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RJ possui 1o. Centro de Politraumatizados do país como plano de contingência para Copa

Com tecnologia de última geração, equipe treinada nos Estados Unidos, porta de entrada exclusiva, o Centro de Trauma do Hospital Estadual Alberto Torres já é referência no Brasil neste tipo de atendimento em menos de um ano de inaugurado. Foram investidos R$ 6,2 milhões pelo Governo do Estado do Rio de Janeiro

b_800_600_0_00_images_stories_ASCOM_hospAlbertoTorres-Adolecente16anos_hosp_Alberto_Torres_-_centro_de_trauma_-_atendimento_14A unidade, inaugurada em 2013, é uma das mais avançadas e modernas na área de traumatologia do país e o primeiro núcleo de referência no atendimento a pacientes politraumatizados no estado do Rio de Janeiro. Resultado de um projeto que começou a ser desenvolvido em 2010, com a consultoria técnica do Centro de Trauma de Baltimore, nos EUA, o Governo do Estado investiu R$ 6,2 milhões em infraestrutura e equipamentos na nova unidade. O Centro de Trauma do Hospital Estadual Alberto Torres é uma das unidades de saúde que faz parte do plano de contingência para a Copa do Mundo.

– A rede pública de saúde passou a contar com a mesma política de atendimento de trauma que permitiu a redução de 50% no número de óbitos entre as vítimas politraumatizadas nos Estados Unidos. O trauma deve ser atendido por uma equipe multidisciplinar. Por isso, a implantação de um Centro de Trauma requer uma logística eficiente que envolve médicos dedicados, especialidades entrosadas e orientação de todas as equipes que fazem parte do atendimento, desde cirurgiões de trauma até os terapeutas respiratórios. Antes, o paciente baleado, o enfartado e a vítima de acidente de carro entravam no hospital pela mesma sala vermelha da emergência. Agora, temos um serviço especializado voltado pra essas vítimas politraumatizadas – ressalta o coordenador do serviço, Rogério Casemiro.

Estrutura – O Centro de Trauma conta com três salas de cirurgia, uma delas inteligente, equipada com tecnologia alemã. Do próprio centro cirúrgico, o médico pode acompanhar a tomografia em tempo real, sem precisar esperar que o exame seja revelado. Isso permite uma tomada de decisões rápidas sobre procedimentos a serem adotados durante a cirurgia. Outra vantagem é que o médico pode consultar e ampliar a imagem ao longo do procedimento cirúrgico.Com mil metros quadrados, a unidade conta ainda uma tomografia exclusiva, cinco leitos de recuperação pós-anestésica, 35 leitos de CTI, quatro leitos de observação e heliponto para receber casos urgentes de todo estado do Rio.

Números – Até abril de 2014, o Centro de Trauma atendeu mais de 600 casos, com taxa de sucesso compatível com o recomendado internacionalmente. No final de 2013, o Comitê Olímpico Internacional visitou a unidade e a aprovou como unidade de referência para as Olimpíadas de 2016.

Treinamento internacional – Além do Centro de Trauma de Baltimore, na Universidade de Maryland, considerado referência em todo o território norte-americano para casos de politraumatismo e também para atendimento ao presidente Barack Obama, os profissionais brasileiros do Centro Estadual de Trauma do Hospital Alberto Torres foram treinados também no Ryder Trauma Center, da Universidade de Miami, e no Children’s Hospital, dedicado à criança em Washington.

– Em geral, o atendimento no Brasil segue uma lógica linear. Todos esses procedimentos previstos pelo protocolo são muito importantes porque o objetivo maior é reduzir as chances de sequelas e o tempo de recuperação do paciente. Não existe no Brasil nenhuma unidade replicadora desse modelo e por isso fomos buscar fora, em institutos de excelência. Está provado que a unificação de protocolos de atendimento gera melhor resposta do paciente ao tratamento — frisa Casemiro.

No total, são 55 médicos, 26 enfermeiros e 102 técnicos de enfermagem. Entre as especialidades, ortopedia, cirurgia geral e vascular, anestesia, neurocirurgia, cirurgia pediátrico com formação em trauma e cirurgia torácica.

Hora de ouro – Os estudos mostram que se as vítimas forem socorridas em até uma hora — a chamada hora de ouro — após a ocorrência do trauma, correm menos risco de morrer ou ter sequelas graves. Por isso, o método internacional define que as ações devem ocorrer dentro de prazos definidos.

Outro diferencial no atendimento se refere à presença do anestesista antes mesmo do paciente entrar na sala cirúrgica. O trabalho de toda a equipe médica do novo Centro deTrauma terá as ações integradas por um sistema novo: o conceito de time. Cada profissional, dentro de sua atribuição, atuará de forma simultânea com os demais médicos, em casos como acidentes de trânsito, atropelamentos, quedas e demais lesões ocasionadas por traumas.

Estatísticas – Segundo dados divulgados pela Organização Mundial de Saúde em 2012, a mortalidade por trauma corresponde a 10% de todas as causas de morte no mundo. Todo ano 5,8 milhões de pessoas morrem vítimas de trauma, 32% a mais que a soma das mortes por malária, Aids e tuberculose, por exemplo. A maior parte tem de 5 a 44 anos. Os traumas respondem ainda pela maioria das incapacitações permanentes.

FONTE: Governo do Estado do Rio de Janeiro
http://www.saude.rj.gov.br