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Programa Estadual de Transplante comemora recorde na captação de órgãos pelo quarto ano consecutivo

Foram 272 captações este ano, crescimento de 20,8% em relação a 2013 e 10% acima da meta prevista para 2014

unnamedPela quarta vez consecutiva, o Programa Estadual de Transplantes (PET) encerra o ano comemorando recordes. Em 2014, as equipes conseguiram concretizar 272 doações de órgãos, um crescimento de 20,8% em relação ao ano anterior, quando foram registradas 225 captações, e quase 10% acima da meta prevista para o ano passado, que era de 250 doações.

Tanto esforço em captar órgãos resultou em um aumento no número de transplantes realizados no estado. Foram feitos 1.547 transplantes de órgãos e tecidos em 2014, um número 8,4% superior aos 1.428 cirurgias de 2013. O crescimento é ainda maior quando consideramos apenas os transplantes de órgãos (fígado, rins e coração): 661 no ano passado contra 587 transplantes do ano anterior.

Outra conquista das equipes do Programa Estadual de Transplante se concretizou em uma das áreas mais emblemáticas do processo de captação de órgãos: a sensibilização da família do doador, que ainda está fortemente impactada pela morte de seu parente, mas precisa decidir se permite ou não a doação. O índice de autorização familiar teve crescimento de quase seis pontos percentuais, passando de 51,6% em 2013, para 57,5% no ano passado. O coordenador do PET, Rodrigo Sarlo, explica uma das causas desse desempenho:

– O grupo de Coordenação Familiar, criado há três anos, é o principal motivo da melhora desses números. Ele sofreu uma reforma no fim de 2013 e hoje atua 24 horas, participando diretamente do acolhimento das famílias. Esse grupo vem possibilitando maior aproximação e cuidado com as famílias, permitindo mostrar a elas o grande benefício deste ato altruísta – esclarece Rodrigo.

O estado fechou o ano com uma média de 17 doadores por milhão de habitantes, se igualando aos indicadores da Finlândia e deixando para trás países como Canadá, Austrália, Holanda e Suíça. O índice estadual acaba puxando a média brasileira e é maior do que o indicador nacional registrado ao final de 2013, que era de 13,2 por milhão de habitantes.

Ações fortalecem crescimento – Ao lado da dedicação das equipes que trabalham no Programa estadual de Transplantes, uma série de ações adotadas pela Secretaria de Estado de Saúde nos últimos anos vem fortalecendo o crescimento no número de captações e transplantes efetivados. Foram concluídas parcerias para a criação de dois bancos de olhos e a rede estadual ganhou o Centro Estadual de Transplantes e o Hospital Estadual da Criança, responsável por realizar procedimentos infantis. Além disto, o Estado habilitou o Hospital de Traumatologia e Ortopedia Dona Lindu, para transplantes de tecido músculo esquelético.

Além disso, a SES inaugurou três Organizações de Procura de Órgãos (OPOs) no estado – nos bairros da Usina, na Zona Norte do Rio, Humaitá, na Zona Sul, e no município de Itaperuna, abrangendo uma população de 8,5 milhões de pessoas. Elas foram criadas com o intuito de descentralizar e aperfeiçoar o processo de doação de órgãos e tecidos, consolidando o trabalho do PET. Elas atuam em conjunto com as equipes já existentes, como o grupo de Terapia Intensiva e a Coordenação Familiar, por exemplo, responsáveis pelo suporte clínico aos potenciais doadores e às famílias, respectivamente.

Outros números – Desde que foi criado, em abril de 2010, o PET vem acumulando recordes. Entre 2010 e 2014, foi registrado crescimento de 143,12% na quantidade de doações de órgãos registradas no estado (919) quando comparada com as captações realizadas no período de 2005 a 2009, quando foram realizadas 378 doações. O número de transplantes realizados entre 2010 e 2014 (5.688 cirurgias) praticamente dobraram na comparação com os quatro anos anteriores, quando foram realizadas 2.877 operações de transplantes, com um crescimento de 97,70%.

Com isso, a fila de pessoas aguardando por um transplante de órgãos caiu cerca de 70% nos últimos seis anos, recuando de 7.580 para 2.369. A fila por transplante de fígado foi a que mais reduziu nesse período, com queda de 73%. Em seguida, as maiores quedas são nas filas por rim (70%) e córnea (65%).

FONTE: Governo do Estado do Rio de Janeiro
http://www.saude.rj.gov.br