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Com 2 mil mamografias mensais, Hospital Estadual da Mulher é a principal referência no diagnóstico de câncer de mama às mulheres da Baixada Fluminense

Secretaria de Estado de Saúde recomenda antecipação em 10 anos do rastreio de câncer de mama nas unidades gerenciadas pelo Governo RJ

unnamedDados do Instituto Nacional do Câncer (INCA) mostram que o câncer de mama é o 2º mais frequente entre as brasileiras. Em 2014, a estimativa é que sejam diagnosticados mais de 50 mil novos casos. Por isso, a mamografia é um exame de grande importância às mulheres, sendo considerado o principal recurso para o diagnóstico deste tipo de tumor. Detectado precocemente, as chances de cura são de 95%.

A rede pública estadual dispõe de nove mamógrafos; destes, dois estão no Hospital Estadual da Mulher Heloneida Studart (HEMHS), em São João de Meriti, para atender a grande demanda existente na Baixada Fluminense. No local são realizadas, em média, 2 mil mamografias por mês. Desde a inauguração da unidade, em março de 2010, já foram feitos mais de 80 mil exames, com funcionamento de segunda a sábado, das 7h às 19h.  O HEMHS também realiza biópsia em pacientes que apresentem suspeita de câncer, somando mais 300 exames mensais.

As pacientes atendidas na unidade são encaminhadas pela Secretaria de Estado de Saúde, através da Central Estadual de Regulação. Cerca de 80% das mulheres são moradoras da Baixada Fluminense.

– A mamografia é um exame imprescindível para as mulheres. Sabemos que muitas ainda sentem medo de realizá-la ou desconhecem a sua existência. Por isso, a disseminação da informação é tão importante para conseguirmos diagnosticar precocemente o câncer de mama – afirma a coordenadora do Centro de Imagem do HEMHS, Tania Barbalho.

A médica explica que entre os fatores que aumentam o risco de desenvolver este tipo de tumor estão obesidade, fumo, consumo de álcool, fatores genéticos e mulheres que não amamentaram.

A aposentada Sueli Silva, de 61 anos, moradora de São João de Meriti, pediu espontaneamente para a sua médica para realizar a mamografia no Hospital da Mulher.

– Faço a mamografia porque sei o quanto é importante cuidarmos da saúde e também explico para as minhas amigas e vizinhas que o exame é seguro e não dói – diz dona Sueli.

Ambulatório de mastologia – O Hospital da Mulher conta com um ambulatório de mastologia, com 480 consultas agendas por mês. Para lá, são encaminhadas pacientes com quadro de tumor benigno, que passam por consultas e recebem tratamento através de medicamentos ou cirurgia.

– No ambulatório de mastologia, além de indicarmos o tratamento às pacientes, aproveitamos o espaço para conscientizá-las sobre a importância dos exames preventivos. Orientamos, por exemplo, que o autoexame não substitui a ida ao médico, já que 40% dos casos de câncer não são percebidos pelo toque na mama – esclarece o coordenador do Serviço de Ginecologia e Mastologia do hospital, Luiz Augusto Santana.

Diagnóstico precoce – O câncer de mama é provavelmente o mais temido pelas mulheres, por conta da sua alta frequência e pelos seus efeitos psicológicos, que afetam a percepção da sexualidade e da própria imagem pessoal. Estudos científicos revelam que a maioria das mulheres teme uma sentença de morte ao realizar os exames, quando, na verdade, a mamografia auxilia o diagnóstico precoce, aumentando as chances de sucesso do tratamento em 95%. Este tipo de câncer é menos comum antes dos 35 anos, mas a incidência cresce progressivamente a partir dessa idade. O Ministério da Saúde recomenda como principal estratégia de rastreamento populacional a realização de exame de mamografia a cada dois anos para mulheres de 50 a 69 anos.

Para detectar precocemente a doença, a Secretaria de Estado de Saúde ampliou a faixa etária para a realização de mamografias em suas unidades próprias, incentivando o exame bienal entre 40 e 49 anos e anualmente depois dos 50 anos; 10 anos a menos da idade sugerida pelo Ministério da Saúde. Para mulheres com histórico familiar de câncer, a recomendação é que esse grupo receba acompanhamento médico e faça mamografia anualmente a partir dos 35 anos.

FONTE: Governo do Estado do Rio de Janeiro
http://www.saude.rj.gov.br