Ações de humanização levam conforto a pacientes da rede estadual
Iniciativas incluem decoração acolhedora, refeições especiais e distribuição de kits
O Governo do Rio está incrementando sua atuação em ações de humanização para as unidades estaduais de Saúde. Voltadas para proporcionar mais conforto e atenção à população, as iniciativas são baseadas em uma política do Ministério da Saúde e abrangem de identidade visual e acolhimento – como no Hospital da Criança, Instituto do Cérebro e Rio Imagem – até refeições especiais e hotelaria hospitalar.
O Estado do Rio foi o que mais investiu nesta área no país, e conta hoje com uma equipe de 45 pessoas, entre enfermeiros, psicólogos, assistentes sociais, nutricionistas, farmacêuticos, fisioterapeutas e designers de interiores. A comunicação visual e a decoração dos espaços são feitas para promover maior conforto, além de facilitar a sinalização dentro das unidades.
Desde 2007, a equipe – que atua nas emergências hospitalares e nas UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) – já capacitou mais de 4 mil pessoas na área de humanização, inclusive funcionários de instituições municipais.
“A capacitação é nosso carro-chefe. Estamos investindo em hotelaria hospitalar, com iniciativas como oferecer kits de higiene e de banho para os pacientes” disse a coordenadora de Humanização da Secretaria de Saúde, Fabiani Gil.
No Hospital Albert Schweitzer, em Realengo, as crianças dos 22 leitos da pediatria recebem refeições especiais. Na embalagem de cada uma – que leva o nome, idade e a condição médica do paciente – há um decalque de um personagem do universo infantil. Porções de arroz vêm sempre arrumadas com pedacinhos de cenoura, ervilha e beterraba, como se fossem carinhas.
Nas datas especiais, a equipe de nutrição prepara para eles cupcakes e kits com bolsas, livros e giz de cera. As merendeiras usam toucas e aventais coloridos, para tornar o ambiente mais descontraído.
Uma das pacientes, a pequena Vitória Luiza Lima, de 7 anos, cola as figurinhas que recebe na parede ao lado da cama. Uma queda de bicicleta a fez ficar internada por mais de uma semana, e os momentos das refeições são os mais alegres.
“Ela adora as figurinhas, coleciona. Em geral, ela é boa de comer, mas aqui, como a comida vem arrumadinha com uma carinha, ela se distrai e fica mais estimulada” afirmou a mãe, Jaqueline Lima.
Moradora de Nova Iguaçu, a doméstica Cristiane Rodrigues, de 32 anos, teve seu primeiro filho no Hospital da Mãe, em Mesquita. A unidade proporciona o parto humanizado, que inclui massagens e exercícios fisioterápicos e respiratórios. Além de uma sala especial para os exercícios, o hospital tem quartos para cada gestante.
“Em nenhum momento fiquei sozinha. Adorei a salinha de fisioterapia. Na hora da contração, um exercício ou uma massagem torna tudo mais relaxante” explicou a doméstica.
Depois do parto, as pacientes ganham uma bolsa com roupinhas, manta e outros acessórios para os recém-nascidos, além de kit para uso pessoal, iniciativa do projeto Mãe Coruja. Alguns hospitais estaduais, como o Rocha Faria, em Campo Grande, têm banho de ofurô e massagem para os bebês.
Atendimentos especiais amenizam tratamentos
Serviço de Atendimento à Vítima de Violência – O Hospital da Mulher oferece o serviço S.O.S. Mulher. Profissionais como assistentes sociais, psicólogos, médicos, enfermeiros e advogados prestam apoio às vítimas de violência.
Identidade visual no Hospital da Criança, Instituto do Cérebro e Rio Imagem – As três instituições têm decoração e identidade visual especiais, com salas e corredores com papeis de parede com motivos infantis ou em tons pasteis. No Hospital da Criança, um tomógrafo computadorizado tem aparência de nave espacial e desenhos nas paredes, como a de um castelo. No Instituto do Cérebro, o cuidado com a ala infantil se reflete nas salas de cromoterapia, que mudam de cor. No Rio Imagem, quadros coloridos dentro da unidade e um painel do artista plástico Romero Britto, na fachada, dão o tom de acolhimento.
Projeto Plateias Hospitalares – Uma vez por mês, artistas capacitados na escola de palhaços da ONG Doutores da Alegria promovem espetáculos em oito hospitais estaduais.
FONTE: Governo do Estado do Rio de Janeiro
http://www.saude.rj.gov.br