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Cartilha intensifica atendimento às vítimas de queimadura

Material desenvolvido em parceria com o Conselho Federal de Medicina já foi enviado às secretarias de saúde estaduais e municipais de todo o País 

Auxiliar as equipes de saúde em todo o país na assistência imediata às vítimas de queimaduras, reduzindo o agravo da lesão e o risco de óbito. Este é o objetivo da ‘Cartilha para Tratamento de Emergências das Queimaduras’, produzida pelo Ministério da Saúde e a Câmara Técnica de Queimaduras do Conselho Federal de Medicina. Com tiragem de 424.500 mil exemplares, o material já seguiu para as secretarias Estaduais e Municipais de Saúde, Hospitais Gerais e Especializados, posto e centro de saúde, unidade básica, policlínica, pronto-socorro geral e especializado, pronto atendimento, entre outros serviços de saúde.

“Embora sejam inúmeros e variados os manuais e as publicações que au­xiliam a assistência de saúde a vítimas de queimaduras, o Ministério da Saúde disponibiliza, a partir de agora, uma cartilha que visa orientar as equipes de assistência, em âmbito nacional”, afirma o Coordenador Geral de Média e Alta Complexidade do Ministério da Saúde, José Eduardo Fogolin Passos. Segundo ele, a cartilha integra um conjunto de ações do Ministério da Saúde para a Linha de Cuidado ao Trauma da Rede de Urgência e Emergência.

Ainda, de acordo com o coordenador, no Brasil, os casos de queimaduras representam um agravo significati­vo à Saúde Pública. Em 2011, foram 1.437 internações em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) de Queimados e a taxa de óbito foi de 17,95% (258) das internações. Já em 2010, ocorreram 1.283 internações em UTI e deste quantitativo, 18,16% (233) foi o percentual de óbito por este agravo. O País conta com 45 unidades hospitalares habilitadas em assistência a vítima de queimaduras, espalhados pelas cinco regiões do País.

Em 17 páginas e com linguagem concisa e de fácil manuseio, o profissional encontra inicialmente, informações sobre o principal órgão atingido pelo agravo, a pele. Em seguida, vem o passo a passo para o atendimento inicial das vítimas de queimadura em diferentes graus (1º, 2º e 3º grau), muitas vezes com extrema gravidade e risco de morte. As orientações estão baseadas na análise da superfície do corpo afetada pela queimadura, na profundidade, na extensão do agravo, no agente causador e nas circunstâncias em que ocorreram as queimaduras. 

PANORAMA – De acordo com informações da cartilha, entre os casos de queimaduras notificados no país, a maior parte ocorre nas re­sidências das vítimas e quase a metade das ocorrências envolve a participação de crianças. Entre as queimaduras mais comuns, tendo as crianças como vítimas, estão as decorrentes de escaldamentos (manipulação de líquidos quentes, como água fervente, pela curio­sidade característica da idade) e as que ocorrem em casos de vio­lência doméstica. Por sua vez, entre os adultos do sexo masculino, as queimaduras mais frequentes ocorrem em situações de trabalho.

O material ainda informa que, os idosos também compreendem um grupo de risco alto para queimaduras devido à sua menor capacidade de reação e às limita­ções físicas peculiares à sua idade avançada. Já para as mulheres adultas, os casos mais frequentes de queimaduras estão relacio­nados às várias situações domésticas (como cozimento de alimen­tos, acidentes com botijão de gás entre outros). De uma forma geral, para toda a população, as queimaduras devido ao uso de álcool líquido e outros inflamáveis são as predominantes. Outras formas muito comuns de queimaduras são as que ocorrem por agentes químicos.

 

FONTE: Ministério da Saúde