Rede estadual de saúde já realizou 56% mais mamografias do que o mesmo período do ano passado
Detecção precoce da doença possibilita tratamento mais eficaz
O câncer de mama é provavelmente o mais temido pelas mulheres, por conta da sua alta frequência e seus danos físicos, podendo afetar sua feminilidade. Para controlar essas ocorrências, a Secretaria de Estado de Saúde (SES) vem estimulando a realização de exames de mamografias com o objetivo de conter a doença no início, através do diagnóstico precoce e do rastreamento entre mulheres saudáveis.
De janeiro a abril de 2013, foram realizados mais de 23 mil mamografias na rede estadual – 16.527 só no Rio Imagem. O número é 56% maior que o do mesmo período no ano passado, quando foram feitos 15.218. Em dois anos de funcionamento, a unidade já fez mais de 46 mil exames do tipo.
– A mamografia é um exame de rastreio. Com o diagnóstico precoce do câncer é possível tratar a doença de forma conservadora, evitando-se procedimentos mais radicais como a mastectomia. Quando a doença está no começo e a lesão é bem pequena, o tratamento é mais eficiente – explica Ana Neves, subsecretária de Unidades Próprias.
Atualmente, há seis mamógrafos em operação na rede estadual: quatro no Rio Imagem (no Centro da capital) e dois no Hospital da Mulher (em São João de Meriti). Além de aumentar a oferta de aparelhos, o que também tem estimulado mais mulheres a fazer o exame é a adoção de um protocolo de atendimento humanizado, em espaços criados para gerar conforto e segurança para as pacientes.
– No Rio Imagem, há um espaço exclusivo para as mulheres, separado dos demais. O ambiente foi pensado e criado para gerar essa sensação de acolhimento. Depois de recebidas na recepção, a sala em que a mulher aguarda para fazer o exame tem uma luz agradável, esculturas bonitas e uma parede cheia de frases e palavras de motivação e amor próprio. E acreditamos no boca a boca. Temos muitos casos de mulheres que ao se sentirem confortáveis aqui, incentivam as amigas a criar coragem e realizar o exame – revela Fabiani Gil, coordenadora de Humanização da Secretaria de Estado de Saúde.
Faixa etária estendida – É importante ressaltar que para detectar precocemente a doença, a Secretaria de Estado de Saúde ampliou a faixa etária recomendada pelo Ministério da Saúde para a realização de mamografias, incentivando o exame bienal a partir dos 40 anos para pacientes com lesões não-palpáveis, 10 anos a menos da idade sugerida pelo Ministério. Para mulheres com histórico familiar de câncer, a recomendação é que a mamografia seja feita anualmente a partir dos 35 anos. Todos os exames na rede estadual de saúde devem ser agendados pelo município de origem do paciente, a partir de pedido de médico do Sistema Único de Saúde (SUS).
Fatores da doença – Além da faixa etária, outros fatores também estão relacionados ao surgimento do câncer de mama, como hereditariedade, alta densidade da mama e problemas associados ao ciclo reprodutivo da mulher. Primeira menstruação precoce, menopausa tardia (após os 50 anos), primeira gravidez após os 30 anos ou não ter filhos também são perfis que merecem atenção especial. Outros motivos ligados ao estilo de vida também podem levar ao câncer. Nesse caso, o alerta fica por conta de fatores como obesidade pós-menopausa, sedentarismo, consumo excessivo de álcool e terapia de reposição hormonal e estresse.
A adoção de hábitos saudáveis e uma prática diária de exercícios físicos podem prevenir a doença. Vale a pena manter uma dieta equilibrada, com frutas, verduras e cereais, além de reduzir o consumo de sal e açúcar no dia a dia. Segundo pesquisa do INCA, alimentação balanceada e prática atividade física ajudam a reduzir em até 28% o risco de desenvolver câncer de mama.
FONTE: Governo do Estado do Rio de Janeiro