INCA e Ministério da Saúde promovem ações para o Outubro Rosa
Campanha, exposição e parcerias mobilizam pela conscientização sobre o câncer de mama no Brasil
“Câncer de mama: é preciso falar disso” é a campanha que o Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA) e o Ministério da Saúde lançam com o objetivo de promover a conscientização e difundir informações sobre a doença. A iniciativa integra o movimento mundial conhecido como Outubro Rosa.
“O INCA participa do Outubro Rosa por entender que a comunicação é um componente estratégico para o controle de câncer. Toda informação sobre prevenção, detecção precoce e tratamento do câncer deve ser baseada em evidências científicas”, defende Luiz Antonio Santini, diretor-geral do INCA.
Uma das ações de comunicação e informação promovidas pelo Instituto é a exibição da exposição “A Mulher e o Câncer de Mama no Brasil”, que aborda aspectos históricos, médicos e culturais das mamas, com atenção especial ao câncer e à evolução das ações para o seu controle no Brasil. “A exposição é uma estratégia muito interessante, pois nos permite levar a informação para a população de forma atraente”, opina Maria Beatriz Kneipp, chefe da Divisão de Detecção Precoce e Apoio à Organização de Rede do INCA.
A mostra é resultado da parceria entre o INCA e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e será exibida no Sesc Nova Iguaçu até 26 de outubro. A versão digital estará disponível em todas as unidades do Sesc no Estado do Rio de Janeiro e em algumas outras no Brasil. Diversas unidades do Sesc, em parceria com o INCA, também promovem rodas de conversa abertas ao público, com o objetivo de debater as informações sobre a exposição e o câncer de mama.
Outra ação da campanha é a iluminação na cor rosa do Morro do Pão de Açúcar, de 13 a 19 de outubro. A Companhia Caminho Pão de Açúcar também exibirá as peças da campanha criada pelo INCA nas redes televisivas internas.
Conheça a campanha “Câncer de mama: É preciso falar disso”
O mote da campanha (“É preciso falar disso”) visa a vencer a resistência, ainda comum na nossa sociedade, de se falar sobre a doença. O câncer de mama apresenta sinais e sintomas em sua fase inicial e a maioria das pacientes tem boa resposta ao tratamento se o câncer é detectado e tratado no início.
Como as mamas de cada mulher têm consistência e aspectos diferentes, as mulheres que conhecem bem seu corpo podem perceber sinais e sintomas da doença. Assim, a campanha também inclui a mensagem: “Toda mulher é única. Suas mamas também”.
Para divulgar as ações, o Instituto criou o hotsite “Câncer de mama: É preciso falar disso” (http://www1.inca.gov.br/wcm/
Câncer de mama
A doença resulta da multiplicação de células anormais da mama, que forma um tumor com potencial de invadir outros órgãos. Há vários tipos de câncer de mama. Alguns se desenvolvem rapidamente e outros, não. A maioria dos casos tem boa resposta ao tratamento, principalmente quando diagnosticado e tratado no início.
O INCA estima que haverá 57.120 novos casos de câncer da mama no Brasil neste ano. Homens também podem ter a doença, mas respondem por apenas 1% dos casos. Em 2012, a doença causou 13.591 mortes.
Ser mulher e envelhecer são os principais fatores que aumentam o risco de desenvolvimento de câncer de mama. Outros fatores de risco importantes são:
– Ambientais:
. Obesidade e sobrepeso principalmente após a menopausa.
. Sedentarismo (não fazer exercícios).
. Consumo de bebida alcoólica.
. Exposição frequente a radiações ionizantes (raios X).
– Hormonais:
. Primeira menstruação antes de 12 anos.
. Não ter tido filhos.
. Primeira gravidez após os 30 anos.
. Não ter amamentado.
. Parar de menstruar (menopausa) após os 55 anos.
. Ter feito reposição hormonal pós-menopausa, principalmente por mais de cinco anos.
– Genéticos:
. História familiar de câncer de mama e ovário, principalmente em parentes de primeiro grau antes dos 50 anos.
. Alteração genética.
A presença de um ou mais desses fatores de risco não significa que a mulher terá necessariamente a doença.
Manter o peso corporal adequado, praticar atividade física e evitar o consumo de bebidas alcoólicas ajudam a reduzir o risco de câncer de mama. A amamentação também é considerada um fator protetor.
A Terapia de Reposição Hormonal (TRH), principalmente a terapia combinada de estrogênio e progesterona, aumenta o risco do câncer de mama.
Os sinais e sintomas do câncer de mama são:
. Alterações no bico do peito (mamilo).
. Pele da mama avermelhada, retraída ou parecida com casca de laranja.
. Pequenos nódulos na região embaixo dos braços (axilas) ou no pescoço.
. Saída de líquido anormal das mamas.
Essas alterações precisam ser investigadas o quanto antes, mas podem não ser câncer de mama.
As mulheres devem olhar, apalpar e sentir as mamas para reconhecer suas variações naturais e identificar as alterações suspeitas. Em caso de alterações persistentes, devem procurar orientação médica.
É recomendado que as mulheres de 50 a 69 anos realizem uma mamografia de rastreamento a cada dois anos. A mamografia de rastreamento não é indicada para mulheres de outras faixas etárias. Mulheres com histórico familiar de câncer da mama devem conversar com o médico para definir a conduta a seguir. Quando a mulher tem sinais e sintomas suspeitos de câncer de mama, a mamografia pode ser indicada em qualquer idade.
As estratégias para detecção precoce do câncer de mama estão em consulta pública até o dia 7 de novembro. O texto preliminar pode ser consultado no portal do Ministério da Saúde (www.saude.gov.br/sas) e as contribuições precisam estar devidamente fundamentadas.
Serviço
Exposição física “A Mulher e o Câncer de Mama no Brasil”
Até 26 de outubro
Sesc Nova Iguaçu
Rua Dom Adriano Hipólito, 10 – Moquetá
A entrada é aberta ao público e gratuita.
FONTE: INCA
http://www.inca.gov.br