Acordo para redução de sódio inclui novos alimentos
Documento estabelece metas nacionais e a retirada de 8,7 mil toneladas de sódio do mercado brasileiro até 2020
Com o objetivo de melhorar a dieta do brasileiro e promover maior qualidade de vida, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, e o presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Alimentação (ABIA), Edmundo Klotz, assinaram nesta terça-feira (28), documento que estabelece metas nacionais para a redução do teor de sódio em alimentos processados no Brasil. O termo de compromisso prevê a redução em temperos, caldos, cereais matinais e margarinas vegetais. A estimativa é retirar 8.788 toneladas de sódio do mercado brasileiro até 2020. A iniciativa faz parte do Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das Doenças Crônicas Não Transmissíveis, lançado em agosto do ano passado.
Esta é a terceira etapa do acordo que o Ministério da Saúde firmou para oferecer alimentos industrializados mais saudáveis, e prevenir o desenvolvimento de doenças crônicas na população, sobretudo, entre os mais jovens. “Com esse novo termo, pretendemos oferecer um alimento mais saudável, tanto no ambiente familiar quanto nos locais de trabalho. O Brasil se antecipa às ações que a Organização Mundial de Saúde pretende adotar em relação ao sódio. O modelo seguido pelo Ministério da Saúde pode se tornar referência para outros países”, afirma o ministro Padilha.
Esta é a terceira etapa do acordo que o Ministério da Saúde firmou para oferecer alimentos industrializados mais saudáveis, e prevenir o desenvolvimento de doenças crônicas na população, sobretudo, entre os mais jovens. “Com esse novo termo, pretendemos oferecer um alimento mais saudável, tanto no ambiente familiar quanto nos locais de trabalho. O Brasil se antecipa às ações que a Organização Mundial de Saúde pretende adotar em relação ao sódio. O modelo seguido pelo Ministério da Saúde pode se tornar referência para outros países”, afirma o ministro Padilha.
Nos documentos anteriores, foram contemplados macarrões instantâneos, bisnagas, pão de forma, pão francês, mistura para bolos, salgadinhos de milho, batata frita/palha, biscoitos e maionese. Somados os três convênios, a previsão é de que até 2020, estejam fora das prateleiras mais de 20 mil toneladas de sódio.
A recomendação de consumo máximo diário de sal pela Organização Mundial de Saúde (OMS) é de menos de cinco gramas por pessoa. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelam, no entanto, que o consumo do brasileiro está em 12 gramas diários, valor que ultrapassa o dobro do recomendado.
O termo de compromisso estabelece o acompanhamento das informações da rotulagem nutricional dos produtos e as análises laboratoriais de produtos coletados no mercado e da utilização dos ingredientes à base de sódio pelas indústrias.
Edmundo Klotz, presidente da ABIA reconhece a importância do acordo. “A indústria da alimentação sabe da sua responsabilidade em contribuir para a promoção do bem-estar da sociedade, e por isso, investe recursos e energia para melhorar o perfil nutricional dos alimentos processados. Esse termo é apenas mais uma etapa da parceria entre a associação e o Ministério da Saúde, que vem trazendo muitos benefícios à saúde da população brasileira”, reitera.
QUALIDADE DE VIDA – O acordo com a indústria faz parte de uma série de ações que promovem a melhoria da qualidade de vida da população hipertensa. Pesquisa realizada com mais de 54 mil brasileiros em 2011 revelou que a hipertensão arterial atinge 22,7% da população adulta. Se o consumo de sódio for reduzido (para a recomendação diária da OMS), os óbitos por acidentes vasculares cerebrais podem diminuir em 15%, e as mortes por infarto em 10%. Ainda estima-se que 1,5 milhão de brasileiros não precisaria de medicação para hipertensão e a expectativa de vida seria aumentada em até quatro anos.
Veja o que estabelece o novo acordo:
Metas de Redução de Sódio em Caldo Líquido /Gel, escalonadas para 2013 e 2015.
PRODUTO
|
TEOR MÁXIMO (mg/porção produto)
|
REDUÇÃO PROPOSTA
|
META 2013
(mg/porção produto)*
|
META 2015
(mg/porção produto)*
|
Caldo Líquido/Gel
|
997
|
3,5% aa
|
928
|
865
|
*valor de sódio em 250 mL do produto pronto para consumo, conforme instruções de preparo do fabricante.
Metas de Redução de Sódio
PRODUTO
|
TEOR MÁXIMO (mg/porção produto)
|
META 2013
(mg/porção produto)*
|
META 2015
(mg/porção produto)*
|
Caldo Pó/Cubo
|
1247
|
1100
|
1025
|
*valor de sódio em 250 mL do produto pronto para consumo, conforme instruções de preparo do fabricante.
Metas de Redução de Sódio para Tempero em Pasta, escalonadas para 2013 e 2015.
PRODUTO
|
TEOR MÁXIMO
(mg sódio/100g)
|
REDUÇÃO PROPOSTA
|
META 2013
(mg sódio/100g)
|
META 2015
(mg sódio/100g)
|
Tempero em pasta
|
40700
|
3,5%ao ano até 2013 e 6,5%ao ano até 2015
|
37901
|
33134
|
Metas de Redução de Sódio em Tempero para Arroz, escalonadas para 2013 e 2015.
PRODUTO
|
TEOR MÁXIMO
(mg sódio/100g)
|
REDUÇÃO PROPOSTA
|
META 2013
(mg sódio/100g)
|
META 2015
(mg sódio/100g)
|
Tempero para Arroz
|
33800
|
1,3% ao ano
|
32927
|
32076
|
Metas de Redução de Sódio para Demais Temperos, escalonadas para 2013 e 2015.
PRODUTO
|
TEOR MÁXIMO (mg sódio/100g)
|
REDUÇÃO PROPOSTA
|
META 2013
(mg sódio/100g)
|
META 2015
(mg sódio/100g)
|
Demais Temperos
|
25960
|
4,3% ao ano
|
23775
|
21775
|
Metas de Redução de Sódio para margarina vegetal, escalonadas para 2013 e 2015.
PRODUTO
|
TEOR MÁXIMO (mg sódio/100g)
|
REDUÇÃO PROPOSTA
|
META 2013
(mg sódio/100g)
|
META 2015
(mg sódio/100g)
|
Margarina vegetal
|
1660
|
19% ao ano
|
1089
|
715
|
Metas de Redução de Sódio para cereais (cereais matinais), escalonadas para 2013 e 2015.
PRODUTO
|
TEOR MÁXIMO (mg sódio/100g)
|
REDUÇÃO PROPOSTA
|
META 2013
(mg sódio/100g)
|
META 2015
(mg sódio/100g)
|
Cereais matinais
|
677
|
7,5% ao ano até 2013 e 15% ao ano ate 2015
|
579
|
418
|
FONTE: Ministério da Saúde