Dia do Assistente Social: profissionais atuam em projetos importantes na rede estadual de saúde
Há seis meses, no Hospital Estadual Carlos Chagas, em Marechal Hermes, uma paciente deu entrada na unidade com ferimentos, sem identidade e sem falar muito sobre sua história. Depois de uma intensa pesquisa, descobriu-se que era portadora de Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC), tinha uma família em Pernambuco que já não acreditava mais que ela estava viva. Hoje, a paciente recuperou sua cidadania, tem todos os documentos e se prepara para voltar à sua cidade natal e reencontrar filhos e primos. Histórias como esta estão presentes em todas as unidades hospitalares da rede estadual de saúde e, se possuem finais felizes, devem muito ao esforço dos assistentes sociais que se empenharam para mostrar aos pacientes e suas famílias seus direitos e deveres. Nesta quinta-feira, 15 de maio, é comemorado o Dia do Assistente Social e as unidades estaduais têm projetos importantes comandados por estes profissionais.
Para a assistente social e assessora de Humanização da Secretaria de Estado de Saúde, Alexandra Andrade, além da luta pela igualdade de direitos e para melhorar a qualidade de vida do cidadão, o assistente social tem como missão promover a saúde, fazendo com que a informação sobre prevenção e tratamento chegue ao paciente.
– A atuação dos assistentes sociais nas unidades de saúde tem se tornado cada vez mais uma prática necessária para a promoção, recuperação e atenção à saúde. Suas intervenções têm se ampliado e se consolidado diante das concepções do processo saúde-doença – explica Alexandra.
Atenção aos idosos – Referência no cuidado ao idoso, o Hospital Estadual Eduardo Rabello HEER, em Campo Grande, tem equipe de Serviço Social formada por 22 profissionais. A unidade possui diversos projetos que visam dar garantias de direitos sociais, educação e serviço de cidadania aos idosos. Por meio de parceria com o Ministério Público, a unidade desafoga leitos sociais, ocupados por pacientes abandonados por familiares.
– Temos muitos pacientes que já receberam alta, mas que permanecem no hospital por não possuírem vínculo familiar ou porque não têm para onde ir. Reintegrando o paciente à sua família, a unidade ganha mais um leito que será destinado a outro paciente que, de fato, precisa de tratamento. O papel do assistente social neste momento é fundamental porque, além da busca ativa da família, faz a ponte entre a unidade e o Ministério Público – conta o diretor do HEER, Edson Nunes.
O Serviço Social da unidade tem equipe multidisciplinar que atua no Programa de Visita Domiciliar. A ideia nasceu da necessidade de acompanhar pacientes que passaram pela unidade, evitando, com isso, reinternações desnecessárias. A capacidade é de 15 visitas domiciliares por mês.
Serviço Social para crianças – No Hospital Estadual da Criança, em Vila Valqueire, o Serviço Social está inserido no Grupo de Apoio, formado por uma equipe multidisciplinar. O papel do assistente social é orientar o pequeno paciente e seus pais quanto aos direitos civis e sociais, a partir de suas necessidades.
– Familiares dos pacientes chegam à unidade e sequer sabem que têm direito, por exemplo, a solicitar um Riocard porque o filho é portador de necessidades especiais. Temos o prazer de dar este tipo de informação porque sabemos que vamos melhorar a vida daquela família – afirma a coordenadora do Serviço Social do Grupo de Apoio da unidade, Fabiana Marx.
Vítimas de violência – O Serviço Social do Hospital Estadual Carlos Chagas implantou em 2007 o Comitê de Atenção às Violências Interpessoais – CIAVI – que promove ações para a redução dos agravos físicos, psicológicos e sociais provocados pela violência. Por meio de atendimento individual, pacientes são orientados como proceder em casos de violência por parte da família, cuidadores, companheiros, entre outros. Além disso, o comitê busca prevenir a continuidade destas ações violentas.
FONTE: Governo do Estado do Rio de Janeiro
http://www.saude.rj.gov.br