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Em 1952, nasce a primeira sociedade científica dos técnicos em Radiologia no Brasil

thumbnail_1415128960Após a consolidação dos primeiros cursos técnicos em Radiologia no Brasil, nos anos 1950 e 60, os profissionais da área começaram a se organizar e produzir conhecimento científico. Nas praças, nas conversas de bar, os trabalhadores se reuniam para contar sobre o seu dia a dia de trabalho, sobre as experiências nos laboratórios e salas de exames. A nova profissão empolgava e despertava a curiosidade geral das pessoas.

A maioria dos livros da época era estrangeiro. Antes de estudar, os técnicos em Radiologia precisavam se encorajar juntos para traduzir as obras. O esforço daqueles que sabiam outras línguas, como o inglês e o francês, permitia a democratização do conhecimento entre a imensa maioria, que não tinha a oportunidade de conhecer outros idiomas.

Na medida em que assimilavam novas teorias e práticas, os técnicos em Radiologia perceberam que precisavam começar a sistematizar esse conhecimento e se organizar socialmente. A profissão crescia, e precisava de arranjos produtivos. Como consequência dessa causa, começaram a surgir as primeiras sociedades científicas da classe.

A primeira foi a Associação de Tecnologia em Radiologia do Estado de São Paulo (Atresp), fundada em 1º de outubro de 1952, durante o curso técnico Raphael de Barros, pelo profissional Walter Fonseca Braga, com a ajuda das estudantes Alzira dos Santos Nascimento, Laura Zuvella, Mercedes Ignácio e Aristides Negretti. Além dos profissionais da Radiologia, a Atresp representava os técnicos em Fisioterapia. Em 1962, as categorias resolveram se separar e seguir caminhos diferentes.

Depois de São Paulo, os técnicos do Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Bahia também fundaram sociedades científicas. Juntos, os profissionais brasileiros realizaram o 1º Congresso Nacional de Técnicos em Radiologia, em 1965, no Rio de Janeiro.

Essas organizações ajudaram a consolidar e defender os rasos direitos sociais que os profissionais da época conseguiram conquistar. Foram anos intensos, em que o senso comum, pouco a pouco, passou a dar lugar ao conhecimento científico sobre a radiação ionizante, seus benefícios e sua nocividade. Os acidentes e doenças ocupacionais diminuíram e começaram a dar lugar aos conceitos de radioproteção que amadurecemos até hoje.

FONTE: CONTER
http://www.conter.gov.br