Comunidade indígena na Floresta Amazônica recebe mutirão de cirurgias e consultas médicas
Parceria do Ministério da Saúde com Expedicionários da Saúde vai realizar 2.250 atendimentos e cirurgias a indígenas no Alto Rio Solimões e Vale do Javari. Ministro Padilha acompanha ação neste sábado (27)
Um hospital de campanha com centro cirúrgico e equipamentos modernos instalado em plena Floresta Amazônica vai realizar 250 cirurgias e mais de 2 mil atendimentos a uma comunidade que reúne 52 mil indígenas entre 26 de abril e 4 de maio. A ação é fruto de uma parceria entre o Ministério da Saúde e a organização sem fins lucrativos Expedicionários da Saúde, que disponibilizaram a infraestrutura e os profissionais voluntários para realizar o mutirão de cirurgias e consultas médicas numa área de difícil acesso, o Vale do Javari e o Alto Rio Solimões. O Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, acompanha de perto a ação neste sábado (27), às 12h, na Aldeia Santa Inês, no município de São Paulo de Olivença (AM), no Vale do Javari.
“Esta ação é mais um esforço do ministério de aproximar os serviços de saúde das comunidades indígenas de difícil acesso. Fizemos um levantamento das necessidades de 52 mil indígenas da região para avaliar suas necessidades e oferecer atendimento sem que precisassem se deslocar a um hospital”, disse o ministro. Esta parceria proporcionou a superação dos desafios geográficos em relação aos desafios geográficos da região desafios da logística da Amazônia.”
Em nove dias, 22 médicos de diversas especialidades vão realizar cirurgias de cataratas, pterígios, hérnias, além de intervenções ortopédicas, ginecológicas e plásticas restauradoras para reparar lesões deformantes, defeitos congênitos ou adquiridos. Todos os 47.185 habitantes das 274 aldeias do Alto Rio Solimões e os 4.955 habitantes das 105 aldeias do Vale do Javari passaram por triagem. O mutirão complementa os atendimentos realizados em pelo Ministério da Saúde às populações indígenas assistidas pelos Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI) da região.
Os atendimentos serão feitos por cinco cirurgiões gerais, cinco oftalmologistas, cinco anestesiologistas, dois clínicos gerais, dois pediatras, dois ginecologistas, um ortopedista. Além dos médicos, quatro odontólogos, uma farmacêutica e dez enfermeiras. Haverá também uma equipe de logística e apoio, composta por 12 voluntários.
INFRAESTRUTURA – A infraestrutura para o mutirão é composta por tendas com isolamento térmico, ar condicionado, monitores cardíacos, tubos de oxigênio para emergências, bisturis elétricos, aventais e campos cirúrgicos descartáveis, bem como instrumentos esterilizados. Além disso, os sete municípios da região disponibilizaram 16 embarcações para transporte dos pacientes até o hospital de campanha e uma equipe de 110 profissionais multidisciplinares de saúde indígena para dar o suporte ao mutirão.
EXPEDICIONÁRIOS DA SAÚDE – Qualificada como OSCIP (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público), a Expedicionários da Saúde foi criada em 2002, quando um grupo de amigos, formado por médicos e executivos, em viagem ao Pico da Neblina (AM) tiveram a oportunidade de conhecer uma aldeia Yanomami. A partir de então, surgiu a ideia de usar a experiência profissional deles para melhorar a qualidade de vida da população indígena daquela região.
O grupo realiza um serviço complementar aos programas existentes de atendimento à saúde indígena e regiões isoladas, levando medicina especializada.
Esta é a 25ª expedição do gênero que o grupo realiza desde a sua fundação, no ano de 2002. Desde então, a instituição já realizou mais de 3.087 cirurgias e 18.055 consultas, passando por vários municípios e comunidades. Em 2012, a ação dos expedicionários aconteceu na terra indígena Raposa Serra do Sol em Roraima. A prioridade é sempre para áreas indígenas de difícil acesso.
Fotos do evento estarão disponíveis no Flickr do Ministério da Saúde:
http://www.flickr.com/photos/
FONTE: Ministério da Saúde