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Dia das Mães: Médico do Hospital Rocha Faria já fez mais de 20 mil partos

Com 28 anos de obstetrícia, chefe da maternidade da unidade mantém a paixão pela profissão

b_800_600_0_00_images_stories_ASCOM_hospRochaFaria-DiaDasMaes-Juciney_hosp_rocha_faria_-_perfil_dr_Juciney_83Mais de 20 mil partos. Aos 51 anos de idade e 28 anos de profissão, o coordenador do setor de maternidade do Hospital Estadual Rocha Faria, Juciney Pacheco, é detentor de uma marca invejável: 15 mil partos normais e 5 mil cesarianas. Ele começou a contar em 1985, quando ainda era acadêmico de Medicina, e parou de contabilizar em 2004, apesar de continuar na atividade. O número de bebês que ajudou a nascer é maior do que o total de habitantes do município de Porto Real, por exemplo, a cidade com maior renda per capita do estado, com 17.663 habitantes, segundo o último censo do IBGE.

O currículo, no entanto, não faz com que Juciney se acostume à rotina. Pelo contrário, a emoção de trazer uma criança ao mundo permanece no olhar do obstetra.

– Aprendi com um dos meus professores que o médico deve saber sempre a cor dos olhos de uma paciente. Ou seja, o atendimento deve ser humanizado. Hoje já estou na segunda geração, fazendo o parto de pessoas que ajudei a nascer -, conta ele, que escolheu a obstetrícia só para ficar perto de uma paixão de faculdade. Acabou mesmo foi se apaixonando pela sala de parto.

O primeiro parto que fez sozinho foi comemorado com os colegas de hospital com guaraná. Mas foi a primeira cesárea que resolveu fazer residência também em cirurgia geral, para poder atuar no caso de complicações de pacientes durante o parto, como o rompimento de uma alça de intestino. A nova especialidade o ajudou a enfrentar imprevistos como descobrir um tumor no útero de uma paciente de 16 anos, com hemorragia interna.

Paciente não sabia que estava grávida – Mas os corredores dos hospitais também guardam momentos curiosos da carreira do coordenador de maternidade. Certa vez, viu uma mulher com dores abdominais, com suspeita de obstrução intestinal. A mulher estava sendo tratada com laxantes.

– Olhei para a barriga dela e desconfiei. Sabe olhar de obstetra? Me aproximei, examinei e descobri que ela estava entrando em trabalho de parto. O bebê nasceu logo em seguida. Ela não sabia que estava grávida -, lembra ele, que se orgulha de nunca ter perdido uma paciente durante um trabalho de parto que tenha conduzido desde o início.

Projeto Jovem Mãe – A experiência e trajetória levaram-no a idealizar um projeto especial para gestantes adolescentes, que têm mais chances de complicações. Inaugurado em fevereiro deste ano, o espaço Jovem Mãe, no Hospital Estadual Rocha Faria, atende jovens com idades entre 12 e 18 com uma equipe multiprofissional.

Foi lá que a estudante Thainá de Carvalho Lourenço, de 18 anos, teve a pequena Isabella e recebeu orientações sobre planejamento familiar.

– Embora as pessoas digam que gravidez não é uma doença, é um estado que requer cuidados especiais. O parto é o momento mais importante na vida de uma mulher, e ela merece o melhor atendimento possível nessa hora.

FONTE: Governo do Estado do Rio de Janeiro
http://www.saude.rj.gov.br