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Raios T poderão tornar detecção de doenças muito mais fácil

Pesquisadores ingleses e espanhóis, trabalhando conjuntamente, descobriram como controlar um fluxo de radiação terahertz ao longo de um fio metálico. A descoberta é uma das primeiras formas práticas de se “domar” os raios T, que deverão revolucionar o imageamento médico.

A radiação terahertz, ou raios T, cuja freqüência é de cerca de um trilhão de ciclos por segundo, preenche o hiato existente entre as microondas e o infravermelho no espectro eletromagnético.

Quando submetidos aos raios T, os materiais interagem com eles de forma diferente do que acontece quando recebem descargas de radiação de outras faixas do espectro. Isso torna os raios T potencialmente importantes na detecção e análise de elementos químicos e de células biológicas.

As aplicações atuais da radiação terahertz estão limitadas pela dificuldade em se focalizar os raios T – o que é feito por meio de técnicas convencionais de focalização com espelhos e lentes. Mas esta técnica cria “pontos” de luz muito grandes, de décimos de milímetro, o que torna impossível o estudo de objetos muito pequenos, como as células biológicas.

Agora, os cientistas descobriram que, embora fios metálicos não consigam dirigir muito bem os raios T, essa capacidade pode ser radicalmente alterada fazendo-se uma série de minúsculos sulcos no fio. Se esse fio metálico corrugado for então estreitado até os seus limites, criando-se uma ponta finíssima, ele consegue focalizar os raios T em um ponto com alguns poucos nanômetros de diâmetro.

“Este é um desenvolvimento significativo que poderá permitir uma precisão sem precedentes no estudo de objetos minúsculos e no sensoriamento químico utilizando-se raios T,” diz Dr. Stefan Maier, da Universidade de Bath, Inglaterra.

A descoberta poderá permitir, por exemplo, que os pesquisadores examinem detalhes no interior das células com alta resolução, detectando anormalidades e doenças. Os raios T também poderão ser dirigidos para o interior de corpos e objetos, podendo ser utilizados em procedimentos médicos como a endoscopia e a detecção de células cancerosas.

Os pesquisadores afirmam que deverão ter um protótipo funcional de seu equipamento em cerca de um ano.

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FONTE: CONTER