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Programa de Cirurgia Bariátrica do Governo RJ atinge a marca de 600 pacientes operados

A professora Claudia de Souza Andrade soube do Programa assistindo à TV. Agora, a paciente de número 600 faz planos

b_800_600_0_00_images_stories_ASCOM_hospCarloChagas-Bariatrica600_hosp_carlos_chagas_-_600_cirurgia_bariatrica_49aO Programa de Cirurgia Bariátrica do Governo do Estado do Rio de Janeiro tem atraído a atenção de várias pessoas que estão acima do peso. E foi assistindo a um programa de TV que a professora Cláudia de Souza Andrade, de 40 anos, ficou sabendo das vantagens da cirurgia e resolveu mudar de vida. Ela mal sabia que seria a paciente de número 600 do programa. A cirurgia foi realizada na última quarta-feira (13) e já na sexta-feira (16), a professora recebeu alta e saiu feliz do Hospital Estadual Carlos Chagas, em Marechal Hermes.

Sem emprego e com roupas largas – Com 1, 70 m e 169 quilos, Cláudia está desempregada há dois anos. Ela conta que a obesidade é o seu maior obstáculo na hora de tentar voltar ao mercado de trabalho. Claudia já não conseguia mais andar direito e já estava com a autoestima abalada. Comprar roupas, algo que toda mulher gosta, também não agradava a professora. Suas calças, por exemplo, são feitas sob medida pela mãe, costureira. Eram. A partir da cirurgia, ela quer comprar calças com o manequim menor.

– Quero vestir roupas de manequim 44, no máximo, e tenho certeza de que eu vou conseguir. Eu já tinha o desejo de fazer a cirurgia bariátrica, mas não sabia da videolaparoscopia. Com ela, não precisaria abrir a minha barriga. Quando vi o programa de TV, fiquei animada e me fui imediatamente ao posto de saúde do meu bairro. Tive que perder peso, pois na época pesava 183 quilos. Além de cuidar da minha saúde, uma das minhas maiores vontades é voltar a trabalhar porque ninguém gosta de dar emprego para pessoas muito gordas. Agora, tenho certeza de que tudo vai ser mais fácil, com dois dias de operada, já me sinto bem. O bom é que eu vou continuar tendo acompanhamento da equipe do programa. – disse a professora.

As estatísticas são favoráveis a Cláudia. Pesquisa feita com 344 pacientes mulheres do Programa do Governo do Estado indicou que 62% voltaram ao mercado de trabalho depois de muitos anos desempregadas por conta do excesso de peso. A melhora da autoestima faz que muitas comecem um novo relacionamento, ou reatem os antigos, e 85% das pacientes melhoraram o desempenho sexual depois da cirurgia. Além disso, coisas simples como andar em transporte público, que parecia um suplício para algumas pacientes, hoje não é mais problema, 100% das pacientes relatam melhora nesta questão.

Um Programa de Sucesso – Implantado em dezembro de 2010, o programa do Governo do Estado fez mudar um cenário no Rio de Janeiro: um crescimento de mais de 3.000% no número de cirurgias realizadas pelo SUS em pacientes de todo o estado. Juntos, os pacientes que operaram no projeto já perderam mais de 3,5 toneladas.

– Os 600 pacientes fazem parte do resultado de um programa inédito no estado, com um sistema eficiente de triagem de pacientes, com uma equipe altamente qualificada e com uma estrutura ímpar: temos um tomógrafo para obesos, leitos equipados, CTI, entre outros. É uma felicidade fazer tudo isso à população – disse o coordenador do Programa, Dr. Cid Pitombo.

Cirurgia sem fila de espera – Para se candidatar a uma cirurgia bariátrica no Programa do Estado, o paciente deve procurar um atendimento ambulatorial mais próximo de sua casa para que um médico faça uma primeira avaliação se a cirurgia é necessária ou não. Se a operação for indicada, o médico solicita uma segunda avaliação para a Central de Regulação de Cirurgia Bariátrica do Estado, que encaminha o pedido de forma online ao Hospital Estadual Carlos Chagas. O paciente é contatado e tem uma consulta de avaliação marcada. E, importante, não há fila de espera.

O paciente que tiver Índice de Massa Corpórea (IMC) dentro do indicado (maior que 40kg/m² ou maior que 35kg/m² quando associado a fatores de co-morbidade, como hipertensão e diabetes, entre outros), que preencham os pré-requisitos do Ministério da Saúde e não tiverem doenças graves associadas são avaliados, preparados e operados. A equipe do médico Cid Pitombo também acompanha todo o pós-operatório especializado, com orientações de nutricionista, psicólogo e avaliação periódica pelo cirurgião.

FONTE: Governo do Estado do Rio de Janeiro
http://www.saude.rj.gov.br