Dia do Idoso: Serviços específicos a saúde na terceira idade contribuem com a qualidade de vida e o bem-estar
Atendimentos direcionados aos idosos abrangem também os casos de ortopedia e psiquiatria
Assistência à saúde, atenção as questões psicológicas e pesquisa do envelhecimento. Este tripé norteia as ações da Secretaria de Estado de Saúde (SES) que oferta programas especializados, como o Projeto de Atenção Ambulatorial à Terceira Idade (Pater), o Centro Estadual de Trauma do Idoso e o Centro de Estudo e Pesquisa do Envelhecimento, além do atendimento exclusivo no Hospital Estadual Eduardo Rabelo. Estas ações ganham mais importância diante do crescimento da população idosa, como verificado no censo de 2010, quando já totalizavam 14 milhões de pessoas, representando 7,4% de toda a população do país.
Entre algumas condições inerentes a idade está a perda do equilíbrio o que prevalece a incidências de quedas e, consequentemente a ocorrência de fraturas. Para tanto, o funcionamento do Centro de Trauma do Idoso (CETI) ocorre no intuito de que os pacientes vindos de emergências hospitalares sejam operados em até 36 horas, o que aumenta a chance de sobrevida e a diminuição de sequelas. Comemorando dois anos de inauguração, o coordenador do CETI, Marcos Correia relata que já foram realizados mais de 2.290 procedimentos cirúrgicos em idosos, na unidade que funciona no Hospital Estadual São Francisco, na Tijuca.
A saúde dos idosos ainda é referência para o atendimento no Hospital Estadual Eduardo Rabelo (HEER), em Campo Grande. Especializado em geriatria, é composto por uma equipe multidisciplinar formada por fonoaudiólogos, psicólogos, terapeutas, assistentes sociais, fisioterapeutas, enfermeiros, clínicos e nutricionistas. A unidade realiza, em média, 100 internações e 2.500 consultas médicas mensais. O HEER ainda conta com o Centro de Convivência onde os participantes formam o grupo cultural “Liberando Alegria”.
Alguns pacientes do HEER ainda são acompanhados pós-alta, através do Projeto Visita Domiciliar, que visa evitar reinternações desnecessárias. A equipe multidisciplinar é formada por enfermeiro, psicólogo, assistente social, fisioterapeuta e terapeuta ocupacional, com capacidade de realizar 15 visitas domiciliares por mês.
A humanização na assistência também está focada nos casos de violência contra o idoso. No último dia 25/09, a SES promoveu o I Seminário de Humanização no Atendimento aos Idosos em Situação de Violência, a fim de estimular os diálogos entre os profissionais de saúde. Entre os temas expostos no evento estava o “panorama atual da violência contra a pessoa idosa”, e as “estratégias no atendimento à pessoa idosa em situação de risco no Hospital Estadual Eduardo Rabello (HEER)”.
Na rede estadual, as questões psicológicas são abordadas através do atendimento no Projeto de Atenção Ambulatorial à Terceira Idade (Pater), que há oito anos funciona no Centro Psiquiátrico do Rio de Janeiro (CPRJ). Pacientes que tiveram suas vidas marcadas por perdas de entes queridos, desilusões amorosas e outras situações que causam traumas psicológicos, são atendidos nos serviços de psiquiatria, geriatria, nutricionista, fisioterapia, psicoterapia, neurologia, psicologia, entre outras especialidades, e recebem um tratamento completo e focado nas necessidades. De acordo com o diretor do CPRJ, Francisco de Paula, o projeto contempla mais de 450 pacientes, em programas terapêuticos variados, com participações de uma a três vezes semanais.
As atividades do Pater incluem grupos de atenção para transtorno de memória, terapia ocupacional, musicoterapia e atividade neurofuncional, onde os pacientes fazem atividades físicas como dança, por exemplo, estimulando, com isso, as funções neurocerebrais, além da coordenação motora, musculatura e equilíbrio. O diretor do CPRJ destaca que os pacientes formam um coral com o nome “Pra lá de 1.000”, em decorrência a soma das idades dos participantes.
O cuidado aos idosos é também estendido ao estudo. Há dois anos, o Centro de Estudo e Pesquisa do Envelhecimento (Cepe Pró-Idoso),foi criado congregando profissionais de saúde, universidades e sociedade civil para realizar estudos, pesquisas e protocolos na área do envelhecimento, com o objetivo de melhorar a qualidade de vida da terceira idade. No espaço, acontecem palestras, seminários e simpósios, sessões clínicas e cursos de Geriatria e Gerontologia para profissionais de saúde e cursos de cuidadores de idosos, todos gratuitos. Este último, voltado para profissionais de saúde e leigos, visa à assistência a idosos frágeis e dependentes e oferece suporte e qualificação às pessoas que cuidam desse público. Mais de 800 pessoas já participaram do curso.
– COMO SER ATENDIDO?
Centro de Trauma do Idoso (CETI) – Os pacientes que chegam até o Centro de Trauma do Idoso, no Hospital Estadual São Francisco, são referenciados pelos hospitais de emergência, com o intuito que as operações ocorram em até 36 horas após a fratura. Pesquisas internacionais indicam que a partir dos 50 anos o risco de fratura dobra a cada cinco anos; 50% das mulheres sofrerão fratura de quadril aos 90 anos de idade. Sem intervenção cirúrgica em até 48h, 50% dos pacientes idosos vítimas de trauma precisam usar muletas e 23% morrem em até 12 meses.
Centro de Estudo e Pesquisa do Envelhecimento (Cepe Pró-Idoso) – Os idosos atendidos no Cepe são encaminhados pelas unidades de atenção primária e avaliados por equipes multidisciplinares, compostas por geriatra, enfermeira, neuropsicólogo, fonoaudiólogo, fisioterapeuta, nutricionista, assistente social e terapeuta ocupacional. Essas atividades subsidiam a pesquisa, o ensino e a proposição de políticas públicas para a superação dos desafios do envelhecimento. Até agora, mais de 400 idosos já foram atendidos na unidade. O Cepe dispõe de quatro salas de aula, dois auditórios, sala de vídeo conferência, 15 consultórios e uma estação de trabalho com instalações para pesquisadores externos.
Projeto de Atenção Ambulatorial à Terceira Idade (Pater) – O projeto acontece dentro do Centro Psiquiátrico do Rio de Janeiro que é o responsável pelo encaminhamento dos pacientes, quando detectados sintomas de depressão e demência. Os idosos inseridos no programa passam por novas avaliações funcionais e cognitivas onde são testadas memória, existência de transtornos auditivos e visuais, problemas de marcha, motores, entre outros.
FONTE: Governo do Estado do Rio de Janeiro
http://www.saude.rj.gov.br