Hospital Estadual Albert Schweitzer recebe a visita do novo secretário de Saúde
Marcos Musafir escolheu a unidade da Zona Oeste – a maior UTI da rede – para sua primeira visita depois de nomeado
Considerado uma das principais unidades de saúde pública da Zona Oeste do Rio de Janeiro, o Hospital Estadual Albert Schweitzer (HEAS) fechou o ano de 2013 com 125.373 atendimentos, o que dá média de 365 pessoas por dia. O hospital-geral de Realengo funciona com emergência de portas abertas e oferece, também, atendimento em ortopedia, cirurgia geral, maternidade de alto risco, clínica médica e pediatria, além de dispor do maior número de leitos de terapia intensiva da rede; são 109 leitos adultos, pediátricos e neonatais. Entre os atendimentos realizados no ano passado, estão 2.781 cirurgias ortopédicas. Foi esta a unidade visitada pelo novo secretário de Estado de Saúde, Marcos Musafir, nesta quarta-feira (8). Musafir percorreu enfermarias, centros cirúrgicos, salas de terapia intensiva e maternidade, conversando com funcionários e pacientes, como a dona-de-casa Carina Cristina Santana de Souza, de 25 anos, que teve o segundo filho, Davi, na maternidade do Hospital Albert Schweitzer.
O secretário também conheceu obras que estão sendo feitas na sala de trauma da emergência do hospital, para aumentar a capacidade de atendimento à população. Médico com mestrado em Ortopedia e Traumatologia, Musafir aproveitou a passagem pelo setor para avaliar a importância do atendimento rápido para vítimas de trauma:
– É importante ter esse local onde você pode estabilizar uma vítima de trauma antes de levá-la ao centro cirúrgico – disse o novo secretário.
Maior UTI do RJ – A instalação de leitos de UTI no Hospital Estadual Albert Schweitzer aconteceu a partir de 2007. Até então, a unidade não oferecia terapia intensiva. Entre 2007 e 2013, a unidade recebeu investimentos de R$ 25,5 milhões em obras e quase R$ 23 milhões em equipamentos de grande porte.
Com 4,2 mil funcionários e 497 leitos, o Hospital Albert Schweitzer é uma das unidades de referência para politraumatizados na Zona Oeste da cidade, tendo sido o hospital onde foram atendidos 22 feridos durante a tragédia na Escola Municipal Tasso da Silveira, ocorrida em abril de 2011.
– Já conhecia a capacidade de atendimento do Albert Schweitzer, a qualidade e a quantidade de atendimentos, por ser uma unidade localizada em uma área de grande população. Fiquei bem impressionado com a atuação dos profissionais do hospital. E é uma prioridade termos um atendimento de qualidade na emergência e as obras que estão sendo feitas irão certamente melhorar o atendimento à população.
Maternidade – Mas nem só por traumas é feita a rotina do hospital. Por atenderem casos de maternidade de alto risco, as equipes lotadas no Albert Schweitzer também são responsáveis por acompanharem as pequenas histórias de amor e dedicação que se repetem em cada um dos 3.008 partos realizados na unidade no ano passado. O hospital foi palco do nascimento do primeiro bebê da rede estadual em 2014, um menino que nasceu aos 9 minutos do dia 1º de janeiro, de parto normal, com 3,46kg.
Humanização e o projeto das refeições divertidas – O projeto de dar uma nova cara às refeições servidas aos pacientes, tornando-as mais atraentes e aceitáveis, começou pelo setor de internação infantil do HEAS em 2013 e a ideia é estendê-lo para toda a rede estadual de saúde ao longo de 2014. A escolha por começar pela pediatria não foi aleatória. Os pacientes infantis são os que costumam se adaptar menos e a ter mais resistência à comida dos hospitais. No HEAS, são servidas por mês cerca de 1.350 refeições no novo formato.
– Constatamos que pequenas e significativas mudanças na forma de dispor os alimentos poderiam ajudar a estimular os pacientes a comer melhor. Não mudamos nada nas receitas, só criamos uma forma mais interessante de arrumar a comida – explica a nutricionista do Projeto de Hotelaria Hospitalar e Gestão do Cuidado da Secretaria de Estado de Saúde, Francilene Almeida.
Pioneiro no atendimento psicológico – O Hospital Estadual Albert Schweitzer (HEAS) desenvolveu um serviço complementar, incluindo a equipe de psicologia no processo de recuperação e cura. Pioneiro em oferecer o serviço, a experiência do HEAS foi ampliada para a rede estadual de saúde. Na unidade, são 25 profissionais atuando. Hoje o serviço de psicologia hospitalar é oferecido em todas as grandes unidades da Secretaria de Estado de Saúde (SES) e vem se integrando cada vez mais às equipes médicas dos hospitais.
– Ansiedade por um diagnóstico ou por uma cirurgia, o momento de retirar o respirador de um paciente no UTI, depressão e dificuldades de amamentação são alguns dos temas enfrentados com frequência pelas equipes de psicólogos que trabalham nas grandes unidades hospitalares da rede. Também cabe à equipe de psicólogos acompanhar o médico na hora de informar o falecimento de algum paciente – esclarece Ana Roberta Pires, da Assessoria de Humanização.
FONTE: Governo do Estado do Rio de Janeiro
http://www.saude.rj.gov.br