria de Estado da Casa Civil e Governança, lança nesta sexta-feira (07/02), a campanha “Irmãos Detetives em Ação Contra o Mosquito”. O objetivo é mobilizar a população contra o Aedes aegypti, transmissor da dengue, Zika e chikungunya. A iniciativa alerta sobre os riscos das doenças, principalmente pela possibilidade da reentrada do vírus tipo 2 da dengue no estado, além de dar várias dicas de como eliminar os focos do vetor dentro das residências.
A campanha, que tem como personagens os youtubers Anny e Caio, sucesso entre o público infantojuvenil, propõe uma participação efetiva das famílias contra o Aedes nos lares, locais onde se encontram 80% dos focos da doença. “Irmãos Detetives em Ação contra o Mosquito” será veiculada na TV, Rádio, Mídia Exterior e Internet.
“Estamos na estação mais quente do ano, o verão, e as projeções apontam para um aumento de casos. A campanha convoca a população para fazer parte desta luta, eliminando os criadouros ao cobrir tonéis, caixas d’água, garrafas e baldes, além de manter limpos ralos e calhas. Bastam dez minutos por semana para fazer uma inspeção no imóvel e evitar a proliferação do inseto”, explica Edmar Santos, secretário de Estado de Saúde.
Para Alexandre Chieppe, médico da SES, depois da epidemia de dengue tipo 2 em 2008, quando foram registrados 235 mil casos, com 271 mortes, existe uma nova geração que não teve contato com o mosquito, ficando mais suscetível à doença.
“A possível reintrodução do vírus tipo 2 no estado está relacionada à recente epidemia que ocorreu em São Paulo e em Minas Gerais, devido aos movimentos migratórios entre esses estados e o Rio. Crianças que nasceram depois de 2008 estão mais vulneráveis, pois não tiveram contato com esse agente transmissor. Por isso, é importante o lançamento da campanha e a participação de todos no combate ao inseto”, destaca Chieppe.
Em 2019, a Secretaria de Estado de Saúde realizou diversas ações contra o Aedes, como a campanha “Atitude contra o Mosquito”, e utilizou drones, em parceria com o Corpo de Bombeiros, para identificar focos do mosquito e direcionar ações preventivas. A SES também realizou o Dia D com checagem de locais, distribuição de material informativo e orientação de como combater o inseto.
Mais de 2 mil profissionais de saúde, entre médicos e enfermeiros, foram capacitados em dezenas de municípios fluminenses com o objetivo de melhorar o atendimento aos pacientes com sintomas de arboviroses.
Casos registrados
Este ano, até o dia 4 de fevereiro, foram registrados 804 casos de dengue, 20 de Zika e 754 de chikungunya no Estado do Rio de Janeiro. Em 2019, foram notificados 32.514 casos de dengue, 1.556 de Zika e 86.187 de chikungunya, com 64 óbitos para a última enfermidade. As demais doenças não registraram ocorrências de mortes. Em 2018, foram registrados 14.752 casos de dengue, 2.462 de Zika e 40.144 de chikungunya.
O Aedes
O Aedes aegypti é doméstico, vive dentro de casa e perto do homem. Com hábitos diurnos, o mosquito se alimenta de sangue humano, sobretudo ao amanhecer e ao entardecer. Por isso, é importante o uso de telas em janelas e portas, mosquiteiros, roupas compridas, além de uso de repelente nas partes expostas do corpo, aumentando a área de proteção.
Sintomas e diagnóstico
A dengue apresenta febre alta e de início súbito e dores no corpo. A Zika tem como principal característica as manchas vermelhas (exantema), que causam uma doença chamada febre da Zika vírus, associada à febre baixa e dores pelo corpo. Já a chikungunya apresenta sintomas como febre alta e fortes dores nas articulações. O diagnóstico das doenças, na maior parte dos casos, é clínico, ou seja, é feito com base nos sinais e sintomas relatados e observados por profissionais de saúde que indicam o tratamento adequado para cada caso.
Dez medidas para eliminar criadouros do mosquito:
1 – Coloque areia nos pratos dos vasos de plantas.
2 – Mantenha os ralos limpos jogando água sanitária ou desinfetante semanalmente. Verifique a existência de entupimento. Se não for utilizá-los, mantenha-os vedados.
3 – Jogue no lixo todo objeto que possa acumular água, como embalagens usadas, potes, latas, copos, garrafas vazias, etc.
4 – Lave, principalmente por dentro, com escova e sabão, os utensílios usados para guardar água em casa, como jarras, garrafas, potes, baldes, etc.
5- Mantenha caixas d’água, cisternas, tonéis e outros depósitos de água sempre bem fechados, com a tampa adequada, para impedir a entrada do mosquito.
6- Entregue seus pneus velhos ao serviço de limpeza urbana ou guarde-os sem água em local coberto e abrigados da chuva.
7 – Guarde as garrafas vazias sempre de cabeça para baixo e de preferência em local coberto.
8 – Limpe constantemente as calhas, remova tudo que possa impedir a passagem da água, a laje e a piscina de sua casa.
9- Instale a caixa do ar-condicionado de forma que esta não possa acumular água.
10- No alto de lajes e telhas também pode haver água parada. Caso more em apartamento, peça ao porteiro que verifique o acúmulo de água no terraço.
FONTE: Governo do Estado do Rio de Janeiro
http://www.saude.rj.gov.br