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Equipes da Saúde da Família já atendem a 44 milhões de domicílios

Dados do IBGE apontam que cresceu o número de domicílios cadastrados em Unidades de Saúde da Família. Houve um aumento de 6.7 pontos percentuais em relação a 2013

Divulgada nesta sexta-feira (4), a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) 2019, apontou que 60% dos domicílios brasileiros estão cadastrados em alguma Unidade de Saúde da Família. O percentual representa, 44 milhões de residências em todo o país. Um aumento de 6.7 pontos percentuais em relação a 2013, quando eram 53,3% de domicílios cadastrados (34,6 milhões). Dos domicílios cadastrados há um ano ou mais, 38,4% (15,4 milhões) receberam a visita mensal do Agente Comunitário de Saúde ou membro da Equipe de Saúde da Família.

Além dos dados de acesso e cadastro as Unidades de Saúde da Família, a PNS traz dados sobre o acesso aos serviços de saúde, cobertura de planos de saúde, presença de animais nos domicílios e sua vacinação, entre outros. O objetivo da pesquisa é entender a realidade da saúde é fundamental para conhecer as necessidades da população. A Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) 2019, foi realizada pelo IBGE em convênio com o Ministério da Saúde.

Realizada a cada cinco anos, a Pesquisa contou com uma amostra de 108 mil domicílios. Segundo o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Arnaldo Correia de Medeiros, a PNS é fundamental para o fornecimento de dados em relação ao cenário da saúde do país. “Avançamos muito em relação a computação de dados. A partir disso, conseguimos entender, avaliar e pensar políticas públicas no Brasil. E o IBGE é um importante parceiro no desenvolvimento de pesquisas. Essa parceria irá prosperar”.

A Pesquisa também levantou informações sobre as visitas de agentes de saúde especificamente para combate às endemias como, por exemplo, dengue, malária e leishmaniose. Em 2019, a pesquisa estimou que 64,6% dos domicílios receberam pelo menos uma visita de algum agente de combate de endemias nos 12 meses anteriores à data da entrevista, o equivalente a 47,4 milhões de unidades domiciliares. Em 2013, o percentual era de 69,3%. No entanto, a pesquisa destacou que houve um aumento de 2,4 milhões de domicílios que receberam ao menos uma visita no período de referência entre 2013 e 2019. As visitas não dependem de cadastro dos domicílios na USF e os percentuais se referem a todos os domicílios.

A Estratégia Saúde da Família (ESF) busca promover a qualidade de vida da população brasileira. Com atenção integral, equânime e contínua, a ESF se fortalece como a porta de entrada do Sistema Único de Saúde (SUS). A proximidade da equipe de saúde com o usuário permite que se conheça a pessoa, a família e a vizinhança. Isso garante uma maior adesão do usuário aos tratamento e intervenções propostas pela equipe de saúde. A Equipe de Saúde da Família está ligada à Unidade Básica de Saúde (UBS) local.

Para Eduardo Macário, diretor do Departamento de Análise em Saúde e Vigilância de Doenças Não Transmissíveis do Ministério da Saúde, os dados referentes a Saúde da Família são significativos. “É a maior estratégia para fornecer atenção primaria de saúde de forma igualitária e sem desconsiderar o papel da saúde complementar dentro do processo. Temos um sistema de saúde robusto e abrangente que oferece oportunidade de inserção para a população”, disse.

“Essa é uma pesquisa complexa, com um questionário imenso e uma riqueza enorme. Não existe desenvolvimento humano, econômico e social sem conhecer a perspectiva da saúde. E a PNS cobre toda a heterogeneidade brasileira”, complementou Eduardo Rios Neto, diretor de Pesquisas do IBGE.

Saneamento Básico

Outro dado importante apontado pela PNS diz respeito ao saneamento básico. Um total de 96,7% (70,8 milhões) dos domicílios brasileiros possuem água canalizada em pelo menos um cômodo. As regiões Sudeste, Centro-Oeste e Sul apresentaram resultados superiores à média nacional, de 99,0% ou mais. Já as regiões Norte e Nordeste apresentaram os percentuais menores: 91,2% e 91,1%, respectivamente. O Sul permaneceu estatisticamente estável, enquanto as demais regiões apresentaram aumento no percentual de domicílios com água canalizada.

A pesquisa destacou ainda que 66% dos domicílios (48,4 milhões) possuíam banheiro de uso exclusivo e esgotamento sanitário por rede geral de esgoto ou fossa séptica ligada à rede geral em 2019. Quando questionados sobre a coleta de lixo por serviço de limpeza, diretamente ou em caçamba, 91,4% dos domicílios (67,0 milhões) têm acesso ao serviço.

Planos de saúde

Sobre atendimento de saúde, 76,5% das pessoas costumavam procurar o mesmo lugar, sendo serviço de saúde ou atendimento médico, sendo que 69,8% delas procuram estabelecimentos públicos de saúde. Dentre os tipos de estabelecimentos indicados, a Unidade Básica de Saúde (UBS) foi a mais citada, com 46,8%, chegando a 55,3% no Norte e 54,1% no Nordeste.

Apenas 28,5% da população do país (59,7 milhões de pessoas) tinham um plano de saúde, médico ou odontológico em 2019. Na população com rendimento mensal de até ¼ de salário mínimo, somente 2,2% tinham plano de saúde médico. Já na faixa de mais de cinco salários mínimos, 86,8% tinham plano. Das pessoas que tinham plano de saúde médico, 46,2% eram titulares que pagavam os seus custos diretamente ao plano, enquanto 45,4% dependiam parcial ou integralmente do empregador para pagar os custos. Quase a totalidade dos planos médicos cobria consultas (99,1%) e exames (98,3%), e uma grande parcela da população tinha cobertura para internações (91,6%) e partos (77,6%). Entre aqueles que tinham algum plano médico de saúde, 77,4% o avaliaram como bom ou muito bom.

Vacinação de cães e gatos

Em relação a animais domésticos, a pesquisa estimou que em 2019, 46,1% dos domicílios do Brasil havia pelo menos um cachorro. Em 2013, o percentual era de 44,3%, o que equivale a 33,8 milhões de unidades domiciliares. A região Sul apresentou a maior proporção, 57,4%, e a Nordeste a menor, 37,6%. Já os gatos estavam presentes em 19,3% dos domicílios em 2019. Em 2013, o percentual era de 17,7%, o equivalente a 14,1 milhões. As regiões Norte e Nordeste apresentaram os maiores percentuais, 25,3% e 24,1%, respectivamente, e as regiões Sudeste e Centro-Oeste, os menores: 15,2% e 16,6%, respectivamente.

Em 2019, foram vacinados 28,4 milhões de cães e gatos, o que representa 72% dos animais domésticos presentes nos domicílios familiares. Em 2013, foram vacinados 24,8 milhões de animais.

FONTE: Ministério da Saúde
http://portalms.saude.gov.br