Programa Estadual de Cirurgia Bariátrica chega à marca histórica de 800 pacientes
Projeto é o de maior produtividade no país, 100% dos procedimentos feitos por videolaparoscopia. Meta é chegar a 1.000 cirurgias até o final do ano
O presente de aniversário de 63 anos da aposentada Jacira Antônio Martins Gomes, comemorado em 12 de junho, chegou adiantado em uma semana. Na última quinta-feira (05/06), ela recebeu alta do Hospital Estadual Carlos Chagas, após realizar cirurgia bariátrica, mais conhecida como cirurgia de redução de estômago. O procedimento, oferecido gratuitamente pelo Governo do Estado desde 2010, tem possibilitado mais saúde e qualidade de vida para um número cada vez maior de pacientes.
– Estou muito feliz e satisfeita com o resultado da cirurgia. Eu já estava ficando hipertensa e diabética e não gostava do que via no espelho, por isso resolvi buscar ajuda – conta Jacira.
Jacira faz parte do grupo de mais de 2 mil pessoas que foram atendidas pela equipe multidisciplinar do Programa Estadual de Cirurgia Bariátrica, que realiza 100% das cirurgias através de videolaparoscopia, procedimento menos invasivo e com melhor recuperação. Na rede privada, uma cirurgia como essa custa entre R$ 80 mil e R$ 100 mil. O programa é, atualmente, o de maior produtividade do país.
O responsável pelo projeto é o médico Cid Pitombo, mestre e doutor em cirurgia e membro do Comitê de Educação Continuada da Sociedade Americana de Cirurgia Bariátrica e Metabólica e também membro titular do Colégio Brasileiro de Cirurgiões e da Sociedade Brasileira de Cirurgia
– Conseguimos uma marca histórica, com os 800 pacientes operados, mas nosso objetivo é chegar a 1.000 cirurgias até o final do ano. Quando operamos um portador de obesidade, conseguimos retornar à sociedade, no mínimo, dois cidadãos: o paciente e seu cuidador. São dignidade e autoestima resgatadas, direitos respeitados, pessoas que, literalmente, voltaram a viver – afirma Pitombo.
Crescimento vultoso – Implantado em dezembro de 2010, o programa do Governo do Estado mudou o cenário do Rio de Janeiro nessa área. Em 2010, por exemplo, antes da entrada do Estado no serviço, foram feitas em todo o estado apenas 16 cirurgias bariátricas. Já entre 2010 e 2011, o crescimento foi de 2.400%.
Mulheres são a maioria – As mulheres entre 30 a 35 anos são as que mais realizam a cirurgia no Hospital Estadual Carlos Chagas, representando universo de 75%. Segundo Pitombo, elas se sentem mais incomodadas com o sobrepeso, tanto do ponto de vista social quanto da saúde.
Como ter acesso à bariátrica pelo SUS – Para se candidatar a uma cirurgia bariátrica no programa do Estado, o paciente deve procurar um atendimento ambulatorial próximo de sua casa para que um médico avalie a necessidade da cirurgia. Se a operação for indicada, o médico solicita uma segunda avaliação para a Central de Regulação de Cirurgia Bariátrica do Estado, que encaminha o pedido de forma online ao Hospital Estadual Carlos Chagas. O paciente é contatado e tem uma consulta de avaliação marcada.
O paciente que tiver Índice de Massa Corpórea dentro do indicado (maior que 40kg/m² ou maior que 35kg/m² quando associado a fatores de co-morbidade, como hipertensão e diabetes, entre outros), que preencham os pré-requisitos do Ministério da Saúde e não tiverem doenças graves associadas são avaliados, preparados e operados. A equipe do médico Cid Pitombo também acompanha todo o pós-operatório especializado, com orientações de nutricionista, psicólogo e avaliação periódica pelo cirurgião.
FONTE: Governo do Estado do Rio de Janeiro
http://www.saude.rj.gov.br