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Mães do Rio de Janeiro começam a avaliar atendimento da Rede Cegonha

Mulheres que tiveram filhos nos hospitais públicos estão sendo consultadas por telefone para que possam qualificar o atendimento durante o pré-natal e o parto

As mulheres que tiveram filho no Rio de Janeiro nos meses de março e abril utilizando o serviço do Sistema Único de Saúde (SUS) poderão avaliar a qualidade atendimento. A iniciativa faz parte da Ouvidoria Rede Cegonha que ligará para as cerca de 75 mil mulheres já inscritas no sistema. No Rio de Janeiro, 5.904 mil mulheres estão cadastradas para receber a ligação, o que corresponde a 7,84% do total registrado. A ação é inédita e faz parte da estratégia da Rede Cegonha, lançada ano passado pelo Governo Federal.
Na última quinta-feira (10), o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, realizou o primeiro telefonema pelo novo canal de comunicação do ministério com a população. Na conversa, a entrevistada responderá a um questionário com perguntas que vão desde a descoberta da gravidez até o parto, além do acompanhamento médico da criança até os dois anos.
O ministro Alexandre Padilha explicou a importância da Ouvidoria Rede Cegonha para o trabalho desenvolvido pelo ministério. “Essa ligação é para ouvir diretamente da gestante se foi oferecido para ela o direito ao acompanhante, se ela foi desrespeitada em algum momento no atendimento, para premiar os hospitais que estão atendendo bem, com qualidade, identificar onde precisamos melhorar e punir se tiver algum tipo de irregularidade”, afirmou.
O novo serviço da ouvidoria geral do SUS funcionará com uma equipe de 40 pessoas, divididas em dois turnos, que funcionará das 8h às 20h. A região com o maior número de cadastros é a Sudeste (55,65%), seguido da Nordeste (19,38%), Sul (16,78%), Norte (5,91%) e Centro-Oeste (2,28%).
Os números dos telefones serão obtidos nos formulários de Autorização para Internação Hospitalar (AIH), instrumento utilizado pelo Ministério da Saúde para avaliar as ações e serviços do SUS. A AIH, preenchida pelos profissionais de saúde no momento da internação, é ferramenta essencial para a gestão dos hospitais e controle de gastos públicos e integra o Sistema de Informação Hospitalar (SIH/SUS), que fornece os dados de quais e quantos procedimentos hospitalares foram realizados, além dos recursos repassados aos estados e municípios para pagamento ao hospital, com regras e critérios pactuados.
Além da avaliação do atendimento às gestantes, a inclusão do campo TELEFONE na AIH possibilitará o aperfeiçoamento na identificação dos usuários, ajudando o Ministério da Saúde a monitorar os serviços oferecidos pelo Sistema Único de Saúde. O ministro reforçou a importância de que as gestantes mantenham seu cadastro sempre atualizado. “O ministério estabeleceu uma norma onde todo o hospital tem que registrar o endereço e o telefone do paciente na ficha de internação, então é importante que os dados informados no momento do preenchimento da ficha de internação e AIH estejam corretos”, ressaltou.
REDE CEGONHA – A Rede Cegonha, lançada em 2011 pelo governo federal, vem qualificando a assistência prestada às gestantes no SUS. A estratégia já conta com R$ 213 milhões para propostas apresentadas por estados e municípios. As ações vão desde o reforço do planejamento familiar à confirmação da gravidez, passando pelo pré-natal, parto, pós-parto, até os dois primeiros anos de vida da criança. Até o momento, 25 estados e 2.731 municípios já iniciaram o processo de adesão à rede, com previsão de atendimento de 1,58 milhão de gestantes. Também já foram destinados R$ 25 milhões para a oferta de novos exames de pré-natal em 228 municípios de 13 estados.
OUVIDORIA ATIVA – O Ministério da Saúde está aprimorando os mecanismos de comunicação direta com o cidadão para melhorar o atendimento e ampliar a transparência do SUS. Neste ano, o Ministério começou a distribuir a Carta SUS, uma nova ferramenta que permite aos usuários avaliar o atendimento e os serviços prestados nos hospitais da rede pública ou unidades conveniadas. Para evitar que o usuário seja cobrado indevidamente, a carta informa ainda quanto o SUS pagou pelo atendimento e pede que eventuais cobranças realizadas sejam comunicadas.
Além da Carta SUS, o usuário pode fazer a avaliação, sem custos, por meio do Disque-Saúde (136). A ligação pode ser feita de telefones fixos, públicos ou celulares, de qualquer local do país. A avaliação também está disponível na internet, no Portal Saúde (http://www.saude.gov.br/).
FONTE: Ministério da Saúde