JMJ: Centro Integrado de Operações Conjuntas da Saúde começa a operar
Serviço vai funcionar em horários especiais até o final da visita do Papa Francisco, monitorando atendimentos nas unidades de saúde
Criado para dar respostas rápidas a possíveis ocorrências durante a Jornada Mundial da Juventude (JMJ), o Centro Integrado de Operações Conjuntas da Saúde (CIOCS) começou a operar esta semana. Formado por 30 representantes das secretarias municipais e estaduais de Saúde, Corpo de Bombeiros, Ministério da Saúde e Fiocruz, o grupo tem como base o Centro Integrado de Comando e Controle do Rio de Janeiro, na Praça Onze; e está atuando de forma operacional, realizando busca ativa nas unidades de saúde para monitorar aspectos relacionados à identificação de doenças, verificando as notificações, o perfil e o número de atendimentos durante o período da Semana Missionária e da JMJ.
Durante os eventos em Copacabana e Guaratiba, o CIOCS vai funcionar em horários especiais, das 12h às 0h. Já o Laboratório Central Noel Nutels (Lacen) funcionará 24 horas durante todos os dias da Jornada, recebendo amostras biológicas, assim como a Fiocruz.
— Se a equipe verificar que uma localidade está recebendo casos de doenças relacionadas à ingestão de água contaminada, por exemplo, o grupo aciona a Vigilância Sanitária Municipal para ir ao local, recolher amostras da água, fazer testes e proceder de forma a evitar que outras pessoas bebam aquele produto — explica o superintendente de Vigilância Epidemiológica e Ambiental da Secretaria de Estado de Saúde, Alexandre Chieppe.
Resposta rápida para surtos – O mesmo acontece caso seja verificado um surto. Equipes de Vigilância Epidemiólogica irão ao local identificar os doentes, além das pessoas com quem eles tiveram contato, e tomarão as medidas necessárias para que o problema não se alastre ainda mais. O trabalho será feito pelo Grupo de Ação e Resposta Rápida, integrado por profissionais da Vigilância Epidemiológica e Ambiental da SES, que também vai apoiar os municípios em caráter complementar. Caberá a essa equipe, disponível 24 horas, avaliar e adotar as medidas iniciais de controle de um surto, de uma epidemia e mesmo de algum desastre ambiental que envolva risco à saúde.
— Precisamos ficar em alerta porque está vindo gente de muitos lugares do mundo. Por isso é tão importante o monitoramento com relação a doenças que não existem no país e outras que podem voltar a existir — comenta Chieppe.
Lista de doenças – Para ajudar no diagnóstico de doenças inusitadas, o Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde do Estado do Rio de Janeiro (CIEVS-RJ) fez um levantamento das principais doenças circulantes no Brasil e no mundo e reuniu as informações em duas listas. A primeira reúne as principais doenças presentes nos estados brasileiros e a segunda aponta as doenças mais comuns que circulam no mundo. De acordo com Chieppe, as duas listas foram repassadas à rede de saúde.
O levantamento inclui doenças já erradicadas no Brasil ou com poucos registros nos últimos anos — como poliomielite, cólera e sarampo — e outras enfermidades ainda sem notificação no país, como chikungunya, por exemplo, transmitida pelo aedes aegypti, comum na Indonésia, Índia, Filipinas, Papua-Nova Guiné, no Gabão e no Iêmen. Outra preocupação é o H7N9, novo vírus da gripe, proveniente dos países da Ásia.
— O controle será feito através dos sintomas. Muitas doenças começam com febre e, dependendo da origem do paciente, fazemos o teste específico para alguma doença circulante no local. Esse é o grande desafio: descobrir de onde as pessoas vêm e preparar o serviço de saúde para estar alerta para identificar essas enfermidades — alerta Chieppe.
Vigilância sindrômica – Na última sexta-feira, dia 12/07, cerca de 80 profissionais de saúde do estado, governo federal e município participaram de uma capacitação no Centro Estadual de Pesquisa do Envelhecimento sobre vigilância sindrômica, estratégia que será utilizada durante a JMJ para aumentar a sensibilidade destes profissionais para detecção de casos suspeitos de doenças inusitadas, e casos de contaminação por material biológico. A ideia é que os participantes repliquem os conhecimentos adquiridos para suas equipes.
Vale ressaltar que todas as unidades de saúde do estado funcionam normalmente durante a Jornada Mundial da Juventude e estarão disponíveis para o atendimento de pacientes, de acordo com suas especialidades. O endereço de cada unidade do Estado está disponível no site da Secretaria de Estado de Saúde (www.saude.rj.gov.br).
FONTE: Governo do Estado do Rio de Janeiro
http://www.saude.rj.gov.br