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Depois de receberem treinamento dos pesquisadores que se especializaram na Europa, os primeiros Operadores de raios X do Brasil ajudaram a formar os médicos no interior do país

thumbnail_1414729203Dos anos 1920 aos 50, a Radiologia entrou em uma nova fase de desenvolvimento no Brasil. Depois de os primeiros médicos e pesquisadores que se especializaram na Europa voltarem ao país, trazendo  equipamentos radiológicos da época, teve início um intenso processo de aprendizagem e disseminação da tecnologia.

Encantados com a possibilidade de enxergar os pacientes por dentro, médicos do interior de todas as regiões do país passaram a adquirir essas máquinas de raios X, para aparelhar seus estabelecimentos de saúde. Foi uma verdadeira febre radiológica.

Como os donos dos consultórios não dominavam a tecnologia, mandavam funcionários, filhos ou sobrinhos para aprender a operar o equipamento na capital, aqueles trazidos pelos precursores. Esses moços saíam de suas cidades sem profissão, e voltavam como Operadores de raios X diplomados.

“Meu tio era médico, comprou um equipamento de raios X e me mandou para estudar a nova tecnologia. Aprendi a profissão e voltei para ensinar a ele. Depois disso, participei da formação de muitos outros médicos, com quem também aprendi muito. Nós absorvemos a ciência e ajudamos a retroalimentar a cadeia do conhecimento. Nossa classe desempenha um papel muito importante na história dessa ciência”, conta Jenner Moraes, o primeiro presidente do CONTER.

Essa é a história de centenas de profissionais das técnicas radiológicas. No Hospital das Clínicas de São Paulo, não há uma pessoa sequer que não conheça Aristides Negretti, aluno da primeira turma de técnicos em Radiologia do Brasil, considerado pelos especialistas que administram o hospital hoje como um mestre além de seu tempo.

Hoje em dia, como sempre, os profissionais das técnicas radiológicas ensinam e aprendem, sempre no intuito de levar ao próximo o benefício de um dos maiores conhecimentos que a humanidade teve o prazer de teorizar: os raios X.

FONTE: CONTER
http://www.conter.gov.br