Internautas tiram dúvidas sobre doação de órgãos e transplantes em hangout com porta-voz do PET
Na Semana Estadual do Doador de Órgãos, o coordenador do Programa Estadual de Transplantes, Rodrigo Sarlo, participou de um bate-papo com internautas. Durante a conversa, realizada na manhã desta quinta-feira (21), ele esclareceu dúvidas e explicou todo o processo de doação. Confira os principais assuntos abordados em conversa nos canais do GovRJ noTwitter (@GovRJ), Facebook (fb.me/governodorio) e Google Plus. As dúvidas foram enviadas utilizando a hashtag “#TransplanteRJ”.
Quais órgãos e tecidos podem ser doados? – De acordo com o coordenador do PET, coração, rins, pulmões, fígado, pâncreas e intestinos podem ser transplantados. Já os tecidos são: córneas, pele, válvulas cardíacas, tendões e ossos. Ele explicou que para que os órgãos e tecidos sejam aproveitados após a confirmação de uma morte encefálica o coração deve estar funcionando. “Eles só podem ser retirados enquanto houver circulação sanguínea no corpo do paciente”, ressaltou.
No entanto, o transplante só será bem sucedido se obedecer ao tempo de vida que cada órgão possui ao não ter mais a circulação do sangue. “O coração tem até 5 horas para ser aproveitado, já o fígado 12 horas. O rim, por exemplo, sobrevive mais tempo, até 40 horas”, esclareceu. Já com os tecidos o tempo varia entre 6 e 12 horas após o coração desfalecer.
Etapas da doação e do transplante – Para que uma morte encefálica seja confirmada é necessário que sejam realizados três exames durante intervalos de tempo variáveis, próprios para determinadas faixas etárias. É preciso confirmar se o paciente não apresenta reflexos cerebrais. “São feitos dois exames clínicos e um gráfico. Quando esses exames são realizados por diferentes profissionais é que temos a confirmação de uma morte encefálica. A família tem direito de acompanhá-los e de ver os gráficos para garantir a ausência de fluxos no cérebro”, explicou Sarlo.
Questionado se a pessoa que se submete a um transplante necessita manter o tratamento ao longo da vida, o coordenador do PET destacou que, apesar da alta hospitalar, o paciente deve ter acompanhamento médico. “Por mais que a compatibilidade entre o doador e o receptor seja idêntica, é necessário que o paciente tome remédios por toda a vida para que o corpo não rejeite este órgão. Ele sempre será acompanhado pelo seu centro-transplantador”.
Qualquer pessoa pode doar? – “Qualquer pessoa pode ser doadora. O mais importante é manifestar o desejo para a família. Ela precisa estar ciente disso, porque o que vale no momento da entrevista familiar é a assinatura da mesma. Se eles não assinarem, a doação não será feita”.
No entanto, existem critérios de contraindicação absoluta para doação, como indivíduos HIV positivo e que tenham câncer ou tuberculose ativa. “Precisamos garantir que não haja transmissão de alguma doença do doador para o receptor”, explicou.
Há, ainda, as contraindicações órgão a órgão específicas. “Uma pessoa que faça hemodiálise, por exemplo, naturalmente não vai poder ser doador de rim, mas pode ser um doador de fígado se a função hepática dele for normal. Cada paciente é avaliado globalmente, de órgão a órgão”, explicou Sarlo.
Para assistir ao bate-papo na íntegra, clique aqui! http://bit.ly/1cHGf4D
PET – O Programa Estadual de Transplantes foi criado em 2010 promovendo melhorias no processo de doação e captação de órgãos e tecidos. Em 2012, o Rio de Janeiro bateu recorde chegando a 140 doadores conquistados. Em 2013, até o início de novembro, já tinham sido feitos 500 transplantes. Esse resultado é fruto de um trabalho incansável da equipe do PET, que tem tornado cada vez mais eficiente a captação de órgãos e profissionalizado o trabalho junto às famílias de doadores.
FONTE: Governo do Estado do Rio de Janeiro
http://www.saude.rj.gov.br