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Novo recorde: Programa de Cirurgia Bariátrica do Governo RJ já operou mais de 400 pacientes

Ministério da Saúde reduz idade mínima para fazer a operação para 16 anos. No RJ, pacientes com obesidade mórbida e dificuldades para sair de casa podem se cadastrar para receber acompanhamento domiciliar com médicos, psicólogos, assistentes sociais e enfermeiros

Um dos projetos de maior sucesso na Secretaria de Estado de Saúde (SES), o Programa de Cirurgia Bariátrica já superou a marca de 400 pacientes operados no Hospital Estadual Carlos Chagas. A cirurgia bariátrica, mais conhecida como cirurgia de redução de estômago, tem possibilitado mais saúde e qualidade de vida para um número cada vez maior de pacientes. O responsável pelo programa é o médico Cid Pitombo, mestre e doutor em cirurgia e membro do Comitê de Educação Continuada da Sociedade Americana de Cirurgia Bariátrica e Metabólica e também membro titular do Colégio Brasileiro de Cirurgiões e da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica. Implantado em dezembro de 2010, o programa do Governo do Estado fez mudar um cenário no Rio de Janeiro. Em 2010, por exemplo, antes da entrada do Estado no serviço, foram feitos em todo Rio de Janeiro apenas 16 cirurgias bariátricas. O crescimento entre 2010 e 2011 é de mais de 2.400%, atendendo pacientes do SUS, moradores de 30 municípios do estado.

O Programa de Cirurgia Bariátrica conta com 100% das cirurgias realizadas por videolaparoscopia, técnica menos invasiva e mais segura;  UTIs exclusivas para este perfil de paciente e com o único tomógrafo para obesos da América Latina

– Esperamos fechar 2012 com mais de 500 cirurgias. Não existe outro programa tão eficiente no país em que seja usada a técnica de videolaparoscopia, significativamente menos invasiva e arriscada. Chegamos a mais de 300 pacientes operados sem nenhuma intercorrência – explica Cid Pitombo, coordenador do programa. Juntos, os pacientes operados pelo projeto, que começou em dezembro de 2010, já perderam mais de 2,5 toneladas.


Primeira paciente a se submeter ao procedimento, em 2010, a assistente administrativa Camila Azevedo, de 31 anos, conta como chegou aos 116 kg de peso, medindo 1,61 m.

– Sempre fui gordinha, mas convivia bem com isso. Tive um filho aos 18 anos e comecei a engordar mais. Fiz várias dietas, tomei remédios e perdi 33kg. Depois engordei de novo, comecei a comer descontroladamente, fazia de 6 refeições por dia, sempre em grande quantidade – enumera ela, hoje com 77 quilos – 39 kg a menos.

A ajuda de uma amiga nutricionista foi decisiva para entrar no programa de cirurgia bariátrica do HECC, onde foi encorajada pelo médico Cid Pitombo a seguir em frente. Deucerto.

– Em menos de uma semana fui liberada para voltar para casa. Perdi 10 quilos em tão pouco tempo, com muita força de vontade. Consegui me organizar para fazer pequenas refeições a cada três horas, sigo a dieta elaborada pela nutricionista e também me adaptei na cozinha de casa. Dá mais trabalho, mas o ganho de saúde compensa – avalia.

Cirurgia sem fila de espera – Para se candidatar a uma cirurgia bariátrica no Programa do Estado, o paciente deve procurar um atendimento ambulatorial mais próximo de sua casa para que um médico faça uma primeira avaliação se a cirurgia é necessária ou não. Se a operação for indicada, o médico solicita uma segunda avaliação para a Central de Regulação de Cirurgia Bariátrica do Estado, que encaminha o pedido de forma online ao Hospital Estadual Carlos Chagas. O paciente é contatado e tem uma consulta de avaliação marcada. E, importante, não há fila de espera.

O paciente que tiver Índice de Massa Corpórea dentro do indicado (maior que 40kg/m² ou maior que 35kg/m² quando associado a fatores de co-morbidade, como hipertensão e diabetes, entre outros), que preencham os pré-requisitos do Ministério da Saúde e não tiverem doenças graves associadas são avaliados, preparados e operados. A equipe do médico Cid Pitombo também acompanha todo o pós-operatório especializado, com orientações de nutricionista, psicólogo e avaliação periódica pelo cirurgião.

Redução da idade mínima – A partir de uma consulta pública lançada pelo Ministério da Saúde, o SUS passará a adotar novas regras para a realização da cirurgia bariátrica. Uma delas é a diminuição da idade mínima para se submeter ao procedimento, que passa de 18 para 16 anos.

FONTE: Governo do Estado do Rio de Janeiro